por Stormie Omartian
O poder dos pais que oram, cap. 1, Mundo Cristão.
“[…] Pais e mães tentam fazer o melhor possível para criar seus filhos. Mas, quando pensam que têm seu papel de pais bem esboçado, descobrem que pisam em terreno desconhecido à medida que deparam com novas faixas etárias e novas etapas com seus desafios próprios. Às vezes flutuam pela situação na maior tranquilidade. Às vezes encontram tempestades e ondas gigantescas. Algumas vezes sentem-se tão cansados que têm vontade de desistir – e se deixar levar pelo temporal.
[…] Não precisamos viver com medo do que pode trazer cada fase de desenvolvimento, que perigos podem estar à espreita atrás de cada esquina. Nem temos de ser pais perfeitos. Podemos começar agora – neste exato instante – a exercer uma diferença positiva no futuro de nosso filho. Nunca é cedo ou tarde demais.
[…] Em cada estágio de suas vidas nossos filhos precisam e serão grandemente beneficiados por nossas orações. […] Depois, dando um passo de cada vez temos de apresentar cada detalhe da vida de nosso filho em oração. […] Jamais subestime o poder de um pai que ora.
[…] Descobri que sem Deus somos destinados a repetir os erros do nosso passado e imitar o que observamos. Uma cena da infância pode surgir na tela da mente e tornar-se realidade no palco da nossa existência num momento de fraqueza – antes que a gente se dê conta do que está acontecendo.
[…] Eu passava por grande agonia preocupando-me com o desenvolvimento social, espiritual, emocional e mental do meu filho, porém, a preocupação mais compulsiva era o temor de que algo ruim lhe acontecesse. […] Quanto mais eu tentava não me comportar como uma mãe superprotetora, os jornais, revistas e noticiários de televisão sobre crimes me deixavam mais preocupada com o bem-estar dele.
[…] Um dia, clamei a Deus em oração, dizendo: ‘Senhor, isto é demais para mim. Não consigo vigiar meu filho 24 horas por dia, minuto a minuto. Como posso ter paz?’
[…] Meu marido e eu havíamos dedicado nosso filho a Deus num culto da igreja, mas Deus queria mais que isso. Queria que nós continuássemos a lhe entregar Christopher diariamente. Essa dedicação não significava que iriamos abdicar de nossa responsabilidade como pais e, sim, que iriamos nos colocar em total parceria com Deus. Ele arcaria com o peso da carga e nos daria sabedoria, poder, proteção e capacidade muito além do que poderíamos imaginar. Nós desempenharíamos nossa tarefa de disciplinar, ensinar, alimentar e ‘mostrar à criança no caminho em que deve andar’, sabendo que ‘quando for velho, não se desviará dele’ (Provérbios 22:6). Iriamos depender de Deus para nos capacitar a criar nosso filho de maneira adequada e o Senhor providenciaria as bênçãos para a vida dele.
[…] À medida que eu orava por Cristopher e o entregava nas mãos de Deus, Deus libertava minha mente daquela preocupação. Isto não significa que no momento em que eu orava por algum problema não haveria necessidade de orar novamente por ele, mas ao menos durante algum tempo eu me sentia aliviada da carga. Quando o problema ressurgia, eu tornava a orar sobre ele. Deus não prometeu que nunca aconteceria algo de ruim com meu filho, mas a oração liberava poder de Deus para operar na vida dele, e, no decorrer do tempo, eu pude desfrutar mais de paz.
Aprendi, também, que não deveria querer impor minha vontade quando orava por meu filho. Essa atitude gera frustação e desapontamento em todos os envolvidos.
[…] Eu descobri que é melhor orar assim: Senhor, mostra-me como orar por este filho. Ajuda-me a cria-lo nos teus caminhos, e que seja feita a tua vontade na vida dele.
[…] Nos doze anos seguintes Deus respondeu as minhas orações de maneira maravilhosa, e hoje eu vejo os resultados. […] reconhecemos a mão de Deus na vida de nossos filhos, e eles também a reconhecem, pois é o poder de Deus que penetra na vida do filho quando um dos pais ora.
A oração é muito mais do que apresentar uma lista de desejos a Deus, como se Ele fosse o grande Papai Noel do Céu. Orar é reconhecer e experimentar a presença de Deus, e pedir que Ele esteja presente em nossas vidas e circunstâncias. É buscar a presença de Deus e liberar o poder que Ele nos dá para superar qualquer problema.
[…] Quando oramos, nos humilhamos diante de Deus e confessamos: ‘Preciso da Tua presença e do Teu poder, Senhor. Não posso realizar isto sem Ti’. Quando não oramos, estamos dizendo que não precisamos de nada além de nós mesmos.
[…] Não basta orar apenas pelas preocupações do momento; precisamos orar pelo futuro e contra as influências de acontecimentos do passado. Quando o rei Davi se encontrava deprimido pelo que lhe ocorrera e temeroso quanto às consequências futuras (Salmo 143), não disse só ‘Bem, o que acontecer, aconteceu’. Ele clamou a Deus sobre seu passado, seu presente e seu futuro, orou a respeito de tudo. É o que nós também devemos fazer. […] A Bíblia diz: ‘A intimidade do Senhor é para os que O temem’ (Salmo 25:14)
[…] A batalha pelos nossos filhos é travada nos joelhos. […] quando oramos, participamos do combate junto com eles, nos apropriando do poder de Deus em favor deles. Se também proclamamos a Palavra de Deus em nossas orações, usamos uma arma poderosa contra a qual nenhum inimigo pode prevalecer.
[…] Quando você estiver orando por seu filho, inclua um versículo apropriado da Escritura em sua oração. Se não conseguir lembrar de nenhum no momento em que estiver orando, não interrompa a oração; apenas cite um ou dois versículos todas as vezes que puder e verá acontecerem coisas extraordinárias.
À medida que você lê a Palavra durante seus momentos devocionais e ora por seus filhos sob a orientação do Espírito Santo, terminará encontrando mais versículos para citar em suas orações. E não é necessário ter um versículo diferente para cada oração; você pode escolher um ou dois e repetí-los durante um período de tempo específico de intercessão por seu filho.
[…] Por meio de Sua Palavra, Deus nos orienta, fala conosco e nos relembra de Sua fidelidade. Assim, Ele coloca fé em nosso coração e nos capacita a entender o coração dEle, o que nos ajuda a orar com ousadia pela fé, sabendo exatamente qual é a verdade de Deus, Sua vontade e nossa autoridade. Quando Jesus falou com Satanás, Ele o repreendeu; e, algumas vezes ao repreendê-lo, Jesus citou as Escrituras.
[…] Jesus é o nosso modelo. Temos de olhar para Ele e fazer o que Ele fez. Jesus disse: ‘Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em Mim fará também as obras que Eu faço, e outras maiores fará, porque Eu vou para junto do Pai’ ( João 14:12) e, também: ‘Se permanecerdes em Mim e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito’ (João 15:7)
[…] Não se esqueça que, se Deus tem um plano perfeito para a vida de nossos filhos, Satanás também tem um plano para eles: destruí-los. E, para tanto usará de todos os meios possíveis: drogas, sexo, álcool, rebeldia, acidentes, doenças. Mas ele não será bem-sucedido em suas tentativas se o seu poder for dissipado pela oração. A Bíblia diz: ‘Ou, como pode alguém entrar na casa do valente, e roubar-lhe os bens, se primeiro não amarrar o valente?’ (Mateus 12:29). Em outras palavras, não exercemos nenhuma influência no território de satanás se não o sujeitarmos e impedirmos o exercício de sua autoridade ali. Ainda mais, podemos também proibir que ele ataque a vida de nossos filhos.
É claro que Satanás pode causar muito dano se não ensinarmos os caminhos e a Palavra de Deus a nossos filhos, se não os ajudarmos a respeitar Suas leis e se não os disciplinarmos, orientarmos e ajudarmos a fazer opções santas. A Bíblia nos diz: ‘Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele’. (Provérbios 22:6). Quando não agimos assim, nossos filhos podem se tornar rebeldes e fazer opções que vão tirá-los de sob a proteção de Deus.
[…] A Bíblia diz: ‘Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós’. (Tiago 4:7) Impedir os planos de satanás em oração faz parte do resistir ao Diabo. Resistir a ele em favor de nossos filhos pode libertá-los para eles fazerem opções santas.
Satanás não vai desistir de tentar criar uma situação contra nossos filhos para poder ataca-los. Se, porém, estivermos armados com as escrituras, ele terá de contender com a Palavra de Deus. […] A morte de Jesus na cruz quebrou a espinha dorsal do acusador, mas Satanás ainda vai atormentar todos aqueles que não sabem que têm autoridade sobre ele, autoridade que é dada por Deus. É aí que entram nossas orações. Nossos filhos sofrerão acusação até que quebremos o baluarte do acusador em oração, usando a Palavra de Deus como prova conclusiva desistir contra ele.
[…] Deus ordena: “derrama o teu coração como águas diante do Senhor! Levanta a ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos” (Lamentações 2:19), […]
Às vezes, mesmo depois de tudo o que fizemos por eles, e de nossas orações, nossos filhos fazem opções erradas e colhem as consequências. […]
Se seu filho fez opções erradas, não se culpe nem pare de orar. […] Em vez de desistir, decida-se a se comprometer ainda mais com a oração.
Se você guarda sentimentos de ira ou de rancor contra Deus ou contra seu filho – sim, até pais amorosos podem ter esses sentimentos -, confesse a Deus com sinceridade. Se você está decepcionado e desesperançado, fale com clareza. Não viva com emoções negativas e sentimento de culpa que podem separá-lo de Deus. […]
Ore para que o Espírito Santo o oriente quando se sentir inspirado a orar por seu filho.”
Stormie Omartian