Papa estabelece data anual de cuidado com o meio ambiente para católicos

Isto é uma boa noticia! Não sou católica. E sem demagogia eu apoio. Excelente!
No entanto, ficaria perfeito se o Papa Francisco convidasse os cristãos, e mesmo a humanidade, a observar a data semanal. Sim, semanal! Afinal, um ano é um período longo e de grande desgaste!
Não é a toa que Deus pensou num ciclo semanal. Quando Ele evoca em Sua Lei o memorial da criação com descanso relacional é porque esse é o regime perfeito para o equilíbrio entre criatura, criação e Criador. Sim… Não dá para pensar na criação , sem pensar no Criador! É como pensar na vida sem o oxigênio! É como pensar na chuva sem a água! Não dá!
Penso que “a necessidade de os cristãos e todas as pessoas de proteger o ambiente” faz parte da complexa  dimensão da essência da mensagem do Quarto Mandamento da Lei de Deus. Não existirá de fato uma real proteção ao meio ambiente se de fato não houver um reconhecimento de uma criação.

Como o escritor Loron Wade e muitos outros cristãos que pensam assim, ‘não peço desculpas por tratar os primeiros capítulos de Gênesis como uma história a ser levada a sério. Mas entendo a desconfiança de alguns que pensam de modo diferente. Eles creem que essas histórias bíblicas não representam eventos reais. Antes, consideram-nas como ferramentas didáticas ou mensagens que ensinam uma lição. Em ambos os casos, é claro que qualquer abordagem dos Dez Mandamentos terá de lidar com esses capítulos, porque são básicos para compreendermos a lei moral e, com efeito, toda a mensagem da Bíblia.’1
Está escrito nas Escrituras, no Livro de Gênesis, sobre a criação do Céu e da Terra:

1:1-5 “Em primeiro lugar, Deus criou o céu e a terra — tudo que se vê e tudo que não se vê. A terra era como uma massa sem forma, um vazio sem fim, uma escuridão quase palpável. O Espirito de Deus pairava sobre o abismo das águas. Deus disse: “Luz!”. E a luz apareceu. Deus viu que a luz era boa e separou a luz da escuridão. E chamou à luz dia; e, à escuridão, chamou noite. Foi-se a tarde, foi-se a manhã — Primeiro dia.
6-8 Deus disse: “Firmamento! Haja separação entre as águas, no meio das águas!” Deus fez o firmamento. Separou as águas que estavam abaixo do firmamento das que estavam acima dele. E assim se fez. E deu ao firmamento o nome céu; Foi-se a tarde, foi-se a manhã — Segundo dia.
9-10 Deus disse: “Separem-se! Águas debaixo do céu, juntem-se num só lugar! Apareça o continente!” E assim se fez. E ao continente Deus chamou “terra”. E chamou “oceano” às águas que haviam se juntado. Deus viu que tudo aquilo era bom.
11-13 Deus disse: “Terra, cubra-se de vegetação! Produza todo tipo de planta com semente, Todo tipo de árvore frutífera”. E assim se fez. A terra produziu plantas que continham semente, de todo tipo, E árvores frutíferas de todas as variedades. Deus viu que tudo aquilo era bom. Foi-se a tarde, foi-se a manhã — Terceiro dia.
14-19 E Deus disse: “Astros! Apareçam! Brilhem no firmamento do céu! Separem o dia da noite. Distingam as estações, os dias e os anos; Astros no firmamento do céu para iluminar a terra”. E assim se fez. Deus fez dois grandes astros: o maior para tomar conta do dia, E o menor para tomar conta da noite; e fez as estrelas. Deus as distribuiu pelo firmamento celeste para iluminar a terra, Para reger o dia e a noite e para separar a luz da escuridão. — Deus viu que tudo aquilo era bom. Foi-se a tarde, foi-se a manhã — Quarto dia.
20-23 Deus disse: “Oceano, encha-se de peixes e de toda espécie de vida marinha! Pássaros, voem pelo firmamento acima da terra!” Deus criou as enormes baleias, todos os seres vivos que fervilham em grande quantidade nas águas E todas as espécies de pássaros. Deus viu que tudo aquilo era bom. E, então, os abençoou: “Cresçam! Reproduzam-se! Encham os oceanos! Pássaros, reproduzam-se na terra!” Foi-se a tarde, foi-se a manhã — Quinto dia.
24-31 Deus disse: “Terra, produza vida! De todo tipo: gado, répteis, animais selvagens — de toda espécie”. E assim se fez: animais selvagens de toda espécie, Gado de toda espécie, todo tipo de répteis e insetos. Deus viu que tudo aquilo era bom. Deus disse: “Façamos os seres humanos à nossa imagem, de forma que reflitam a nossa natureza Para que sejam responsáveis pelos peixes no mar, pelos pássaros no ar, pelo gado E, claro, por toda a terra, por todo animal que se move na terra”. E Deus criou os seres humanos; criou-os à semelhança de Deus, Refletindo a natureza de Deus. Ele os criou macho e fêmea, e, então, os abençoou: “Cresçam! Reproduzam-se! Encham a terra! Assumam o comando! Sejam responsáveis pelos peixes no mar e pelos pássaros no ar, por todo ser vivo que se move sobre a terra”. Depois, Deus disse: “Dei a vocês todo tipo de planta com semente sobre a terra E todo tipo de árvore frutífera; É para que se alimentem deles. Para todos os animais e pássaros, tudo que se move sobre a terra e respira, Dou tudo que cresce na terra por alimento”. E assim se fez. Deus olhou para todas as coisas que havia feito; tudo era tão bom; tudo era ótimo! Foi-se a tarde, foi-se a manhã — Sexto dia.
2: 1 -3 O céu e a terra foram, assim, concluídos, até os últimos detalhes. Quando chegou o sétimo dia, Deus havia terminado sua obra. No sétimo dia, ele descansou de toda a sua obra. Deus abençoou o sétimo dia, fazendo dele um dia santificado, Porque foi o dia em que ele descansou de sua obra, de toda a criação, que ele havia feito. Essa é a história de como tudo começou, do céu e da terra quando foram criados.”
Por isso, que na Lei de Deus ao referir-se à criação, devota-se ao Criador o agradecimento pela vida: “Guardem o dia de sábado, para que sempre seja santo. Trabalhem seis dias e, nesse tempo, façam tudo que for necessário. Mas o sétimo dia é o sábado do Eterno, o Deus de vocês. Não realizem nenhuma espécie de trabalho, nem vocês, nem seu filho, nem sua filha, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seus animais, nem mesmo o estrangeiro em visita à sua cidade. Porque, em seis dias, o Eterno fez o céu, a terra, o mar e tudo que neles há e descansou no sétimo dia. Portanto, o Eterno abençoou o dia de sábado e o separou como dia santo.” (Êxodo 20: 8-11)

Eu acho muito legal termos em nosso calendário um dia para agendarmos oficialmente atividades ecológicas. Quem sabe um processo se fará e a sociedade se educará a vivenciar em seu cotidiano esse cuidado. Do contrário, essa agenda anual será infrutífera
Agora reflita comigo. Como posso pensar em supervisionar, cuidar da criação se negligencio a mim mesmo? Preciso cuidar de mim mesmo para poder cuidar do outro. Por isso, faço aqui um lembrete à Lei de Deus quanto ao repouso semanal que Deus, como nosso Criador, nos convida a respeitar. Este é o sentido do sábado. Através do meu descanso, do meu renovar eu possar cuidar e renovar o outro. 

O ser humano precisa descansar do seu trabalho e o Senhor da Criação disse que este dia deveria ser o sétimo: domingo é o primeiro, segunda é o segundo, terça é o terceiro, quarta é o quarto, quinta é o quinto, sexta é o sexto e sábado é o sétimo.  

Agora, se você não se importa com o que Ele disse realmente qualquer dia faz sentido. Mas, o que Ele determinou foi o sábado. A obediência se cumprirá se for exatamente no sábado. As bençãos do repouso físico e espiritual, que é o que compõe a estrutura do nosso ser, só acontecerão, se for como o Criador do nosso corpo determinou.

Se for na sexta, segunda, ou no domingo, será um mandamento de homens. Não é lei de Deus é dos homens. Você decide a quem você obedeceráEu fico com a vontade de Deus.

A palavra “sábado” significa, literalmente, “descanso”. O sétimo dia é o descanso apontado pelo próprio Deus. É o dia durante o qual o Criador nos convida a participar com Ele do Seu descanso. Por isso, lemos: “não farás nenhum trabalho”.
Ao repousar com Deus, declaramos ao Universo que o descanso sabático é sinal de um relacionamento com o Criador baseado na fé.  Mas o descanso no sábado não simboliza apenas esse relacionamento; ele o promove e aprofunda, tornando-se parte dessa realidade. Nosso descanso no sétimo dia não apenas declara que encontramos segurança (e, portanto, paz) no amor de Deus; ele fortalece essa segurança. Afirma e confirma o relacionamento entre Deus e Sua criação.
Você tem ideia de quantas pessoas se sentem desesperadas e frustradas com as responsabilidades e os problemas da vida? Vivemos apressados e preocupados. O tempo nunca é suficiente. Precisamos ganhar o sustento, manter a casa, melhorar os relacionamentos, educar os filhos, cuidar da saúde, conseguir um diploma, pagar as contas e seguir uma carreira. Essas e milhares de outras tarefas exigem constantemente nossa atenção. O problema é que somos finitos, e a vida nunca para de exigir mais e mais. Quando o famoso magnata britânico Cecil Rhodes estava para morrer, teria murmurado: “Tão pouco realizado e tanto por fazer!” hoje, um número incontável de pessoas faz ecoar essa frustração.
Em meio à desenfreada sucessão de eventos e às estridentes exigências de uma vida que, como a boca da sepultura, nunca brada “Já basta!”, o grande Deus Criador nos oferece o sábado. O autor Herman Wouk, que observava o sábado, escreveu: “O sábado representa os braços de uma mãe que se estendem para receber um filho cansado.” “Seis dias trabalharás”, diz o mandamento. Esse é o tempo que lhe é concedido. Trabalhe, lute e dê o melhor de si durante esse tempo. Mas tudo isso tem um limite – o sábado. Nesse dia, você deve descansar.
O quarto mandamento ordena trabalhar, mas não diz: “Trabalhe até cair exausto.” Tampouco manda continuar labutando até que o trabalho esteja concluído. Em vez disso, declara que você deve, sim, trabalhar, mas há um limite para o que tem de fazer.
O sábado é uma parábola da vida, porque ensina que chegaremos ao fim dos nossos dias e daremos nosso último suspiro ainda pensando em coisas que gostaríamos de fazer – se tivéssemos tempo. Ele nos ensina a fazer o que podemos no tempo disponível, e depois descansar. Com o sábado, aprendemos a medir nossas realizações não pela norma de nossa própria perfeição, mas pelo padrão do amor de Deus.
Aquele que nos criou sabe que nossa ambição egoísta (ou mesmo nosso desejo sincero de fazer o melhor) pode levar-nos à intemperança e ao excesso. Consequentemente, Ele nos deu o quarto preceito do Decálogo como um mandamento de misericórdia. “Seis dias trabalharás”, diz Ele, “mas no sétimo dia não farás nenhum trabalho.”
Jesus relembrou ao povo de Sua época que o sábado foi feito para a humanidade (Marcos 2:27). É uma preciosa dádiva oferecida para nosso benefício e proteção. O sábado é um porto, nosso abrigo da interminável tormenta da existência, um oásis onde o viajante cansado pode encontrar restauração e renovação antes de retomar as lutas da vida.
O sábado era uma mensagem de fé: “Confiem em Mim. Aceitem que realmente tomei providências perfeitas.” Mas a mensagem do inimigo era precisamente o oposto: “Não é verdade que Deus tomou providências perfeitas. Está faltando alguma coisa. vocês precisam se afastar do plano dEle, escolher o próprio rumo e se defender por conta própria.”
Ao aceitar essas insinuações, Adão e Eva se uniram ao inimigo em sua atitude de desconfiança e desobediência. Isso causou a necessidade de uma providência adicional, um plano pelo qual Deus pudesse resgatar seres humanos de sua confusão e restaurá-los a um relacionamento de fé, confiança e obediência.
Foi numa sexta-feira que Deus concluiu Sua obra e descansou da tarefa da Criação. E também foi numa sexta-feira que Jesus concluiu a obra da redenção. Quando inclinou a cabeça ao morrer, disse: “Está consumado!” (João 19:30).
Depois disso, os discípulos tiveram apenas o tempo suficiente para remover o corpo da cruz e colocá-lo na tumba nova de José. Enquanto saíam apressados, o sol se punha. A Escritura diz: “E começava o sábado” (Lucas 23:54). Assim, pela segunda vez, o Salvador descansou no sétimo dia de uma obra terminada.
O sábado, criado para comemorar as providências de Deus para um mundo perfeito, assumiu então um significado adicional. Daquele dia em diante, simbolizaria também Suas providências para um mundo em pecado: o plano para nos redimir, curar e restaurar a uma relação de fé e confiança nEle.
Este segundo significado do sábado foi apresentado muito tempo antes da cruz. Quando Deus deu os Dez Mandamentos no Sinai, explicou a razão para o sábado fazendo alusão à Criação. Mas, quando Moisés repetiu os mandamentos 40 anos mais tarde, citou-os de uma forma que prenunciava claramente a segunda razão para a observância do sábado: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Deuteronômio 5:15).
Deus criou os seres humanos para ocuparem uma posição de soberania (Gênesis 1:26 e 27). A escravidão é o oposto disso. O Senhor não só havia resgatado Seu povo da escravidão literal, mas tinha a intenção de resgatá-lo para um relacionamento de confiança com Ele (Êxodo 19:4). Como resultado, o povo deveria assumir uma posição de liderança, sendo elevado ao status de “sacerdócio real” (ver os versos 5 e 6; 1 Pedro 2:9; Apocalipse 5:10).
Dessa forma, o sábado é uma comemoração não apenas da Criação, mas também da redenção.
Já observamos o significado do sábado como complemento e garantia dos três primeiros mandamentos. Mas, como sinal de nosso resgate da escravidão, o sábado também nos traz à consciência a necessidade de respeitar nossos semelhantes. Ordena que nos lembremos da rocha de onde fomos talhados e do poço do qual fomos cavados (Isaías 51:1). Assim, o quarto mandamento também dá sentido aos seis preceitos seguintes, que lidam com nossos deveres para com as outras pessoas (ver Deuteronômio 16:11 e 12).
Adão aceitou que Deus realmente havia feito uma provisão para ele na obra perfeita de criação, e mostrou essa aceitação descansando no sábado. Os cristãos se unem a ele para comemorar a bondade e a amorosa providência de Deus na Criação. Ao apartar-nos do ritmo incessante de nossas atividades habituais e da pressão da vida durante as horas sabáticas, lembramo-nos de que o mundo não gira em torno de nós. Afinal, o Sol não se ergue pela manhã e as flores não desabrocham por ordem nossa. A criação pode continuar perfeitamente bem sem qualquer ajuda de nossa parte. O descanso físico no sábado reconhece e celebra a maravilhosa providência para nós no mundo físico, assim como tem acontecido com o povo de Deus desde o começo do mundo.
E nossa fé em Jesus acrescenta nova e gloriosa dimensão a tudo isso. Como indica a passagem de hebreus 4, o repouso do sábado agora significa que aceitamos que Cristo realmente alcançou para nós a salvação na cruz do Calvário.
Devido a essa obra consumada, o cristão pode “descansar de suas obras”, isto é, do esforço frustrante de obter a salvação através de bons atos pessoais. Simplesmente aceitamos pela fé que, quando Jesus disse “Está consumado”, realmente estava consumado, e que Ele alcançou uma salvação plena e ilimitada para “todo o que nEle crê” (João 3:16).
Essa relação de fé e confiança em Deus, simbolizada e aprofundada quando descansamos no sétimo dia, é “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” (Filipenses 4:7). É o descanso desfrutado por todos os que estão “em Cristo Jesus”. Não mais necessitam ser jogados daqui para lá num mar de problemas e ansiedades. Podem entrar no porto e encontrar paz e descanso.’1

Somente quando você compreender o descanso para você mesmo é que você estará apto de fato a saber cuidar da criação. Pense nisto!
E se você acha que tudo isto faz parte de um evangelho antigo. Deixe-me lhe dizer que você está mais uma vez equivocado, pois o Evangelho é Eterno!

Ruth Alencar


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1- Loron Wade- Os Dez Mandamentos, Princípios Divinos para melhorar seus relacionamentos



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