Leitura Bíblica: I João 4:7 e 8
Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus, e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.
O Livro de 1 joão
Por George Knight – Caminhando com Jesus no Monte das Bem Aventuranças
A palavra “perfeito”, em Mateus 5:48, se origina na palavra grega teleios. Essa palavra não tem nada a ver com o conceito absoluto de perfeição ou impecabilidade. Pelo contrário, teleios quer dizer “maturidade”, e assim é traduzida na maioria das versões modernas da Bíblia.
No uso bíblico do conceito, as pessoas são teleios (perfeitas) quando são adultas ou atingiram a estatura plena. Assim, um estudante que tem um conhecimento maduro de matemática é teleios (maduro ou perfeito) em comparação com o aprendiz que está apenas começando.
A ideia básica dessa palavra bíblica, e daquelas que estão intimamente relacionadas com ela, é que todas as coisas têm um fim, um propósito, um alvo, ou um objetivo. Esse conceito encontrou entrada no português através da palavra teleologia. Uma coisa é teleológica quando cumpre o propósito para o qual ela foi feita ou planejada.
Precisamos, portanto, perguntar para que fim ou propósito foram criados os seres humanos. A Bíblia não nos deixa dúvida alguma nesse ponto. “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” Gên. 1:26. Os seres humanos devem ser semelhantes a Deus. Por isso, é muito natural para Jesus reivindicar em Mateus 5:48 que os cristãos se tornem teleios (perfeitos ou maduros) em amor, como o Pai no Céu. Afinal, “Deus é amor”. I João 4:8. Os cristãos devem agir com amor como Deus, e não agir como o diabo.
Assim sendo, de acordo com o Novo Testamento, cristão “perfeito” é o cristão maduro, íntegro, completo. O mesmo acontece no Antigo Testamento, onde as palavras traduzidas como “perfeito” geralmente significam “completo”, “reto”, ou “imaculado” no sentido espiritual.
Você pode estar imaginando então, de onde surgiu a interpretação de perfeito, que significa absoluto, total, sem defeito ou pecado. Surgiu da mesma apostasia da igreja medieval que aceitava outras ideias filosóficas dos gregos, tais como a consciência da alma na morte. Foi a falsa interpretação da Idade Média que literalmente impeliu as pessoas a tentativas monásticas de perfeição.
Os planos de Deus são os melhores.