Por George Knight – Caminhando com Jesus no Monte
“Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio dum povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Isaías 6:5.
A Bíblia é um livro estranho porque repetidas vezes caracteriza como heróis pessoas que admitem suas fraquezas e necessidades. — Nas prateleiras de minha biblioteca, tenho muitos volumes sobre “grandes” pessoas – presidentes, intelectuais, pessoas de destaque na sociedade, e líderes militares. Os mais exatos desses volumes apontam a fraqueza dos indivíduos dos quais eles tratam, mas enfatizam que eles foram importantes porque venceram suas fraquezas através de esforço heróico e constante.
A Bíblia pinta um quadro totalmente diferente. Seus heróis são grandes porque eles reconhecem que suas fraquezas mais importantes estão longe de serem vencidas através do esforço humano. Admitem que eles necessitam da ajuda de Deus. São pobres de espírito.
Repetidas vezes os heróis da Bíblia expressam sua indignidade. Foi isso que aconteceu com Isaías, no texto bíblico de hoje. Ao ser dada uma visão da magnitude e glória de Deus, ele confessou totalmente sua fraqueza. Percebeu que não era nada. Tornou-se pobre de espírito.
Moisés partilhou o mesmo espírito. Sentiu-se profundamente indigno para realizar a tarefa que Deus colocou sobre ele. Estava totalmente consciente de que não era a pessoa adequada. O mesmo pode ser dito de Davi, Gideão e outros heróis do Antigo Testamento.
Encontramos a mesma verdade no Novo Testamento. Vem à mente o exemplo do apóstolo Pedro. A natureza de Pedro era a de um homem agressivo, arrogante, autoconfiante – um típico homem do mundo. Ele era qualquer coisa, menos pobre de espírito. Mas isso mudaria totalmente na cruz e depois, quando ele teve um vislumbre mais completo de sua fraqueza e necessidade de Deus.
A nova vida de Pedro começou ao pé da cruz, quando ele se tornou pobre de espírito. Assim é com cada um de nós.
Não é acidentalmente que Jesus começa o debate dos princípios do Seu reino com a pobreza de espírito. É esse senso de nossa impotência espiritual que nos força a olhar para Jesus em busca das bênçãos inestimáveis que Ele deseja conceder a cada um de nós.
Você pode ver o Ano Bíblico 2020 completo aqui
Estamos no primeiro passo de nossa jornada. Estamos estudando sobre o caráter do cristão.
Lembrem -se do que está escrito em Lucas 5:32: “Não vim chamar justo a, é, sim, pecadores ao arrependimento. ”
“Ele ele veio para chamar aqueles que se acham prostados sob o fardo do pecado; aqueles cuja vida se acha humilhada, despedaçada e despedaçada e degradada pelo pecado; aqueles que sofrem, e quem já não têm mais esperança; que sabem que nada merecem, mas que desejam ardentemente serem perdoados por Deus, serem aceitos por Ele, e readmitidos como membros de Sua família.
O texto, porém, não se limita a dizer que Jesus veio para chamar pecadores. Infelizmente, é grande o número dos que têm ignorado aquela que é justamente a parte mais importante do versículo, a primeira parte, o que tem provocado muitas vezes uma visão distorcida da forma pela qual somos aceitos e perdoados por Deus.
Em outras palavras, a ênfase de Cristo aqui não está tanto no fato de que Ele veio para chamar pecadores, mas no fato de que Ele não veio para chamar justos. A ideia, porém, não é a de que com os justos já estava tudo bem, e que por isso Ele chamaria somente pecadores. Não! Bem pelo contrário. O que Jesus quis dizer aqui é que Ele recusa os justos, mas recebe os pecadores.
Isso pode parecer um pouco estranho à primeira vista; mas o ensino de Jesus neste versículo é que há uma classe de pessoas que desejam ser recebida por Ele, mas que Ele as rejeita. Pessoas que buscam o favor de Deus, mas que nunca o alcançam, porque lhes é negado. Pessoas para as quais Cristo vira as costas na mais completa repulsa, na mais completa rejeição: são, aqueles que se consideram justos a si mesmos ou que esperam se tornar justos pelos próprios méritos.”
Só Jesus, Pr. Wilson Paroschi