Leitura Bíblica: Gálatas 3:24
“De maneira que a lei se tornou nosso guardião para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados pela fé.”
O Livro de Gálatas
Por George Knight – Caminhando com Jesus no Monte das Bem Aventuranças
Até agora já andamos com Jesus uns 10 dias na trajetória de Sua primeira ilustração sobre a profundidade e amplitude da lei. Ele salientou coisas que a maioria de nós nunca quis saber. Por exemplo, é uma coisa dizer que não devo matar, mas é outra bem diferente dizer que não devo abrigar ressentimento ou olhar a outros com desprezo, tanto no aspecto social como espiritual; ou pior ainda, que não devo sequer falar injuriosamente ou fazer fofocas a respeito de outros. Será que Ele realmente quis dizer que destruir (assassinar) a reputação de uma pessoa se enquadra no sexto mandamento?
Isso já é demais. Quem pode viver por esses padrões?
A verdade é que ninguém pode quando compreendemos a profundidade e a amplitude da lei. Diante do ideal de Deus, somos levados de volta à primeira parte das bem-aventuranças. Mais uma vez compreendemos nossa pobreza de espírito e o peso de nossas falhas em comparação com o que devíamos ser. Ao nos afligirmos e prantearmos essas faltas e nossa necessidade de ser mais semelhantes a Jesus, nosso orgulho é transformado em mansidão.
Como resultado, sentimos fome e sede da justiça, que vêm unicamente por meio da graça perdoadora de Deus. A lei nos conduz de volta a Cristo, para que sejamos justificados. Conquanto a passagem de Gálatas em seu contexto se relacione com a experiência de Israel, ao ser historicamente conduzido por Cristo à lei, ela pode também relacionar-se com a nossa experiência pessoal. Diante da exposição de Jesus quanto à profundidade da lei, somos literalmente levados ao pé da cruz para obter a graça purificadora de Deus.
E essa graça purificadora uma vez mais nos conduz à segunda parte das bem-aventuranças. Temos fome e sede da graça habilitadora de Deus, que nos torna verdadeiramente misericordiosos, puros de coração e pacificadores.
O grande sermão de Cristo é uma unidade. Não é um grupo isolado de declarações sem rima ou motivo. As várias partes se encaixam, e todas elas refletem os ideais de Deus e Seu plano de salvação.