As Profecias e Nosso Livre Arbítrio: Os Profetas do Deus Vivo e a Razão de ser das Profecias (parte 3)


Quem dará as boas vindas a Jesus? Saiba que há três grandes vertentes nas profecias bíblicas. Tanto no Antigo como no Novo Testamento identificamos fortemente a vertente que se apoia nas mensagens de advertências e conselhos para o arrependimento e submissão à soberania de Deus sobre toda a criação. As do Antigo Testamento falavam da vinda do Messias. Nasceria entre nós, seria um como nós, morreria por nós e ressuscitaria para que tivéssemos, todos nós, direito à vida eterna. Esta já se cumpriu. E louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo por tão imenso amor!
As do Novo Testamento se apoiam na promessa de Sua segunda vinda entre nós. Com uma grande diferença… agora como Rei absoluto e Juiz de todas as coisas.
Jo Ann Davidson escrevendo sobre a Bíblia e a História disse: “Nosso Deus atua na História e por meio dela. […] A história humana segue um rumo central em direção a um objetivo específico. No entanto, nem tudo na História revela a vontade de Deus: os seres humanos são livres para fazer más escolhas, que acabam influenciando a História. O fato de que Deus atua na História não significa que Ele causa tudo o que acontece. Ao contrário, significa que, apesar das maquinações e da maldade do ser humano, Deus está presente, executando Sua vontade soberana e trará a história da humanidade a um fim grandioso e glorioso. […] O fato é que a vida humana corre em uma linha, não em um ciclo repetitivo. De acordo com a Bíblia, o tempo é um caminho de sentido único. […] O Senhor conhece o futuro, conhece todas as possíveis escolhas que os seres humanos podem fazer e que, livremente farão. Ele nos revelou como tudo terminará, não importando quais sejam as escolhas que façamos enquanto não chegamos ao fim. […] A menos que desconfiemos da Palavra de Deus e do que ela diz sobre si mesma, podemos saber que o Senhor conhece o fim e o revelou a nós. Ele é não apenas o Deus do passado e do presente; é também o Senhor do futuro. Assim, podemos acreditar que o futuro se desdobrará assim como Ele predisse.” (Vislumbres do nosso Deus, Lição da Escola Sabatina, Jan- mar, 2012)
Deus, por intermédio dos profetas, revelou ao ser humano os acontecimentos futuros não para satisfazer nossa curiosidade, mas para que servisse de advertência e instrumento para a transformação de vidasAs profecias com origem em Deus visam atrair o arrependimento humano e a confissão dos pecadosDeus proveu a salvação em Cristo Jesus e deseja que todos tenhamos parte na vida eterna. As profecias bíblicas apontam para essa salvação e esse gozo. O que existe, além disso, é apenas especulação humana. Opinião de quem decidiu retirar Deus do caminho (como se isto possível fosse!) e assentar-se no trono da vaidade, orgulho e arrogância.
Esta semana alguém me disse: “Ruth, como é complicado compreender a onisciência de Deus e o nosso livre arbítrio sem pensar na predestinação!” Citei para ele o exemplo de Pedro registrado no livro de Lucas 22: 
v. 31-34: “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos. Respondeu-lhe Pedro: Senhor, estou pronto a ir contigo tanto para a prisão como para a morte. Tornou-lhe Jesus: Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes tenhas negado que me conheces.”
v. 55-62: “Então, prendendo-o, o levaram e o introduziram na casa do sumo sacerdote; e Pedro seguia-o de longe. E tendo eles acendido fogo no meio do pátio e havendo-se sentado à roda, sentou-se Pedro entre eles. Uma criada, vendo-o sentado ao lume, fixou os olhos nele e disse: Esse também estava com ele. Mas Pedro o negou, dizendo: Mulher, não o conheço. Daí a pouco, outro o viu, e disse: Tu também és um deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou. E, tendo passado quase uma hora, outro afirmava, dizendo: Certamente este também estava com ele, pois é galileu. Mas Pedro respondeu: Homem, não sei o que dizes. E imediatamente estando ele ainda a falar, cantou o galo. Virando-se o Senhor, olhou para Pedro; e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Hoje, antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, havendo saído, chorou amargamente.”
Jesus sabia que Pedro o negaria no futuro. Jesus comunica a Pedro que Satanás iria perturbá-lo a ponto de fazê-lo pecar. Jesus advertiu a Pedro. Jesus não impediu a obra de Satanás, nem o exercício do livre arbítrio de Pedro. Jesus apenas intercedeu pela fé e vitória de Pedro. Mas, deixou Pedro livre para decidir. A prova do livre arbítrio de Pedro é que este mesmo advertido da provação O negou 3 vezes antes que o galo cantasse conforme Jesus predissera. O galo marca a evidência da pré-ciência de Jesus. Jesus não determinou que na história de Pedro, Ele seria negado por provocação divina. Jesus apenas diz a Pedro que conhecia o seu coração e que ele ainda não estava convertido em Seu discípulo, por isso O negaria e isto se daria em três situações até que um galo cantasse.
Jesus também sabia que Pedro se arrependeria e se converteria. Ele disse: “e tu, quando te converteres…”. Deus conhece nossos corações e sabe até onde somos capazes de ir em obediência a Sua vontade. Ele conhece nossas fraquezas e forças.
O que precisamos entender é que Deus embora sabendo o futuro de todas as coisas não interfere em nosso livre arbítrio. Ele nos adverte quanto ao correto a fazer e nos aconselha a agirmos com retidão, se pecarmos tornamo-nos passíveis das exigências da lei da Verdade e Justiça, porém, se nos arrependermos com sinceridade o Senhor põe em prática a solução do perdão através da intercessão de Jesus e nos perdoa e salva de nossos erros.
A pré-ciência de Deus não implica em predestinação uma vez que caberá sempre a nós o decidirmos terminar como pecadores sem arrependimento ou pecadores com arrependimento. No final de tudo, somos sempre nós que determinamos, por nossas escolhas, se queremos ou não participar da graça e misericórdia divina. A salvação estabelecida em Cristo Jesus é a única predestinação oferecida por Deus. Se a aceitarmos, por nossa livre escolha, confirmamos a benção da salvação para a qual fomos predestinados.
Deus sabe que somos rebeldes em relação à Sua vontade, Eis a razão do plano do perdão naquela cruz do calvário. João, um dos discípulos de Jesus nos afirma: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.” (João 2:1)
Se recusarmos tão grande salvação, por nossa livre escolha, a perderemos, embora esta salvação nos estivesse predestinada. Selamos assim nosso destino como não salvos. Embora estivéssemos predestinados a sermos salvos. A escolha será sempre nossa. Esta é a única predestinação segundo a Bíblia.
Meditem sobre Deuteronômio 30 
No meio evangélico há uma forte crença de que Deus tem um plano especial para a nação de Israel. Os que creem nessa teologia acreditam que “Deus estabeleceu um relacionamento com a nação israelense porque ama essa nação e tem um propósito soberano exclusivo para ela”.
É verdade que Deus “planejou que a nação de Israel desempenhasse um papel estratégico no cumprimento do propósito que Ele determinou para a história”. Assim como é verdade “que um dos aspectos dessa tarefa-chave é o de propiciar grandiosa bênção ao mundo inteiro através da descendência física de Abraão”. A confusão, porém, vem da crença de que essa benção seja em função da nação de Israel.
Quando as Escrituras dizem que a salvação vem de Israel é exclusivamente por causa de Jesus. É verdade que Deus ama incondicionalmente Israel, pois o Seu amor não depende do nosso amor. É verdade que Deus estabeleceu uma relação especial com Israel, mas hoje esta relação deve ser entendida espiritualmente. Deus não estabeleceu esse relacionamento com a nação de Israel porque ela era superior às demais nações. Moisés mesmo declarou aos israelitas: “Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos” (Deuteronômio 7:7)
Na verdade, Deus escolheu Abraão porque decidiu que através dele nasceria o Messias que traria salvação para toda a humanidade. Deus escolheu Israel para que como nação fosse um exemplo para as outras nações servindo de testemunho e pudesse assim atraí-las para os Seus braços de amor. Exatamente porque o amor divino é inclusivo e não exclusivo.
Ao longo da história humana Deus estabeleceu uma aliança de amizade com todos aqueles que aceitaram a Sua soberania. Sempre foi assim e sempre será. Prova? Muitos, antes de existir Israel como nação, foram abençoados por sua fidelidade a Deus. Abel, Enoque e Jó são alguns bons exemplos. E quando a nação israelita já estava formada temos dois entre muitos outros exemplos, a prostituta Raabe e o general Assírio Naamã. Eles não eram Israelitas e foram também abençoados por Deus. Razão dessas bênçãos: reconhecimento de que o Eterno era o grande Deus Vivo. A bíblia é repleta de exemplo de homens e mulheres que foram abençoados por Deus independente de sua nacionalidade.

Verdade que Israel, como povo, será sempre amada por Deus. Assim como toda a humanidade, notadamente o Israel Espiritual, Antes de iniciarmos nosso estudo permita-nos falar resumidamente sobre o que pensam os adventistas sobre a Teologia da Substituição. O consultor Bíblico Leandro Quadros explica em cinco minutinhos: 



Estudamos um pouco sobre a questão da infidelidade de Israel, com relação ao propósito divino, no texto A Importância da História para se compreender o Plano de Deus.Vimos que “Israel, […] depois que já se achava por algum tempo na Terra Prometida exibiu insatisfação com os princípios fundamentais da teocracia ao solicitar um rei humano, para que fosse semelhante às nações ao seu derredor. Em primeiro lugar lhe foi dado um homem mau como rei, e então um homem segundo o coração de Deus. Davi, entretanto, era homem de guerra, pelo que foi senão durante o reinado pacífico de Salomão que o templo, o símbolo externo do reino de Deus, foi edificado. Após a morte de Salomão rebelaram-se as tribos do norte, renunciando às promessas da aliança.” (Edward J. Young, P.H.D., Professor do Antigo Testamento do Westminster Theological Seminary, Filadelfia, USA., Daniel)
O povo de Deus hoje é o Israel espiritual. E o Israel espiritual já existia mesmo na época de Israel como nação. (Romanos 11:1-5)
O povo de Deus é aquele que se distingue pela submissão à soberania de Deus e tem a fé em Jesus como seu Salvador. Em certo sentido, é o povo que se distingue por sua identidade única, sua missão distinta. Sua existência não vem do zelo humano, mas se origina em Deus. Era um povo já visível mesmo antes do chamado endereçado ao povo eleito de Israel. Pode ser reconhecido em Abel, Enoque, Noé, Abraão, Jacó, por exemplo.
O povo de Deus, em cumprimento da profecia, se faz conhecido mesmo no seio da infidelidade e apostasia. É o povo que proclama a mensagem dos 3 anjos, reforçando a necessidade da obediência a vontade de Deus e a fé de Jesus.
Vejam o que diz Apocalipse 10  e Apocalipse 14.
A missão da proclamação do evangelho a toda a nação, tribo, língua e povo é o último esforço de Deus para procurar e salvar os que estão perdidos.
Quando me perguntam por que Deus está “demorando” eu sempre digo que a intervenção divina com relação ao mal vai implicar em juízos da parte de Deus. Os juízos divinos implicarão na morte de muitos seres humanos e isto não é agradável para Ele que é amor. Então, Ele retarda para ver se muitos outros se arrependem. Esta para mim é a maior prova que não existe predestinação: o amor de Deus. Um Deus que não tem prazer na morte de um ímpio.
Este tempo que Deus tem dado e que normalmente dizemos que é um atraso, é o ato de misericórdia e graça de Deus para com a humanidade.
O povo de Deus é o instrumento divino dessa graça e misericórdia. Temos a missão de informar ao nosso próximo, que ainda não sabe ou que não está preparado, que Ele está voltando para buscar os que são Seus.
O professor e pastor Adolfo Suarez explica que temos várias concepções do que seja a História:
“.Teoria dos Ciclos Históricos: segundo essa concepção teórica o progresso das sociedades humanas desenvolve-se de acordo com grandes ciclos que se repetem ao longo dos tempos, independentemente da vontade dos homens;
. Teoria Linear da História: essa teoria ensina que a espécie humana se desenvolve ao longo de uma linha secular de evolução até atingir um certo estágio ou ponto final;
. Teoria dos Efeitos das grandes Personalidades: essa teoria explica que o curso geral da humanidade é o resultado da ação de grandes figuras históricas. Essas pessoas moldam a história dos povos ao longo dos tempos;
. Teoria da Vida Cotidiana: esta teoria baseia-se na premissa de que a história é o registro coletivo da experiência do ser humano no seu viver diário, cotidiano;
. Teoria das Ideias: de acordo com essa teoria, as ideias são a fonte principal da evolução dos povos. As condições que originam a história são sempre criadas ou modificadas pelas ideias.
. Teoria do Materialismo Histórico: segundo esta teoria a economia política é o fator mais importante na determinação histórica. A produção, distribuição e troca de bens e serviços são a base das estruturas sociais de todas as sociedades.”
A visão secular difere profundamente da concepção bíblica da História. Na Bíblia a História tem um começo definido e Deus está no seu controle e não os homens. A Bíblia apresenta uma perspectiva cósmica onde o futuro é o resultado da vontade divina.
Sendo que a Deus está no controle a história humana é uma série de eventos que seguem um rumo específico dirigido por Deus. Sua criação não foi deixada ao acaso.  Ainda que não nos impeça de errarmos, pois respeita nosso livre arbítrio, o Senhor tem o leme da História em Suas mãos. Ele proveu a solução para salvar-nos de nós mesmos e socorrer-nos de nossas más escolhas.
Ao longo da história humana Deus tem Se revelado através de Seus profetas, advertindo-nos quanto aos Seus propósitos. Precisamos compreender isto, afinal esta é uma mensagem de esperança. Saber que Deus está no controle traz um significado de paz e de sentido para a existência de cada um de nós.
“O amor de Deus é a força motivadora que suscita a fé para cumprir as coisas que de outra forma não gostaríamos de fazer e nem seríamos capazes. O amor divino é o poder que motiva o coração humano e carnal a deixar de viver por ele mesmo, para viver por Aquele que nos revelou Seu amor ao morrer por nós. […] Na verdade, não damos nada a Deus, nós Lhe entregamos somente o que Ele nos deu primeiro. A percepção do Seu amor é o meio pelo qual desejamos nos engajar inteiramente a Seu serviço, de Lhe consagra todo o nosso ser e tudo o que temos. […] Nosso apelo é que reconheçamos que a necessidade do povo de Deus (Sua Igreja) é também nossa necessidade pessoal. […]”(Ty Forrest Gibson e James M. Rafferty, Épreuves ET Triomphe de L’église Du Reste”)
Nossos lábios precisam ser motivados pelo desejo íntimo de sermos mais semelhantes ao Mestre. Precisamos aprender a pedir ao Senhor que Ele toque nossos corações inspirando-nos a buscar conhecê-LO, amá-LO, servi-LO. E, deixar que Ele nos conquiste por Sua incomparável graça. Que Ele faça “renascer em nosso meio o amor fraterno que caracteriza a piedade primitiva da igreja apostólica. Que Ele nos ensine e ajude a amar como Ele amou e não a contar os pecados que os homens cometem uns contra os outros. Que Ele nos conceda a fé, a coragem, a humildade para levar convites calorosos e pessoais a todos que se encontram em nossa esfera de relacionamento. Que em nossos corações haja o amor de Moisés. O Espírito que agiu sobre Elias e Eliseu. A intercessão de Daniel, Esdras e Neemias. Que Ele nos conceda a humildade de Isaías e Davi. Que Ele nos ajude a alcançarmos o arrependimento aprendido  por Davi, a esperança de Ezequiel, a fé de Jeremias, e o espírito e sabedoria de Paulo. Que todas essas qualidades possam ser reunidas em nossa experiência afim de que possamos verdadeiramente servi-LO com um coração sincero provado no amor e na paciência.
Continuaremos…

Ruth Alencar
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12 respostas para As Profecias e Nosso Livre Arbítrio: Os Profetas do Deus Vivo e a Razão de ser das Profecias (parte 3)

  1. Com muito carinho para vc Rafael

  2. babacão diz:

    Muito obrigado, Ruth.
    Que Deus a abençoe muito!
    Entendi que, na verdade, a pré-ciência de Deus e o nosso livre-arbítrio são coisas totalmente diferentes. Uma nada tem a ver com a outra e, ao desvincular as duas coisas, fica mais fácil não pensar em predestinação.
    Entendi que Deus conhece as nossas escolhas, mas não interfere nelas. E, mesmo que Pedro mudasse de idéia e não O negasse, Deus saberia disso também. É impossível enganar a Deus!
    Obrigado.

  3. babacão diz:

    Desculpe pelo nick. Eu coloquei apenas para testar e ficou. Depois, tentarei mudar. rsrsrs

  4. Quero que saiba que sua pergunta foi muito importante.

    Realmente me interesso por seu crescimento e amadurecimento espiritual. Este é o objetivo principal daqueles nossos estudos bíblicos Rafael: crescermos no aprendizado da verdade e nos firmarmos na verdade para que possamos estar firmes e fortes por ocasião da vinda do nosso amado Senhor Jesus Cristo.

    Não se angustie quando não compreender… apenas confie no amor de Deus por vc e na bondade de Sua misericórdia e graça.

    grande abraço.

  5. Anônimo diz:

    Sabem o que eu não entendo. Em Apocalipse está escrito que Cristo vem e todo olho o verá, até os que o traspassaram. Ou seja, subentende-se que todos ressuscitarão, não só os que morreram em Cristo. Mas eaí, eles dormem de novo? Seria essa então a segunda morte. Passa o milênio e eles ressuscitam para a derrocada final, o que seria a terceira morte. Essa minha teoria vai contra a Bíblia. Mas não consigo entender essa parte ainda.

    Rafael

  6. rsrsrsrsrs…. deixa como está, dei boas gargalhadas. Que Deus continue lhe abençoando Rafael.

    grande abraço fraterno.

  7. Rafael, vou elaborar um texto com este tema, pois é um assunto muito importante para poucas palavras. Quero, no entanto, deixar alguns pontos para vc começar a refletir.

    O verso bíblico a que vc se refere é este:“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.”(Apocalipse 1:7)

    Este verso, na verdade, reproduz Mateus 24:30 : "Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória."

    E está associado a muitos outros versos na Bíblia. Chamo sua atenção para:

    Daniel 7:13 "Eu estava olhando nas minhas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele."

    e Zacarias 12:10 : "Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas; e olharão para aquele a quem traspassaram, e o prantearão como quem pranteia por seu filho único; e chorarão amargamente por ele, como se chora pelo primogênito."

    Apocalipse 1: 7 na verdade une as duas Escrituras , o Velho e o Novo Testamento. Jesus repete neste verso suas palavras ditas em seu discurso no Monte das Oliveiras (Mateus 24:30).

    Creio e compreendo que haverá uma ressurreição especial.Esta ressurreição estará dentro,isto é, no mesmo momento, mas à parte, da 1ª ressurreição que é a dos justos que estarão mortos.

    Qual minha fonte de compreensão?

    Daniel 12:1-2: "Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno."

    Nesta ressurreição algumas sepulturas de ímpios se abrirão juntamente com as sepulturas de todos os justos mortos: e "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno". Note que é dito "muitos" e não todos.

  8. Quem são os que fazem parte dessa ressurreição especial?

    Todos os envolvidos com a morte e humilhação de Jesus sobre aquela cruz, entre eles Caifás e os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e discípulos ressuscitarão para contemplá-Lo em Sua glória. Os ímpios restantes esperarão até o final dos '1000 anos'.

    Todos os justos ressuscitarão neste tempo, mas somente alguns ímpios (os que O traspassaram).

    Estes realmente ressuscitarão nesta ressurreição especial, contemplarão Jesus, mas em seguida morrerão.

    Se ficar alguma dúvida, creio que no texto que elaborarei ela findará.

    Um grande abraço

  9. "Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos." Apoc 20:6

    Haverá duas ressurreições. A primeira por ocasião da volta de Cristo será a ressurreição dos justos.

    Os salvos vivos serão arrebatados juntamente com os ressuscitados e encontrarão com Ele nas nuvens.

    Nesta ocasião os vivos serão transformados.

  10. "E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão.

    Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.

    Ae lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem."
    Apoc 20: 1-3

    A prisão de Satanás será a terra vazia, não terá a quem tentar e enganar, ficará preso até o término do Milênio ou os mil anos.

    "Observei e vi que homem nenhum havia e que todas as aves do céu tinham fugido." Jeremias 4:25

    Durante o milênio, os salvos, o povo de Jesus, ajudarão no julgamento dos impios e dos anjos caídos. Assim, não haverá dúvidas sobre a justiça de Deus, pois todos conhecerão as obras dos que não aceitaram a salvação por Cristo.

    "E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem foi dado o poder de julgar. (…)
    E abriram-se os livros. (…) E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." Apoc 20: 4,12

    Jesus comprou-nos com seu sangue e nos deu a liberdade. Hoje, podemos escolher, temos o livre arbítrio.

    O importante é sabermos o significado da salvação. Se não houvesse o sacrifício do Cordeiro de Deus, não haveria a possibilidade de vida, de ressurreição… pois o salário do pecado é a morte, morte eterna. Então, antes não havia uma escolha. Hoje temos a escolha, morte eterna ou salvação.

    Quem recusar a oferta, será morto. Ou seja, para aquele que recusar, nada valerá o sacrifício de Jesus, pois ele escolheu não aceitar o sacrifício e permanecer na morte.

    Não é que Jesus irá matá-los… não é assim que entendo. A morte já é certa, porém ao aceitarmos a Graça de Deus e o sacrifício de Jesus como nosso Salvador, teremos a vida eterna. Mesmo os que já jazem em suas sepulturas, serão ressuscitados para a vida eterna.

    Quem pensa que não há opção, ou aceita Jesus como Salvador pessoal ou irá morrer está enganado.

    A Salvação já é A Opção, pois antes havia apenas morte. As pessoas tem a escolha de continuar com a morte certa ou aceitar a Salvação em Cristo Jesus.

  11. A segunda morte acontecerá após os mil anos, quando os impios serão ressuscitados e conhecerão o julgamento.

    "E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo." Apoc 20:15

    Jesus irá purificar a terra de todo pecado. Não haverá fogo eterno pois, a nova cidade, a nova terra será aqui. Os que não forem salvos, por escolher não aceitar a salvação, serão queimados e Satanás será também consumido.

    Esse será o lar eterno. A terra será purificada pelo fogo e assim, não haverá mais morte.

    Espero que estas repostas sejam relevantes às suas dúvidas, Rafael.

    Grande abraço!

  12. Anônimo diz:

    Obrigado. Com certeza, foram respostas relevantes. Pude compreender melhor. Esse tema é muito interessante!

    Muito obrigado!

    Rafael

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