Continuando nossos estudos sobre Daniel 7
A Bíblia anuncia que há um tempo para o julgamento divino. Cremos e compreendemos que, em se tratando da humanidade, esse julgamento de Deus já começou. É bem verdade que Daniel 7 nos fala de um tribunal, no entanto, em se tratando de Deus, Seu amor e Sua justiça temos que pensar no tempo em toda a sua complexidade.
Em Efésios 1:4 está escrito: “Ele nos escolheu em seu amor, em Jesus, antes da Criação do Universo para sermos santos e sem defeito em sua presença”.
O que significa essa escolha? Em Sua Onisciência Deus não foi surpreendido pela rebelião de Lúcifer. Conceder o dom do livre arbítrio implicava no risco de seu aparecimento. A grande explicação para a permissão divina para o mal é que onde há amor tem que haver liberdade.
Essa escolha divina é muito mais complexa do que a escolha de nos criar. Foi uma escolha baseada no desejo de nos salvar da situação de perdição que o pecado nos colocaria. Entender a justiça divina passa pela compreensão de que Jesus e aquela cruz estão na sua base. Tudo no Evangelho, nas boas novas da salvação, precisa ser entendido centrado em Jesus Cristo. Então, tinha que ser ‘em Jesus’, pois Jesus decidiu que assumiria nossa culpa, se o homem se rebelasse. Jesus, Deus e o Espírito Santo assumiram uma divinal resistência em nos entregar a outro domínio. E esta escolha não foi baseada no desejo de ser adorado, mas no amor divinal de que fôssemos felizes em sua dimensão mais profunda. Nenhum de nós, embora pecadores, saímos do coração de Deus. Deus nos ama a todos.
O pastor Benedito Muniz diz de forma muito sábia que “o pecado nos arrancou de Sua ética, mas não da Sua misericórdia. Que a salvação de Deus é tudo o que Deus faz pelo ser humano, fora dele e sem a sua participação; é tudo o que faz no ser humano que se entrega ao Seu amor. É tudo o que fará eliminando o mal do nosso ser em um futuro próximo.
O erro humano jamais será capaz de impedir o que Deus determinou. Por essa razão o apóstolo Paulo afirmou que a obra de restaurar a desgraça causada pelo pecado foi projetada por Deus na eternidade.”
Daniel viu um tribunal sendo estabelecido. Alguém me disse que isto era simbólico como foram simbólicas as figuras das bestas. A questão, então, nos obriga a pensar no fato de que o simbolismo do uso das bestas não era mais importante do que o seu significado. Havia um significado e é isto que tem que ser entendido. A morte de Jesus naquela cruz em sua visibilidade foi uma morte idêntica às muitas outras mortes por crucifixão tão presente em seus dias. O significado daquela morte e Quem estava sobre aquela cruz foi que fez a grande diferença.
Por isso, não creio que haja conflito na crença de um julgamento que se estabelece em ‘fases’, não importa em quantas, com a crença de que somos julgados num processo que se estende durante o período de nossas vidas. Na verdade, vejo que são conceitos que se complementam. Que fases são essas? Basicamente são duas:
1- fase preliminar que se situa antes da volta de Cristo. Esse julgamento não é como o de Apocalipse 20, o geral e popularmente conhecido como o fim do mundo.
2- fase terminal que acontecerá após Seu retorno. Esse é o julgamento de Apocalipse 20. Este é o juízo final.
Se tudo no Evangelho da graça e da salvação tem que ser entendido ‘em Jesus’, é nEle que vamos buscar a verdade. Naquela cruz Cristo estabeleceu o julgamento divino. A perfeita justiça de Cristo cumpriu o que a graça antecipou já antes da criação do Universo. O perdão de Deus antecipou-se aos nossos pecados. O julgamento divino começou no coração da divindade e o veredito final foi o perdão, por isso a morte na cruz.
“O elo lógico entre o julgamento de Daniel 7:9-10 e a entrega do reino ao filho do homem é este: o julgamento decide quem são os súditos que constituem o reino que é dado a Cristo. Ao receber os “filhos do reino”, Cristo recebe o reino. Salientemos uma vez mais que o tribunal divino não determina os méritos de Cristo para receber o reino, mas as qualificações dos súditos cujos nomes estão escritos no “livro da vida”. […]
Você se sente confortável com o pensamento de que toda e qualquer coisa que você fez neste mundo está anotada em detalhes e será trazida perante o Universo inteiro? Graças a Deus por 1 João 1:9: ‘Se reconhecermos os nossos pecados, então, por ser digno de confiança e justo, ele nos perdoará e nos purificará de toda injustiça’.
Aqui se encontra o remédio de que necessitamos. Admitamos aquilo de que há muito suspeitávamos – que todos somos pecadores empedernidos. Admitamos as coisas más que temos feito e contemos ao Senhor que estamos tristes com o nosso modo de proceder. E, então, à vista da torrente de luz que emana do Calvário, regozijemo-nos porque o “sangue de seu Filho Jesus nos purifica de todo o pecado”. (1 João 1:7)”2
Em Sua oração antes do Seu sacrifício Jesus disse para o Pai: “Pai, chegou a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho te glorifique – como lhe deste autoridade sobre todos os homens, para conceder vida eterna a todos os que lhe deste. […] Eu te glorifiquei na terra, terminando a obra que me deste para fazer. Agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a mesma glória que tive contigo antes de o mundo existir. Tornei teu nome conhecido às pessoas que me deste do mundo. Eles eram teus; tu os deste a mim, […]” (João 17:1-6)
Diante de Pilatos Jesus disse que Seu Reino não era desse mundo. E não é mesmo, pois se trata de um Reino espiritual e é nesse contexto que deve ser analisado o tribunal de Deus.
“Não há dúvida de que o elemento mais importante de um reino são os súditos, e não o território sobre o qual o rei exercerá sua soberania. O Tribunal Celeste não decide o direito de Cristo receber o reino. Este direito Cristo adquiriu por Sua morte sobre a cruz (Apocalipse 5:9). O que o tribunal celeste deve determinar é quem terá direito a ser um súdito do reino eterno de Cristo (Apocalipse 22:14).”2
Na cruz, lugar onde se deu o grande julgamento de Deus, Cristo recebeu a soberania do reino. Ora, se o que está em julgamento são os súditos do Reino de Deus a cruz cumpre o seu papel como o grande juízo de Deus. Ali, aos pés de Cristo se processa o veredito para cada ser humano: aceitar ou não o sacrifício ofertado.
E esse julgamento se processa também durante as decisões que fazemos na vida. Porque Deus Se importa com nossa resposta ética. Apesar de Seu amor ser inclusivo, Ele também é o Senhor do amor e da liberdade. No Seu Reino estarão todos os que livremente decidiram por ser súditos do Grande Deus Criador. Excluir-se-ão do Seu Reino os que não aceitarem a soberania de Jesus e Seu sacrifício. Nisto consiste a justiça de Deus.
Jesus abordou sobre esse julgamento preliminar quando disse: “Não se surpreendam com isso; está chegando a hora em que todos os que estão nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão – os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem feito o mal, para a ressurreição do juízo.” (João 5:28-29)
A. Feuillet disse: “A separação definitiva dos bons e dos maus, a recompensa dada aos primeiros e o castigo dado aos segundos pressupõem que um julgamento divino aconteceu”1
O que significa isto? Todos os homens deverão comparecer diante do tribunal de Deus (2 Coríntios 5:10). Isto é fato! Jesus afirma aqui que no dia da ressurreição, somente “os que tiverem feito o mal” serão ressuscitados “para a ressurreição do juízo”.
Então, em qual momento os outros, “os que tiverem feito o bem”, terão sido julgados? Com toda certeza eles não serão julgados no retorno de Cristo, porque neste momento eles ressuscitarão para a vida. Significando assim que já foram julgados, por isso terão a vida eterna.
Aqui se encontra a base para nossa compreensão: antes da volta de Cristo acontece o julgamento de Daniel 7:9-10. Este que chamamos de preliminar. Este julgamento tem como missão determinar quem será digno de ter parte na ‘primeira ressurreição’ (Apocalipse 20:6), reservada para os justos (Lucas 14:14; 20:35).
Daniel 7:10 nos diz que Deus tem conhecimento de tudo, nada foi deixado de lado. Na cruz Deus não fechou Seus olhos para o pecado, ao contrário Ele formalmente o condenou ao aceitar a morte intercessora de Seu Filho. O mesmo acontecerá no dia do julgamento. Na verdade, se Deus fechasse Seus olhos para o pecado ou se escolhesse ignorá-lo, julgando parcialmente os fatos, não haveria um julgamento justo. Deus poderia, então, ser acusado de injustiça ou de parcialidade.
Em relação a Deus nas profecias de Daniel o que temos aprendido até aqui?
“[…] No capítulo 2, Deus, através do desempenho de Daniel diante do rei, é vindicado como o grande Senhor da história, como Aquele que tem o destino do mundo em Suas mãos, e que o conduz a um fim glorioso.
No capítulo três, o Senhor, pela atitude de firmeza dos três hebreus, é vindicado como o único Deus digno da adoração e serviço do homem.
No capítulo 4, Ele é vindicado como o Senhor dos reis, que “pode humilhar os que andam na soberba” (v. 37), Aquele único cujo reino é eterno, e o domínio “de geração em geração” (vs. 2, 34). O capítulo termina com reconhecimento tácito de Nabucodonosor de que “os Seus caminhos são justos” (v. 37).
No capítulo 5, Deus é vindicado como o grande juiz, Aquele que vindica Suas próprias instituições, profanadas como estavam pelos atos sacrílegos de Belsazar; e é interessante notar que, aqui, esta vindicação ocorre simultânea com a condenação do rei e de seu reino.
No capítulo 6, Ele é vindicado como o “Deus vivo e que permanece para sempre…”, Aquele que “livra e salva, e faz sinais e maravilhas no Céu e na Terra” (vs. 26 e 27).
No capítulo 7, Ele é vindicado através de Seu próprio juízo, conduzindo o grande conflito ao seu final, ao glorioso desfecho da restauração de todas as coisas. […] Todo o livro de Daniel revela que Deus está no controle de cada coisa, operando “silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade… para o cumprimento de Seu propósito.” (Educação, págs. 173 e 178).”2
Um paradoxo pode, aparentemente, se fazer em sua mente ao lembrar dessa passagem bíblica: “O Pai não julga ninguém, mas confiou o julgamento ao Filho, […]” (João 5:22)
“De que modo pode, então, Deus ser juiz e ainda não julgar ninguém?” Atos 17:30-31 resolve facilmente a aparente dificuldade: “No passado, Deus não levou em conta essa ignorância; mas agora ele ordena a todas as pessoas, em todos os lugares, que se voltem para ele abandonando seus pecados. Porque ele estabeleceu um dia em que julgará a terra habitada, e o fará de forma justa, por meio do homem a quem designou. E deu provas públicas disso a todos, ressuscitando esse homem dentre os mortos.” Portanto, Deus é o Juiz, mas em Sua plena capacidade de julgar, Ele decidiu delegar essa tarefa a Seu Filho.”2
Jesus é nosso Advogado, Mediador e Intercessor. O único que possui tal atributo. Dar a outro esse atributo é conceder-lhe uma falsa identidade. Deus não tomará por inocente qualquer cristão que cometer esse crime espiritual. Afinal, essa verdade está no centro do Evangelho e é a base de toda a fé cristã. (1 João 2:1; 1 Timóteo 2:5; Hebreus 7:25)
“Evidentemente Jesus não necessita interceder em nosso favor no sentido em que por vezes imaginamos; Ele não precisa tentar persuadir a Deus que deve amar-nos, uma vez que – segundo as palavras de Jesus – o próprio Deus nos ama. Assim, uma das muitas formas pelas quais Jesus serve como mediador entre nós e Deus, é mostrando-nos com o que Deus Se parece, pois se nos torna bastante difícil amar um Deus que nunca vimos. Deus entregou Seu único Filho e enviou-O ao mundo para que nós pudéssemos amá-Lo, e por Seu intermédio, amar também o Pai.”2
Lembram do verso bíblico que citamos no início? Estamos falando de Efésios 1:4 : “Ele nos escolheu em seu amor, em Jesus, antes da Criação do Universo para sermos santos e sem defeito em sua presença”. O desejo de Deus é que sejamos todos salvos. Nessas palavras de Jesus não há um discurso exclusivista. No julgamento de Deus isto é levado também em conta. Cada ser humano é precioso aos Seus olhos e em Seu conceito de justiça não há espaços para o princípio da predestinação.
De qualquer maneira, todos, justos e injustos, em determinados momentos de suas vidas terão passado diante do tribunal supremo. Muitos desses momentos compreendem um tribunal não visível aos nossos olhos. Mas, devemos e podemos ficar tranquilos quanto a isso, pois se Satanás, o acusador, advoga para impedir nossa salvação, estamos bem representados “em Jesus”, nosso Substituto (Hebreus 9:24). Lembramos aqui a importância do colocar-se aos pés de Cristo e aceitar o Seu sacrifício. Essa é a dimensão grandiosa do tribunal de Deus estabelecido naquela cruz!
Algo me vem à mente agora, se todos somos julgados no tempo de nosso viver, após morte não haverá nenhum julgamento. Se este julgamento se processa desde então, vivemos em um tempo muito solene. Não sabemos o que nos sucederá daqui a dois minutos. Estaremos mortos ou vivos?
No livro Grande Conflito lemos: ‘ Antes do dilúvio, depois que Noé entrou na arca, Deus o encerrou ali, […] durante sete dias, o povo, não sabendo que seu destino se achava determinado, continuou em sua vida de descuido e de amor aos prazeres, zombando das advertências sobre o juízo iminente. ‘Assim”, diz o Salvador, “será também a vinda do Filho do homem’. (Mateus 24:39). Silenciosamente, despercebida como o ladrão à meia-noite, virá a hora decisiva que determina o destino de cada homem, sendo retraída para sempre a oferta de misericórdia ao homem culpado’.”
“Perigosa é a condição dos que, cansando-se de vigiar, volvem às atrações do mundo. Enquanto o homem de negócios está absorto em busca de lucros, enquanto o amante dos prazeres procura satisfazer aos mesmos, enquanto a escrava da moda está a arranjar os seus adornos – pode ser que naquela hora o Juiz de toda a Terra pronuncie a sentença: “Pesado foste na balança, e foste achado em falta.” (Daniel 5:27). (Grande Conflito paginas 490-492).
“Então vi que Jesus não deixaria o lugar Santíssimo até que cada caso fosse decidido ou para salvação ou para destruição: e que a ira de Deus não viria até que Jesus tivesse terminado sua obra no lugar Santíssimo – removesse suas vestes sacerdotais e se vestisse com as vestes da vingança … Mas quando nosso Sumo Sacerdote houver terminado Sua obra no Santuário, ele Se levantará, colocará as vestes da vingança e então as sete pragas serão derramadas.” (Review and Herald, 01/08/1849).
O que esta citação nos diz? Compreendo que se o tempo da graça vai até o momento quando Jesus sai do Santuário, então o único momento para que o juízo dos vivos seja executado é por ocasião do término desse tempo da graça! E esse tempo da graça é o hoje para nós que estamos vivos. Segundo Frank Holbrook “a Bíblia sempre apresenta os juízos de Deus subsequentes à escolha humana“. (Seu Nome Já Passou pelo Juízo, p.4) Isto é, não antes da escolha individual ou do fim do período de graça. E isto é lógico, pois não é possível realizar juízo e veredito sobre alguém que possa ainda vir a aceitar os apelos pelo arrependimento dos pecados. A sentença não pode ser dada sem que haja investigação e esta não pode ocorrer enquanto ainda houver graça. Sabemos que no período imediatamente precedente ao término do tempo da graça, a mensagem do terceiro anjo continuará a ser pregada oferecendo ao mundo uma última oportunidade para temer a Deus e dar-lhe glória (Apocalipse 14:6-7). O juízo pré-Advento ocorre, portanto, no decorrer de nossas vidas, mas o veredito final dar-se apenas por ocasião de nossa morte, afinal cada dia em vida é tempo de graça e de perdão. Esse é o tempo do juízo, portanto, para os mortos e os “que morrem” enquanto nós os que tivermos vivos ainda temos o tempo da graça (a porta da graça ainda está aberta). Em se tratando de salvação e justiça divina não há predestinação. Oferecer esse tempo de graça para quem já teve seu destino selado anteriormente seria inútil, não acham?
Compreendo que se aceitamos o sacrifício de Jesus por nós, esse é o tempo da grande reconciliação com Deus. O hoje, o aqui e agora, é esse tempo. Afinal, não sabemos nada sobre o que de fato se passará daqui a alguns minutos em relação a nossa vida. O agora sempre será o tempo de arrependimento, de confissão dos pecados. O Pastor M. L. Andreasen em seu livro ‘O Ritual do Santuário’, pág. 127 diz: “Deus mantém uma conta para cada homem. Sempre que, de um coração sincero, ascende uma súplica por perdão, Ele perdoa. Mas, por vezes, os homens mudam de ideia. Arrependem-se de seu arrependimento. Mostram, por sua vida, que o mesmo não é duradouro. E assim Deus, em vez de perdoar de maneira absoluta, definitiva, registra o perdão ao lado do nome das pessoas, e espera com o apagar final dos pecados para quando eles tiverem tido tempo de pensar maduramente no assunto. Se, ao fim de sua vida, se acham ainda com a mesma ideia, Ele os considera fiéis, e no dia do juízo seu registro é definitivamente limpo”.
Não sei como seria essa “conta para cada homem”, mas acredito nessa abordagem de respeito ao livre arbítrio humano. Deus de fato respeita nosso livre arbítrio e a salvação é, por isso, condicional. Para Deus é definitiva, pois ela se basta em si mesma. Não é algo que o homem possa fazer por si mesmo, mas uma providência Sua. A questão é que tem que haver aceitação e resposta ética do ser humano.
Concordo com o pr. Benedito Muniz quando diz: “A conclusiva mais acertada, motivadora, empolgante, alvissareira, dada pelo próprio Deus, é esta: A humanidade já foi julgada e condenada em Cristo Jesus. Sua condenação foi legal porque foi de acordo com a Lei que exigia a morte do culpado, como Ele assumiu nosso lugar, morreu nossa morte. Mas Ele apenas sofreu efeitos da morte eterna, a realidade punitiva da morte eterna, mas não a consequência eterna dela, pois, como era sem pecado pode ressuscitar, e assim, garantiu o nosso livramento da morte eterna e a certeza da ressurreição. Ele morreu nossa morte e nos garantiu a Sua vida. Jesus na cruz é o que mais interessa! Sintam-se libertos da culpa, perdoados e inseridos em Seus reino agora mesmo, dizendo a Ele que aceitam essa morte substitutiva.”
Qual o primeiro passo, então, para a salvação? O arrependimento. Mas, a consumação da salvação depende da perseverança (ver Ezequiel 18:24 e Mateus 24:13). Na justiça divina não cabe o conceito da predestinação, embora Deus saiba tudo, Ele deixa sob a nossa responsabilidade a escolha e a decisão. E a cada vez que tomamos uma posição isto é registrado. Essa é a base do Seu julgamento e é aqui que Se manifesta a defesa de Cristo como nosso Advogado. Não é, então, a presciência divina que determina o destino de cada ser humano.
“Sem dúvida este julgamento interessa duas partes e comporta dois aspectos; é por um lado um julgamento contra os inimigos de Deus e por outro a favor dos Seus Filhos. Toda interpretação a respeito desse julgamento deve incluir esses dois aspectos. É preciso levar em conta o longo período de atividades desumana do pequeno chifre, empregadas contra Deus e Seu povo, e do fato que o povo de Deus foi durante longo tempo objeto da reprovação e da perseguição dos homens. O julgamento de Deus, vindo de Seu Santuário, reverterá em favor dos fiéis o veredito da história. Este veredito é portador da promessa de uma reabilitação, da dominação do mundo, da salvação eterna e do reino de Deus.” (Edward Heppenstall, Our Hihh Priest, Review and Herald, p. 115-116)
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1- A. Feuillet, professor do Instituto Católico de Paris, Supplément au Dictionnaire de La Bible, Letouzey ET Ané, t. VI, col. 1339, artigo ‘Parousie”.
2- C. Mervyn Maxwel, Uma nova Era segundo as Profecias de Daniel, Casa Publicadora Brasileira.
. À l’Ecoute de La Bible, Guide de l’étude de La Bible par sujets, Editions SDT, France
Muito bom o texto! Esse pastor Benedito Muniz foi realmente iluminado! Estamos no fim! O sofrimento vai acabar, Cristo logo vem e glória a Deus por isso!
Amém, Rafael, amém!