por Niels – Erik Andreasen*
C. O Estado dos Mortos
A propagação do pecado e da morte em todo o mundo fez da morte uma experiência humana presente e comum. Como um convidado indesejado, ela penetra audaciosamente nas famílias e tira a vida de seus entes queridos. Isto levanta questões sobre o estado dos mortos, e deixa chorando os que ficam, e com a triste tarefa de enterrar seus mortos, carentes de uma explicação bíblica sobre a morte.
1. Sepultamento e Sepultura
A Bíblia contém apenas informações esparsas sobre funerais e sepultamentos. Entre as práticas específicas, pode-se notar o costume de fechar os olhos dos mortos (Gênesis 46:4), talvez para indicar a semelhança da morte com o sono (I.C.4). A família abraçava o corpo (50:1) e o preparava para o sepultamento, provavelmente sem demora, visto que em geral não havia tentativas de preservar o corpo.
O corpo era enterrado com roupas ou envolto em panos (Mateus 27:59; Jó 11:44); soldados podiam ser enterrados com suas armas (Ezequiel 32: 27); e nos tempos do NT acrescentavam-se, no mínimo, especiarias às mortalhas (João 19:39-40). O embalsamento, mencionado em apenas dois casos, envolvendo Jacó e José (Gênesis 50:2, 26) parece seguir os costumes egípcios (v. 3). O uso de caixão, no caso de José (v.26), parece também refletir uma prática egípcia. A cremação, como no caso do rei Saul e de seus filhos (1 Samuel 31:12), não parece ser uma prática comum (cf. 1 Crônicas 10:12, e Amós 2:1, que denuncia a queima dos restos mortais de túmulos reais).
Em geral o corpo era enterrado numa cova subterrânea ou numa sepultura (Josué 24:32), às vezes, numa caverna natural ou esculpida na rocha (Gênesis 23:8-9; 50:5; 27:60), ou uma câmara mortuária de fabricação humana (1 Reis 14:31). A palavra hebraica comum para sepultura (qeber) significa simplesmente uma cova cavada ou cortada na terra, ao passo que a palavra grega (mnemeion) sugere a ideia de um memorial, referindo-se a um monumento, uma inscrição ou mesmo uma estrutura contendo uma câmara na qual os mortos eram depositados. Em épocas posteriores, e de forma geral nos tempos do NT, praticava-se um segundo enterro dos ossos em ossuários (pequenos receptáculos de pedra ou barro).
Os pobres, ao que parece, eram enterrados, em sepulturas comuns (2 Reis 23:6: Jeremias 26:23), enquanto que os ricos podiam dar-se ao luxo de túmulos trabalhados (Isaías 22:16), talvez como monumentos memoriais (2 Samuel 18:18). Alguns túmulos pertenciam à família, de sorte que o moribundo podia expressar o desejo de ser sepultado no túmulo de seus antepassados (Gênesis 49:29-33; Juízes 8:32; 2 Samuel 19:37). Os túmulos maiores podiam, portanto, ser esvaziados de velhas ossadas e reutilizados posteriormente.
O prantear os mortos acompanhava as atividades funerárias e incluía rasgar as vestes (Gênesis 37:34), cingir-se de panos de saco (2 Samuel 3:31) , deitar pó sobre a cabeça ( Josué 7:6) e chorar em voz alta (Lucas 8:52). De vez em quando, era possível compor-se um lamento fúnebre curto ou longo para expressar a dor, a tristeza e a perda (2 Samuel 1:17-27; Jeremias 22:18). A concepção bíblica da morte contribui naturalmente para a ausência geral de prescrições de ritos fúnebres e acentuada parcimônia em ritual associado a sepultamentos (Gênesis 23:2; 37:34; Deuteronômio 34:8; 1 Samuel 25:1; Jeremias 22:18; Mateus 9:23; Lucas 23:55-24:1). A Escritura proibia outros ritos associados com funerais antigos (Levítico 19:27-28; Deuteronômio 14:1). Tocar um cadáver tornava a pessoa imunda (Números 5:2; 19:11-19); restrições adicionais se aplicavam aos sacerdotes (Levítico 21:1-4, 10-12).
A Bíblia traça uma linha bem definida entre a vida e a morte, entre os vivos e os mortos. Os dois lados estão separados, sem nenhum contato entre eles, sendo terminantemente proibido tentar ultrapassar essa fronteira. O funeral e o sepultamento envolvem procedimentos metódicos, respeitosos e simples de exonerar o cadáver, enquanto se relembra a vida e se chora sua perda.
2. A Região da Morte
A Bíblia tem pouco a dizer sobre a morte depois de seu funeral, visto que o conceito bíblico de natureza humana afirma que os mortos não têm existência em separado da vida no corpo.
Portanto, ela retrata os mortos como aqueles que agora se uniram, ou repousaram com seus ancestrais nas câmaras do túmulo (Gênesis 15:15; 1 Reis 14:31). Provérbios 2:18 e 5:5 descrevem o caminho em direção à morte como um declive, a trajetória para o she’ol. Observamos noutra parte a cena de um vestíbulo onde a morte espreita (7:27; 9:18). Como uma cidade, a região tenebrosa tem portas através das quais podem passar os mortos (Jó 38:17; Isaías 38:10). É caracterizada por tristeza, escuridão e sombras (Jó 10:21-22; Salmo 143:3), pó (Salmo 7:5; Gênesis 3:19) e silêncio (Salmo 94:17; 115:17), com a presença de gusanos (Isaías 14:11).
Diversos termos técnicos descrevem a região da morte. A palavra she’ol, com o provável significado de lugar desolado e sem valor, comunica a representação simbólica da sepultura (Gênesis 37:35; 1 Reis 2:6; Provérbios 1:12). Por suas portas (Isaías 38:10) ou boca (Salmo 141:7) vivem os que estão próximos da morte, prestes a ser tragados por seu apetite insaciável (Isaías 5:14; Habacuque 2:5) ou capturados em suas ciladas (2 Samuel 22:6; Salmo 18:5). Não pode haver retorno sem intervenção divina. As expressões paralelas a she’ol incluem ‘erets tahtit’, “submundo” (Ezequiel 31:14); ‘abaddon’, “lugar de destruição”Jó 26:6; Salmo 88:11; Provérbios 15:11) e shahat, “cova” (Isaías 38:17; Salmo 16:10).
O temos do NT hades, traduzido como “morte” ou “domicílio da morte” (Lucas 10:15; Atos 2:27, 31; Apocalipse 1:18; 20:13-14) correspondem à risca ao termo do AT she’ol.
A crença popular de que o hades representa um lugar intermediário de castigo destinado aos injustos por ocasião da morte é familiar a partir da história judaica popular encontrada no Talmude Palestino, que talvez forneça o contexto da parábola do homem rico e Lázaro proferida por Jesus (Lucas 16:19-31; cf. Jeremias 183-187). A história é sobre um publicano rico, depois de um esplêndido funeral, achou-se no hades procurando água para saciar sua sede, enquanto um pobre mendigo cuja morte passou despercebida, alcançou o paraíso. O foco da história é o hades, concebido como um lugar intermediário de purificação. Porém, ao adaptar essa história a Seus propósitos, Jesus fez uma reviravolta na parte final sobre o hades e a transformou em uma parábola sobre a responsabilidade moral na vida presente, antes que o destino seja selado pela morte. Deixando de lado as crenças populares encontradas na história original sobre uma segunda oportunidade para fazer as coisas certas no hades, semelhante a idéia do purgatório, Jesus restaurou a concepção bíblica do hades no sentido de she’ol, “sepultura”. Jesus não abonou a idéia do purgatório.
A ênfase sobre a morte com o castigo para a injustiça recebe vívida e adicional expressão no termogeena (gr. geenna, heb. ge’hinnom). Por designar o vale ao sul da antiga Jerusalém, utilizado para depósito de lixo bem como para a adoração a Moloque (2 Reis 23:10; Jeremias 7:31-32, hinom ficou associado com a morte e castigo, sendo traduzido geralmente por “inferno” no NT (Mateus 5:22, 29-30; 23:15; Marcos 9:43-47; Tiago 3:6). Aqui, porém, tem o sentido mais de um destino do que de um lugar, a saber, a morte como resultado da injustiça.
A região da morte, portanto, é alternadamente designada como a sepultura, she’ol, hades, Geena, e inferno. Cada um desses termos se refere simplesmente a sepultura, onde os mortos são enterrados. Quanto a seu caráter, a sepultura, região da morte, representa o que é diametralmente oposto à região de Deus (Salmo 139:8), e o lugar do qual os mortos não podem retornar (Jó 17:11-16). Uma pessoa entra na “região” da morte sozinha e não pode voltar dela, a não ser na ressurreição.
3. Condição dos Mortos
A Bíblia descreve a região da morte em vívidos termos poéticos. Quando o falecido rei da Babilônia chega à sepultura, o além (she’ol) figurativamente “desperta as sombras e todos os príncipes da terra e faz levantar dos seus tronos a todos os reis das nações” (Isaías 14:9). Essas descrições bíblicas do estado dos mortos são simbólicas, inclusive as falas dos ciprestes e dos cedros (v.8) e as camas de gusanos e a coberta de vermes (v.11). Tais imagens da condição na morte enfatizam a conclusão de que na morte cessam todos os procedimentos habituais e conhecidos da vida. Na morte cessam o trabalho e as recompensas (Eclesiastes 9:5). O amor, o ódio, a inveja perecem, assim como a participação nos acontecimentos da vida (v. 6). Projeto, conhecimento e sabedoria não mais existem (v. 5, 10). Os mortos não são capazes de fazer planos (Salmo 146:4), não possuem lembrança (Salmo 6:5; Eclesiastes 9:5) nem louvam a Deus (Salmo 88;10-11; 115:17; Isaías 38:18). Os mortos permanecem nos túmulos (Atos 2:29-34).
4. A Morte como Sono
Em lugar de todas as descrições figurativas já mencionadas sobre o estado dos mortos, a Bíblia privilegia a metáfora do sono para descrever a condição na morte (Deuteronômio 31:16; 1 Reis 2:10; Jó 14:12; Daniel 12:2; Mateus 9:24; 27:51-52; João 11:11; Ato 7:60; 1 Coríntio 15:18, 51; 1 Tessalonicenses 4:13). Essa apropriada metáfora, em geral presente em toda a Bíblia, recebe especial atenção de Jesus no relato da ressurreição de Lázaro. Essa história é acima de tudo exemplar pelo fato de transmitir o milagre mais surpreendente realizado por Jesus, que foi a ressurreição de alguém cujo corpo já começara a deteriorar. Jesus é primeiramente mestre e depois realizador de milagres. Instrui Seus desolados amigos sobre o poder de Deus para fazer reviver, sobre Sua própria morte e ressurreição, sobre a natureza da morte e sobre a esperança da ressurreição (João 11:1-44).
Conforme a narrativa revela, Jesus primeiro informa aos discípulos que Lázaro havia adormecido, pelo que eles sugerem alegremente que Lázaro certamente se recuperaria. Quando descobriram que Lázaro havia morrido de fato, Tomé reagiu apaixonadamente: “Vamos também nós para morrermos com ele!” (v.16). Jesus, ao que parece, a princípio a imagem eufêmica do sono para suavizar o impacto que a morte de Lázaro causaria em seus amigos íntimos, preparando-os para o milagre da ressurreição que realizaria a seguir, como se fosse o despertar de um sono. A condição do sono, com sua aparente inconsciência, retrata bem a condição na morte. Além disso, o sono é normalmente seguido por um despertar, que simboliza vividamente a ressurreição dos mortos (v.23).
A ressurreição de Lázaro é fundamental para o evangelho de João, pois traça as linhas de batalha entre Cristo e Seus oponentes. Ele apresenta Seus argumentos de maneira inconfundível (v. 40-42), embora Seus oponentes estejam determinados a matá-Lo (v. 53).
A morte, consequência natural do pecado, continua a ser o destino inevitável dos seres humanos. A irrevogabilidade da morte é enfatizada pela decomposição do corpo no quarto dia. Já não resta vida; a existência cessou. Mas Lázaro dorme, esperando ser despertado pelo próprio Deus. A metáfora do sono usada para a morte chama a atenção tanto para a irrevogabilidade da morte como para a possibilidade da ressurreição. É fundamental para o ensino de Cristo.
De todas as metáforas bíblicas para o estado dos mortos, a do sono é a mais importante, pois nos permite falar naturalmente sobre a morte sem apavorar os sobreviventes. Ela retrata a experiência da morte como uma transição suave para um estado de inconsciência, no qual cessam todas as funções psíquicas normais como o pensamento, planejamento, amor, esperança e crença (cf. Eclesiastes 9:5-6. 10; Salmo 88:3-7). O símbolo do sono serve muito bem para ilustrar tanto a concepção bíblica da morte como o conceito da ressurreição, evento similar a um despertamento. (1 Tessalonicenses 4:15-18).
D. Ocultismo e Espiritismo
A crença numa existência pós-morte é expressa claramente nos escritos gregos clássicos. Ela também desfruta de ampla popularidade no Oriente Próximo. A história de Saul e da médium de Endor (1 Samuel 28: 3-19) e os muitos túmulos israelitas contendo cerâmicas depositadas para o uso dos mortos mostram que essa crença não era inteiramente desconhecida dos antigos israelitas. Porém, a Bíblia condena taxativamente esse conceito. Condena também as tentativas de se comunicar com os mortos através de ocultismo, espiritismo e mediunidade (Êxodo 22:18; Levíticos 19:31; 20:6, 27; Deuteronômio 18: 9-13; Isaías 8: 19-20).
A história incomum de Saul e da mulher de En-Dor fala das tentativas desesperadas do rei de comunicar-se com o profeta morto Samuel por meio de uma médium. A narrativa deixa claro que por essa época Saul estava sofrendo de distúrbios mentais (1 Samuel 19:9-17; 28:3-10) e que tentou consultar a Deus por meio do finado Samuel, quando não obteve resposta por meio de sonhos, Urim nem dos profetas vivos (1 Samuel 28:6). Evidentemente ele falou somente com a mulher de En-Dor, a médium. É possível concluir, com base no contexto, que foi somente ele, e não a mulher de En-Dor, que afirmou reconhecer Samuel na aparição, ao passo que somente a mulher visualizou alguma coisa. No entanto, o “espírito” que subia da terra, descrito pela mulher como um deus, e que tinha a aparência de um velho enrolado em um manto, foi identificado por Saul com base na descrição menos detalhada dela como aquele a quem ele buscava, ou seja, Samuel (v. 11-14). Em resumo, a história não contém nenhuma prova de que o profeta morto realmente apareceu.
Mais importante, Saul não obteve nenhuma nova da experiência, a não ser o que já sabia de relatos prévios dados por Samuel enquanto o profeta ainda vivia (v.17; cf. 1 Samuel 15:23, 27-28). Essa mensagem Saul temia e esperava contrariar. O elemento satânico nessa história jaz na falsa idéia de que alguém pode obter uma informação indisponível, dos mortos, através de um médium espírita. A tentativa de personificação de uma pessoa morta é taxativamente condenada no AT como enganosa e sem proveito, e de igual modo os agentes demoníacos instrumentados por um médium. Não se pode obter nenhuma informação dos mortos, pois na verdade eles “não sabem coisa nenhuma” (Eclesiastes 9:5-6).
É possível contrariar supostamente esse princípio fundamental apresentando algumas descrições bíblicas incomuns do estado dos mortos, embora seja preciso admitir que se trata de linguagem metafórica para a perda da existência humana depois da morte. Por exemplo, a Bíblia fala dos mortos como sombras (refraim), caracterizadas por sua incapacidade de viver e se comunicar com Deus e a humanidade (Salmo 88:10; Provérbios 2:18-19; 21:16; Isaías 26:14). O termo refraim, “sombras”, não designa uma qualidade da existência, como alma (nefesh) ou “espírito” (ruah) descreveriam. Na verdade, em nenhuma parte a palavra descreve um ser que possa viver de alguma forma associado com a existência humana normal. De fato, a morte, condição para refraim, implica ausência de toda consciência. Em vez de espíritos que gozam de alguma existência mínima presumida na morte, osrefraim, de fato, compartilham todas as características conhecidas dos mortos. Não sabem coisa alguma (Eclesiastes 9:5). Não podem falar com Deus nem louvá-Lo (Salmo 6:5; 88:11; 115:17), seu pensamento e planejamento pereceram (146:4), eles não sentem a presença de Deus (Jó 7:21), nem possuem esperança (Isaías 38:18).
Continuaremos…
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*Professor de Antigo Testamento e presidente da Andrews University)
Fonte: Capítulo 9 do Tratado Teológico Adventista
“O Tratado Teológico Adventista é parte da Série Logos, que será completada com a publicação de sete volumes do Comentário Bíblico Adventista, mais o Dicionário Bíblico. Essa coleção trata-se da primeira exposição sistemática de toda a Bíblia produzida pela Igreja Adventista, com base nas línguas originais. Ela também incorpora pesquisas arqueológicas que oferecem o contexto histórico para a interpretação do texto sagrado.” http://www.portaladventista.org/portal/asn—portugu/5050-tratado-teologico-adventista-e-lancado-em-lingua-portuguesa
Interessante essa citação:
"A cremação, como no caso do rei Saul e de seus filhos (1 Samuel 31:12), não parece ser uma prática comum (cf. 1 Crônicas 10:12, e Amós 2:1, que denuncia a queima dos restos mortais de túmulos reais)."
Há pessoas que acham errado a cremação, pensam que isto interfere na "salvação".
Pergunto a essas pessoas sobre a situação dos mártires que sofreram a morte em fogueiras. Estarão perdidos porque foram queimados?
Pergunto também se por acaso é difícil para Deus recompor cinzas?
É limitar demais a complexidade da salvação e o poder de Deus!!!!
Agora, no caso dos corpos de Saul e de seus filhos, realmente a intenção não era realizar um ato fúnebre de cremação.
A própria Bíblia explica a razão da atitude dos moradores de Jabes-Gileade:
“Sucedeu, pois, que, vindo os filisteus ao outro dia a despojar os mortos, acharam Saul e seus três filhos caídos no monte Gilboa. Cortaram a cabeça a Saul e o despojaram das suas armas; enviaram mensageiros pela terra dos filisteus, em redor, a levar as boas-novas à casa dos seus ídolos e entre o povo. Puseram as armas de Saul no templo de Astarote e o seu corpo afixaram no muro de Bete-Seã.
Então, ouvindo isto os moradores de Jabes-Gileade, o que os filisteus fizeram a Saul, todos os homens valentes se levantaram, e caminharam toda a noite, e tiraram o corpo de Saul e os corpos de seus filhos do muro de Bete-Seã, e, vindo a Jabes, os queimaram. Tomaram-lhes os ossos, e os sepultaram debaixo de um arvoredo, em Jabes, e jejuaram sete dias.”
Os moradores de Jabes-Gileade fizeram isto porque se lembraram do que Saul fez em defesa de sua cidade na invasão de Naás. Foi, portanto, um gesto de pura gratidão e valentia, não por uma questão de cerimônia fúnebre.