por Ellen White
Atos dos Apóstolos ou O Embaixadores
Este capítulo é baseado em Atos 17:11-34; 22: 21; 1 Coríntios 1: 18 – 19, 27 – 28
Em Beréia, Paulo encontrou judeus dispostos a pesquisar as verdades por ele ensinadas. A respeito deles declara o relatório de Lucas: “Estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a Palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim. De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos varões”. Atos 17:11, 12.
A mente dos bereanos não se achava limitada pelo preconceito. Estavam dispostos a pesquisar a veracidade das doutrinas pregadas pelos apóstolos. Estudavam a Bíblia, não por curiosidade, mas para que pudessem aprender o que havia sido escrito a respeito do Messias prometido. Diariamente examinavam os relatos inspirados e, ao compararem texto com texto, anjos celestiais se colocavam ao lado deles, iluminando-lhes a mente e impressionando-lhes o coração.
Onde quer que as verdades do evangelho sejam proclamadas, os que honestamente desejam proceder com retidão serão levados a exame diligente das Escrituras. Se, nas cenas finais da história da Terra, aqueles a quem são proclamadas verdades decisivas seguissem o exemplo dos bereanos, examinando diariamente as Escrituras, e comparando com a Palavra de Deus as mensagens a eles levadas, haveria hoje em dia grande número de pessoas leais aos preceitos da lei de Deus, onde agora existem relativamente poucos. Mas, quando são apresentadas verdades bíblicas impopulares, muitos se recusam a pesquisá-las. Embora incapazes de refutar os claros ensinos da Escritura, manifestam extrema relutância em estudar as evidências oferecidas. Alguns presumem que mesmo sendo essas doutrinas verdades incontestes, pouco importa aceitarem ou não a nova luz; e apegam-se a fábulas agradáveis usadas pelo inimigo para desviar as pessoas. Assim são suas mentes cegadas pelo erro, e ficam separados do Céu.
Todos serão julgados de acordo com a luz que tem sido dada. O Senhor envia Seus embaixadores com a mensagem de salvação, e aos que a ouvem, Ele faz responsáveis pela maneira por que tratam as palavras de Seus servos. Os que sinceramente buscarem a verdade pesquisarão cuidadosamente, à luz da Palavra de Deus, as doutrinas a eles apresentadas.
Os judeus incrédulos de Tessalônica, cheios de ciúme e ódio contra os apóstolos, e não satisfeitos com havê-los expulsado de sua própria cidade, seguiram-nos até Beréia e levantaram contra eles as paixões excitáveis da classe mais baixa. Temendo que seria exercida violência contra Paulo caso ele permanecesse ali, os irmãos o enviaram para Atenas, acompanhado de alguns novos conversos bereanos.
Assim, a perseguição seguiu os pregadores da verdade de cidade em cidade. Os inimigos de Cristo não puderam impedir o avanço do evangelho, mas conseguiram tornar a tarefa dos apóstolos extremamente difícil. Embora em face de oposição e conflito, Paulo prosseguia firmemente, determinado a executar o propósito de Deus a ele revelado na visão de Jerusalém: “Hei de enviar-te aos gentios de longe”. Atos 22:21.
A inesperada partida de Paulo de Beréia privou-o da oportunidade por ele acariciada de visitar os irmãos de Tessalônica.
Chegando a Atenas, o apóstolo enviou de retorno os irmãos bereanos com a mensagem para que Silas e Timóteo fossem reunir-se a ele imediatamente. Timóteo tinha vindo a Beréia antes da partida de Paulo e, com Silas, tinha permanecido para prosseguir com a obra tão bem começada nesse lugar e instruir os novos conversos nos princípios da fé.
A cidade de Atenas era a metrópole do paganismo. Aí Paulo não se encontrou com uma população crédula e ignorante, como em Listra, mas com um povo famoso por sua inteligência e cultura. Em todos os lugares estavam à vista estátuas de seus deuses e de heróis divinizados da História e da Poesia, enquanto magnificentes arquiteturas e pinturas representavam a glória nacional e o culto popular de deidades pagãs. O senso do povo estava empolgado com o esplendor e a beleza da arte. De todos os lados santuários, altares e templos representando enorme despesa, exibiam suas formas maciças. Vitórias das armas e feitos de homens célebres eram comemorados pela escultura, relicários e placas. Tudo isso fez de Atenas uma vasta galeria de arte.
Olhando Paulo a beleza e a grandeza que o rodeavam, e vendo a cidade toda entregue à idolatria, seu espírito se encheu de zelo por Deus, a quem via desonrado por todos os lados. Seu coração se comoveu de piedade pelo povo de Atenas, que, apesar de sua cultura intelectual, era ignorante do verdadeiro Deus.
O apóstolo não se deixou seduzir pelo que viu nesse centro de cultura. Sua natureza espiritual estava tão atenta às atrações das coisas celestiais, que a alegria e magnificência das riquezas que nunca perecerão tornavam de nenhum valor aos seus olhos a pompa e o esplendor daquilo que o circundava. Vendo a magnificência de Atenas, ele compreendeu seu poder sedutor sobre os amantes da Arte e da Ciência, e seu espírito ficou profundamente impressionado com a importância da obra que tinha diante de si.
Nessa grande cidade onde Deus não era adorado, Paulo foi oprimido por um sentimento de solidão, e anelou a simpatia e o auxílio de seus colaboradores. No que respeita à amizade humana, sentia-se inteiramente só. Em sua epístola aos tessalonicenses, ele exprimiu seus sentimentos nas palavras: “Deixar-nos ficar sós em Atenas”. 1 Tessalonicenses 3:1. Obstáculos aparentemente intransponíveis se apresentaram diante dele, fazendo com que se lhe afigurasse quase sem esperança a tentativa de alcançar o coração do povo.
Enquanto esperava por Silas e Timóteo, Paulo não ficou ocioso. “Dissertava na sinagoga entre os judeus e os piedosos; também na praça, todos os dias, entre os que se encontravam ali”. Atos 17:17. Mas a sua principal obra em Atenas era levar as boas-novas de salvação aos que não tinham clara concepção de Deus e de Seu propósito em favor da raça caída. O apóstolo logo havia de enfrentar o paganismo em sua forma mais sutil e sedutora.
Não demorou que os grandes homens de Atenas ouvissem a respeito da presença de mestre tão singular em sua cidade, que estava apresentando perante o povo doutrinas novas e estranhas. Alguns desses homens procuraram Paulo e entraram em conversação com ele. Logo, uma multidão de ouvintes se lhes reuniu em torno. Alguns estavam preparados para ridicularizar o apóstolo como alguém que estivesse muito abaixo deles, tanto intelectual como socialmente, e esses diziam zombeteiros: “Que quer dizer este paroleiro?” Outros, “porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição”, diziam: “parece que é pregador de deuses estranhos”. Atos 17:18.
Entre os que se encontraram com Paulo na praça havia “alguns dos filósofos epicureus e estóicos”; mas esses, e todos os demais que entraram em contato com ele, logo viram que ele tinha um conhecimento superior mesmo ao deles. Sua capacidade intelectual impunha respeito aos letrados, ao passo que seu fervoroso e lógico raciocínio e seu poder de oratória captavam a atenção de todo o auditório. Seus ouvintes reconheciam que ele não era nenhum aprendiz, mas era capaz de enfrentar todas as classes com argumentos convincentes em favor das doutrinas que ensinava. Assim, o apóstolo permaneceu invicto, enfrentando seus opositores no próprio terreno deles, contrapondo lógica a lógica, filosofia a filosofia, eloquência a eloquência.
Seus oponentes pagãos chamavam-lhe a atenção para o fim de Sócrates, que, por ser pregador de deuses estranhos, tinha sido condenado à morte; e aconselhavam Paulo a não pôr sua vida em perigo enveredando pelo mesmo caminho. Mas os discursos do apóstolo cativavam a atenção do povo, e sua sabedoria sem afetação impunha-lhes admiração e respeito. Ele não foi posto em silêncio pela Ciência nem pela ironia dos filósofos; e convencendo-se de que ele estava disposto a concluir sua missão entre eles, e, apesar dos riscos, a contar sua história, decidiram ouvi-lo com boa disposição.
Portanto, conduziram-no ao Areópago. Esse era um dos locais mais sagrados de Atenas, e suas evocações e reminiscências eram tais que o faziam ser considerado com uma supersticiosa reverência que, na mente de alguns, chegava ao terror. Era nesse local que os assuntos relacionados com a religião eram muitas vezes considerados cuidadosamente por homens que atuavam como juízes finais em todas as questões mais importantes, tanto morais como civis.
Ali, afastado do ruído e agitação das ruas apinhadas e do tumulto da discussão promíscua, o apóstolo podia ser ouvido sem interrupção. Ao seu redor reuniram-se poetas, artistas, e filósofos — intelectuais e sábios de Atenas, que a ele assim se dirigiram: “Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas? Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos pois saber o que vem a ser isto”. Atos 17:19, 20.
Nessa hora de solene responsabilidade, o apóstolo estava calmo e confiante. Tinha o coração possuído de importante mensagem, e as palavras que lhe caíram dos lábios, convenceram seus ouvintes de que ele não era nenhum paroleiro. “Varões atenienses”, disse ele, “em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse pois que vós honrais, não O conhecendo, é o que eu vos anuncio”. Atos 17:22, 23. Com toda a sua inteligência e conhecimento generalizado, eram eles ignorantes do Deus que criara o Universo. Alguns, todavia, que ali estavam, almejavam maior luz. Estavam procurando alcançar o infinito.
Com a mão estendida em direção ao templo apinhado de ídolos, Paulo esvaziou seu coração e expôs os erros da religião dos atenienses. Os mais sábios entre seus ouvintes ficaram admirados ao atentarem para a sua argumentação. Ele mostrou estar familiarizado com suas obras de arte, literatura e religião. Apontando para o estatuário e ídolos deles, declarou que Deus não pode ser assemelhado a formas de imaginação humana. Aquelas imagens esculpidas não podiam, mesmo da maneira mais pálida, representar a glória de Jeová. Fê-los pensar no fato de que aquelas imagens não tinham vida, mas eram controladas pelo poder humano, movendo-se apenas quando as mãos dos homens as moviam; de maneira que os adoradores eram, em tudo, superiores ao objeto adorado.
Paulo levou a mente de seus ouvintes idólatras para além dos limites de sua falsa religião, a uma visão correta da Divindade a que eles denominaram “Deus desconhecido” Este Ser que ele agora lhes anunciava, era independente do homem, nada necessitando das mãos humanas que Lhe viesse acrescentar poder e glória.
O povo foi tomado de admiração pela fervorosa e lógica apresentação feita por Paulo dos atributos do verdadeiro Deus — Seu poder criador e a existência de Sua soberana providência. Com ardente e poderosa eloquência, o apóstolo declarou: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Senhor do Céu e da Terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tão pouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas”. Atos 17:24, 25. Os Céus não eram suficientemente grandes para conter Deus, quanto mais os templos feitos por mãos humanas.
Nesse século de tantas diferenças sociais, quando os direitos dos homens não eram muitas vezes reconhecidos, Paulo expôs a grande verdade da fraternidade humana, declarando que Deus “de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da Terra” À vista de Deus, todos são iguais; e cada ser humano deve ao Criador suprema obediência. Então, o apóstolo mostrou como, mediante todo o trato de Deus com o homem, Seu propósito de graça e misericórdia corre como um fio de ouro. Ele tem determinado “os tempos já antes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós”. Atos 17:26, 27.
Apontando os nobres espécimes da humanidade em torno de si, com palavras tomadas de um de seus poetas, Paulo pintou o infinito Deus como um Pai, de quem eram filhos. “NEle vivemos, e nos movemos, e existimos”, declarou ele, “como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também Sua geração. Sendo nós pois geração de Deus, não havemos de cuidar que a Divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.
“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam”. Atos 17:28-30. Nos séculos de trevas que precederam o advento de Cristo, o divino Soberano passou por alto a idolatria dos gentios; mas agora, por intermédio de Seu Filho, enviara Ele aos homens a luz da verdade; e esperava de todos o arrependimento para a salvação, não somente do pobre e humilde, mas também do altivo filósofo e dos príncipes da Terra. “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do Varão que destinou; e disto deu certeza a todos, ressuscitando-O dos mortos” Como Paulo se referisse à ressurreição dos mortos, “uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos outra vez”. Atos 17:31, 32.
Terminou assim o trabalho do apóstolo em Atenas, o centro da cultura pagã; pois os atenienses, apegando-se persistentemente a sua idolatria, viraram as costas à luz da verdadeira religião. Quando um povo está inteiramente satisfeito com suas próprias realizações, pouco mais se pode esperar dele. Conquanto presumindo-se de refinamento e instrução, os atenienses estavam se tornando constantemente mais corruptos, e mais satisfeitos com os vagos mistérios da idolatria.
Entre os que ouviram as palavras de Paulo estavam alguns a cuja mente as verdades apresentadas levaram a convicção; mas eles não se quiseram humilhar para conhecer a Deus e aceitar o plano da salvação. Nenhuma eloquência de palavras, nem força de argumentos pode converter o pecador. Somente o poder de Deus pode imprimir a verdade no coração. Aquele que persistentemente se desvia desse poder, não pode ser alcançado. Os gregos buscavam a sabedoria, e a mensagem da cruz era para eles loucura, porquanto valorizavam sua própria sabedoria mais que a sabedoria que vem do alto.
Em sua sabedoria humana e orgulho intelectual se encontra a razão por que a mensagem do evangelho teve comparativamente pouco êxito entre os atenienses. Os sábios segundo o mundo, que forem a Cristo como pobres e perdidos pecadores, tornar-se-ão sábios para a salvação; mas os que a Ele forem como pessoas de importância, gabando-se de sua própria sabedoria, deixarão de receber a luz e o conhecimento que só Ele pode dar.
Assim enfrentou Paulo o paganismo de seus dias. Seus esforços em Atenas não foram inteiramente em vão. Dionísio, um dos mais preeminentes cidadãos, e alguns outros, aceitaram a mensagem do evangelho e uniram-se completamente aos crentes.
Para que se visse como Deus, por intermédio de Seu servo, repreendeu a idolatria e os pecados de um povo orgulhoso e presumido, a inspiração nos deu este apanhado da vida dos atenienses que, com todo o seu conhecimento, refinamento e arte, estavam, não obstante, chafurdados no vício. As palavras do apóstolo, e a descrição de sua atitude e circunstâncias, tais como as traçou a inspiração, deviam atingir todas as gerações futuras, dando testemunho de sua inamovível confiança, sua coragem na adversidade, e a vitória por ele obtida para o cristianismo no coração do paganismo.
As palavras de Paulo contêm um tesouro de conhecimento para a igreja. Estava ele numa posição em que facilmente poderia ter dito qualquer coisa que teria irritado seus orgulhosos ouvintes, colocando-se em dificuldade. Tivesse seu sermão sido um ataque direto aos deuses e aos grandes homens da cidade, e ele teria corrido o perigo de sofrer a sorte de Sócrates. Mas, com o tato nascido do divino amor, cuidadosamente ele afastou-lhes a mente de suas divindades pagãs, revelando-lhes o verdadeiro Deus, para eles desconhecido.
Hoje, as verdades das Escrituras devem ser levadas perante os grandes homens do mundo, para que possam escolher entre a obediência à lei de Deus e a aliança com o príncipe do mal. Deus põe perante eles a verdade eterna — verdade que os fará sábios para a salvação — mas não os força a aceitá-la. Se Lhe voltam as costas, Ele os deixa entregues a si mesmos para que se fartem com os frutos de suas próprias ações.
“Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são”. 1 Coríntios 1:18, 19, 27, 28. Muitos dos mais eminentes homens do mundo, doutos e estadistas, nestes últimos dias volver-se-ão da luz porque o mundo por sua própria sabedoria desconhece a Deus. Entretanto, os servos de Deus deverão aproveitar cada oportunidade para comunicar a verdade a esses homens. Alguns reconhecerão sua ignorância em relação às coisas de Deus e assentar-se-ão como humildes discípulos aos pés de Jesus, o Mestre por excelência.
Em cada esforço para alcançar as mais altas classes, o obreiro de Deus necessita de forte fé. As aparências podem parecer desoladoras, mas na hora mais escura, há luz do alto. A força dos que amam a Deus e a Ele servem será renovada cada dia. A mente do infinito está posta a seu serviço para que ao executarem Seu propósito não cometam erro. Mantenham esses obreiros firme até o fim, o princípio de sua confiança, lembrando-se de que a luz da verdade de Deus deve brilhar em meio às trevas que envolvem nosso mundo. Não deve haver nenhum desalento em relação com o trabalho de Deus. A fé do consagrado obreiro tem de resistir a cada prova que o alcance. Deus pode e está disposto a outorgar a Seus servos toda a fortaleza de que precisem e a dar-lhes a sabedoria que suas variadas necessidades imponham. Ele fará mais que cumprir as mais altas expectativas dos que nEle põem sua confiança.