Leitura Bíblica: Hebreus 6:13 e 14
“Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: “Certamente eu o abençoarei e multiplicarei os seus descendentes.”
O Livro aos Hebreus
Por George Knight – Caminhando com Jesus no Monte das Bem Aventuranças
Ontem mencionamos que tanto Paulo como Jesus se submeteram a juramento ou fizeram uso dele. Assim, parece que nenhum deles tomou as palavras de Jesus, em Mateus 5:33-37, como uma proibição geral contra todo tipo de juramento. E, no texto de hoje, vemos que até mesmo Deus usou o juramento neste mundo de pecado.
Essas três últimas palavras captam a razão para certos tipos de juramento. Vivemos em um mundo de pecado. De acordo com Mateus 5:37 (versão ARC), a própria necessidade de juramento “é de procedência maligna”. Por exemplo: sempre que o juramento é usado, como no julgamento de Jesus, a razão do seu uso é a má condição do mundo, onde o juramento parece ser necessário para que os cidadãos sejam impressionados com a seriedade especial da sua palavra em lugares como os tribunais de justiça.
Como cidadãos, somos obrigados a assinar muitos documentos legais sob juramento. A origem desses juramentos e a razão da sua necessidade é a má condição do mundo, conforme Jesus mencionou em Mateus 5:37. Os cristãos fazem juramentos simplesmente porque nosso mundo mau o requer, mas essa não é sua maneira de expressar-se.
Ellen White nos ajuda a ver a lógica da questão quando escreve: “Muitos há que não temem enganar seus semelhantes; mas foi-lhes ensinado, e eles foram impressionados pelo Espírito de Deus, que é terrível coisa mentir a Seu Criador. Quando postos sob juramento, é-lhes feito sentir que não estão testemunhando apenas diante dos homens, mas perante Deus; que se derem falso testemunho, é Aquele que lê no coração, e que sabe a exata verdade. O conhecimento dos terríveis juízos que se têm seguido a esse pecado tem uma influência refreadora sobre eles.” – O Maior Discurso de Cristo, pág. 67.
Mas tais expedientes não devem ser necessários para os cristãos. O cristão compreende que Deus vê tudo, esteja ele falando sob juramento ou não. Para o cristão, fazer juramento é admitir necessariamente que o juramento tem seu lugar, embora restrito, num mundo em que as pessoas precisam de motivações não ideais.