‘E, assim, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Cristo.” Romanos 10:17
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A rejeição das incongruências do deísmo por parte de Miller não significa que ele tenha ficado empolgado em se tornar cristão. No entanto, ele começou a frequentar a igreja. Pelo menos quando sentia vontade.
O ponto de virada em sua vida ocorreu em maio de 1816, quando ele se pegou “no ato de tomar o nome de Deus em vão”. Ele havia adquirido esse hábito no exército, porém, chegara à convicção de que era errado.
Tal incidente pode parecer insignificante para a maioria das pessoas, mas a temática da religião incomodou a mente de Miller por um tempo. O resultado foi que isso desencadeou uma crise em sua vida. Posteriormente, ele escreveu: “No mês de maio de 1816, senti a culpa do pecado. Que horror me encheu a alma! Esquecia-me de comer. Os céus me pareciam bronze, e a terra era como ferro. Permaneci assim até outubro, quando Deus me abriu os olhos.”
Aconteceram duas coisas em setembro de 1816 que predispuseram Miller para uma crise em outubro. A primeira foi a celebração da batalha de Plattsburg. Enquanto se preparavam para um momento de “grande alegria”, os veteranos assistiram a um sermão na noite anterior à grande festa. Eles voltaram profundamente reflexivos. A oração e o louvor haviam substituído a descontração e a euforia da dança à medida que se lembravam das circunstâncias da amarga batalha e de sua vitória “surpreendente”.
O segundo evento ocorreu no domingo seguinte. A mãe de Miller descobriu que ele faltava à igreja sempre que o pastor não estava na cidade. Em tais ocasiões, um dos diáconos lia com dificuldades um sermão.
Miller cometeu o “erro” de insinuar que, se pudesse fazer a leitura, ele sempre estaria presente. Assim, ele, ainda deísta, passou a receber convites para apresentar os sermões que os diáconos escolhiam. No dia 15 de setembro de 1816, Miller leu um sermão que o emocionou a ponto de sentar-se no meio da mensagem.
Algumas semanas depois, ele escreveu: “Deus abriu meus olhos, ó minh’alma, que Salvador descobri em Jesus!” Tal descoberta impulsionou o recém-converso a estudar a Bíblia com regularidade. Dentro de pouco tempo, ele percebeu: as Escrituras “se tornaram meu deleite e em Jesus encontrei um amigo”.
Deus opera milagres. O fato de tomar alguém cético como Miller e levá-lo à conversão por meio da leitura de um sermão em voz alta é uma verdadeira maravilha. Servimos a um Deus que usa infinitas maneiras para realizar Sua vontade.