Leitura Bíblica: Romanos 7: 7 – 9
“Que diremos, então? Que a lei é pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, a não ser por meio da lei. Porque eu não teria conhecido a cobiça, se a lei não tivesse dito: “Não cobice.” Mas o pecado, aproveitando a ocasião dada pelo mandamento, despertou em mim todo tipo de cobiça. Porque, sem lei, o pecado está morto. Houve um tempo em que, sem a lei, eu vivia. Mas, quando veio o mandamento, o pecado reviveu, e eu morri.”
O Livro de Romanos
Por George Knight – Caminhando com Jesus no Monte das Bem Aventuranças
Paulo fora um homem orgulhoso. Era um fariseu entre os fariseus, um dos mais zelosos da sua seita. Se qualquer deles pudesse ter guardado a lei perfeitamente, esse teria sido Paulo.
Ele estava muito bem. Adorava a Deus de maneira suprema, não se inclinava aos ídolos nem tomava o nome de Deus em vão, e era cuidadoso em guardar as inúmeras regras a respeito da observância do sábado. Tampouco cometera adultério, roubara, ou dissera falso testemunho. Afinal, concluíra, ele era uma pessoa bastante boa. Paulo tinha boas razões para ter certa presunção religiosa.
No entanto, ele viu a luz. Viu um mandamento “diferente”, aquele que diz “Não cobiçarás”. De repente o pecado tomou uma nova forma. Afinal, esse pecado implica uma atitude mental e não um ato físico.
É verdade que ele evitara o próprio ato do roubo, do adultério e outros mais, mas aqui Paulo, o fariseu, esbarrara no significado mais profundo da lei. A lei também tinha que ver com as atitudes.
“Não cobiçarás” atingiu Paulo como um raio. Ele começou a compreender o significado mais profundo da lei e sentiu-se, conforme as palavras de Isaías, “destruído”. Ou como o próprio Paulo coloca: “O pecado reviveu, e eu morri.”
Paulo podia ficar feliz com suas realizações enquanto estava lidando com a letra da lei, mas sua ilusão de conduta perfeita foi esmagada de uma vez por todas quando ele compreendeu a verdadeira profundidade da lei.
A experiência de Paulo deve ser também a nossa. A profundidade do problema do pecado é revelado no espírito da lei e somos conduzidos até a cruz, onde também morremos para toda esperança em nós mesmos ou nas realizações próprias.