O Amor Cravado na Cruz é a Essência da Lei de Deus
(parte 1)
Estes questionamentos me foram enviados por e-mail. A pessoa identificou-se como pastor: “No meu entender a BÍBLIA, o sábado, era um sinal entre Israel e DEUS; perpétuo, todavia, dentro da aliança mosaica, como à páscoa também o era; outrossim, ninguém esclarecido a guarda mais. O sábado, também, não pode ser chamado de mandamento moral, porque Jesus disse que os sacerdotes violávam o sábado e ficavam sem culpa!!! Mateus 12:5. Como vcs explicam isso? João, como um judeu sério, jamais ousaria dizer que o SENHOR JESUS quebraria o sábado, “semanal”, se ele não o quebrasse, João 5:18. Alem do mais, eventos importantíssimos, neotestamentários, foram cumpridos no domingo! O batismo no ESPÍRITO SANTO, A RESSURREIÇÃO, A CEIA… ENFIM… é difícil explicar isso, não é?” […] “me expliquem Romanos 14:4-5 e Colossenses 2:16-17, no meu entendimento o sábado foi cravado na cruz!!!”
Não, não é difícil explicar irmão. A Bíblia pode tirar todas essas dúvidas. Não poderemos, no entanto, fazê-lo com um só texto, então, tenha paciência. Inicialmente, gostaria que conversássemos um pouco a respeito da importância de uma postura inteligente e criativa com relação à leitura..
Como bem disse Jean-Claude Verrecchia: “Para ler é preciso ter fome, ter sede. É preciso ser um grande explorador, pronto a partir em aventura. […] Esqueça o que você já sabe.” Ao ler, não importa qual seja o livro, o leitor deve empregar todos os instrumentos de leitura que a inteligência permite. Assim como, estar alerta de que no ato da leitura a leitura pura não existe. Quando lemos temos já em nós nossos pensamentos preconcebidos. É preciso que exercitemos o ato de nos liberarmos de nós mesmos para podermos compreender o pensamento do texto. Afinal, não nos apropriamos de uma verdade simplesmente porque lemos um texto.
O teólogo George Knight falando sobre os princípios de interpretação diz: “Para compreender os escritos de alguém, é fundamental compreender suas intenções e objetivos. Os leitores que não conseguem discernir o alvo perseguido por um autor correm o risco de utilizar suas obras para fins contrários às suas intenções. […] Precisamos dos princípios de interpretação se quisermos que nossa leitura seja coerente.”
Um texto fora do contexto vira pretexto. Esta máxima vale para a Bíblia também. Todo leitor precisa ter consciência da possibilidade de ser desestabilizado com uma leitura. Mas, o que ocorre na verdade é que a tendência natural é lermos sempre o que nós já aprovamos por antecipação. Aqui está a grande armadilha: a leitura por confirmação. Se sou da esquerda o que me interessa é somente textos que confirmem meus pensamentos. É preciso coragem para colocar a si mesmo numa posição de auto questionamento. Aceitar ser chacoalhado em suas próprias opiniões, concepções e crenças.
Você diz pastor: “O sábado, também, não pode ser chamado de mandamento moral, porque Jesus disse que os sacerdotes violávam o sábado e ficavam sem culpa!!! Mateus 12:5. Como vcs explicam isso? João, como um judeu sério, jamais ousaria dizer que o SENHOR JESUS quebraria o sábado, “semanal”, se ele não o quebrasse, João 5:18.”
Vamos começar, então, por Aquele que é a maior autoridade: Jesus. Como Jesus relacionava-Se com o sábado? O primeiro equivoco a corrigir é esclarecer que não há nenhuma incompatibilidade em fazer o bem e guardar o sábado. Por isso, não encontro dificuldades em compreender a atitude de Jesus ao permitir que os Seus discípulos colhessem espigas neste dia para saciar a fome. Ou mesmo decidisse operar curas físicas e espirituais naqueles que vinham à Sua procura. Afinal, está escrito em toda a Escritura que não devemos nos furtar de fazer o bem. (Provérbios 3: 27; Isaías 1:17; Mateus 12: 12; Marcos 3:4 )
Jesus não estava aqui desvalorizando a vida animal, mas usando o próprio argumento deles, haja vista que os judeus haviam elaborado uma lista de coisas lícitas a fazer no sábado. Entre estas coisas estava o socorrer um animal. Jesus desejava fazê-los refletir, pois sabia que em seus corações havia o desejo de matá-LO. Entendeu o trocadilho?
Você cita João 5:18: “Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.” O texto não está dizendo que Jesus violava o sábado, mas que os fariseus enxergavam assim. Dá para dar crédito à visão de cegos espirituais? Não enxergavam o Messias, e portanto, Ele estava diante deles. Julgavam-se juízes do bem, quando em seus corações só havia maldade e maus pensamentos!
Se você pensa em usar este verso bíblico para argumentar que Jesus “violava” o sábado, desculpe-me, mas há um sério problema de interpretação aqui. Não é esse o sentido do texto. Ao contrário, o problema não estava em Jesus e o sábado, mas na mente desprovida de discernimento espiritual daqueles líderes religiosos. Convenhamos, há uma distância quilométrica entre colher para saciar a fome e colher para negociar. Espero que você concorde com isto. Quanto aos sacerdotes eles ficavam sem culpa simplesmente porque não havia violação do sábado. Qual era mesmo a natureza do trabalho dos sacerdotes? Pela resposta correta que você der, discernirá a lógica do que significa guardar o sábado.
Leia Mateus 12:9-13: “Tendo Jesus partido dali, entrou na sinagoga deles. Achava-se ali um homem que tinha uma das mãos ressequida; e eles, então, com o intuito de acusá-lo, perguntaram a Jesus: É lícito curar no sábado? Ao que lhes respondeu: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando-a dali? Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem. Então, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e ela ficou sã como a outra.”
Este episódio traz à tona algo surpreendente. Os fariseus, líderes religiosos judeus, indignaram-se por Jesus curar aos sábados e, portanto, cometiam um verdadeiro pecado: desejavam matá-lo.
Mateus 5: 17-20 diz: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.”
Jesus não está falando das leis cerimoniais, mas dos preceitos dos dez mandamentos. Agia para reeducar espiritualmente um povo que havia pervertido o sentido espiritual do sábado. É neste contexto que tem que ser entendida a Nova Aliança. Afinal, são de Jesus mesmo as palavras: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.”
Jesus ensinou enquanto esteve na terra a guardar o sábado do modo correto e não da maneira fanática e extremista dos fariseus. Jesus deu um novo contexto à lei, que os escribas e fariseus o faziam por mero legalismo. Jesus não disse que não se devia mais guardar esse dia como santo, mas sim que, com Sua vinda e com a Graça, dar-se-ia um novo contexto do que estavam fazendo na sua época os religiosos por serem muito legalistas. Voltando ao modo original em que a lei de Deus foi dada no monte Sinai, para o aspecto moral dela e voltando para o seu caráter espiritual e santo. Jesus continuava fazendo o bem e continuava curando aos sábados. Permitiu aos discípulos colherem espigas no sábado, por causa de sua fome eminente. Também explicou que não é correto deixar mesmo um animal que seja a sofrer se você está com o poder de ajudá-lo e libertá-lo do sofrimento, quando mais o ser humano.
Jesus disse ser Senhor do sábado, sendo este, portanto o dia do Senhor. Assim sendo, devemos guardar o sábado como Jesus o guardou, como ensinou a respeito dos outros mandamentos, como “não matarás e não adulterarás”. Na verdade, o que Jesus fez com o quarto mandamento, como com os demais foi dar um novo enfoque, o da espiritualidade. A graça exige de nós o amor. Guardamos os mandamentos porque o amor de Cristo nos constrange a isto, não por causa da salvação ou por troca. Este é o verdadeiro significado da Nova Aliança.
Alguns cristãos que não aceitam a vigência do quarto mandamento argumentam que o Novo Testamento traz uma aliança nova e que nesta aliança está abolida a ordenança da observação do sábado como dia separado por Deus para uma adoração especial. Isto é no mínimo espantoso, pois no Novo Testamento não há uma só referência que possa ser fundamento a tal argumento.
Mas, então, por que estaríamos livres para não mais reconhecer a Deus como o nosso Criador e não mais prestar-Lhe culto no dia em que Ele determinou como sagrado para isto? Por que, segundo seu entendimento, o sábado não é mais vigente? Quais as provas bíblicas para sua postura?
Particularmente, não tenho nenhuma dificuldade com relação a aceitação do sábado como o dia do Senhor. Não tenho dúvidas. Este dia para mim é um dia de bênçãos, de liberdade. Não representa nenhum fardo. Não adoro um dia, mas o Senhor desse dia. E não se trata de dizer tanto faz sábado ou domingo. Temos a história de Caim que ofereceu um sacrifício diferente do que solicitou o SENHOR. Sabemos no que resultou para Caim servir a Deus do seu jeito e não na forma que o SENHOR disse.
No livro de Gênesis, encontramos como Deus, através dos descendentes de Adão e Eva, estabeleceu Seu relacionamento pessoal com Seus filhos. (Gênesis 2:7,18-22). No capítulo 19 do livro de Êxodo, encontramos a narrativa do encontro de Moisés com Deus, no Monte de Sinai e como o povo hebreu, passou a ser o depositário da vontade divina.
Já haviam se passado quase três meses após a saída do Egito e os hebreus peregrinavam pelo deserto. Por que Deus determinou assim? Por que um encontro num deserto? Ora, os hebreus haviam sido escravos no Egito durante 430 anos (Êxodo 12:40).
Toda a mentalidade deles era de escravos e viviam dentro do conceito das leis egípcias. Durante esse tempo muitos se envolveram com o sistema de culto pagão dos egípcios. Muitos haviam aprendido a prestar culto às imagens e aos mortos, assim como a adorar o governante humano (o Faraó era considerado como um deus). Deus não estava inventando nada novo, eles estavam precisando reaprender a adorá-LO em espírito e em verdade. Precisavam ser lembrados do quão abominável era para Deus a idolatria e a prática de culto aos mortos. Um sistema de culto muito difundido entre os povos e nações daquela época.
Todo o processo de formação do povo hebreu como nação tem que ser compreendido dentro desse contexto. Com a saída do Egito assumiram, em sua peregrinação pelo deserto, as características de um povo nômade. Os hebreus habitavam em tendas, por isso, Deus orientou ao líder Moisés com leis de saúde. Afinal, bastaria uma doença para dizimá-los. Muitas dessas leis sanitárias ainda hoje são aplicadas.
Deus também orientou a Moisés com relação ao código civil e penal que a nova nação deveria ter. Isso incluiu leis sobre a escravidão, matrimônio, agricultura, etc. Era uma nação que estava nascendo no deserto e este foi o contexto dessas leis. Quando os chamou para ser uma grande nação, Ele quis um povo diferente. Ele se propôs a formar uma geração forte e uma sociedade justa, que servisse de modelo para as outras nações. Deus estava estabelecendo uma nova relação não somente com o povo hebreu, mas com todos aqueles que quisessem retomar o culto ao único e verdadeiro Deus. O Deus Criador.
Então, no deserto Ele deu também a Moisés a Lei Moral, que Ele mesmo escreveu em tábuas de pedra. A Lei dos 10 mandamentos. Essa Lei é superior às orientações dadas ao povo hebreu, sem querer negar sua universalidade, aquelas eram ordenanças para um contexto específico. A Lei Moral é diferente, é dever de todo homem. São mandamentos eternos, isto é, deveriam ser transmitidos de geração a geração.
Quando Deus estabeleceu o sábado, não havia judeus na face da terra, mas apenas Adão e Eva (Gênesis 2:1-3). Isto indica que a Lei da qual o 4º mandamento faz parte é para toda a humanidade e não somente para os judeus. Você quer uma prova de que os princípios morais dos Dez Mandamentos já estavam presentes no Éden? Vou lhe dar alguns exemplos:
1º e 2º mandamentos:
Êxodo 20: 3-5 diz: “Não terás outros deuses diante de mim […]”
Gênesis 2:16-17 diz: “Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” .
Árvore da vida : não é a que foi proibida.
Árvore do conhecimento : é a que foi proibida.
Deus lhes deu instruções e lhes deixou moralmente livres para conduzirem suas próprias vidas. A árvore da vida marcava a diferença entre Deus (Criador) e o homem (criatura). Ela representava a fronteira entre Adão e Deus. Sempre haverá essa fronteira. O homem terá sempre o que aprender sobre Deus e essa diferença será eterna porque nem mesmo Deus pode eliminá-la.
Lúcifer, o instigador do mal, disfarçado sob a forma de uma serpente induziu a mulher à desobediência. Adão e Eva “rebelaram-se” contra Deus adorando a criatura (A serpente/satanás) ao dar crédito aos seus argumentos em detrimento da ordem de Deus. Neste aspecto, prestaram “adoração” à serpente (satanás). A vontade e autoridade de Deus foram desprezadas. Por alguns instantes eles elegeram outro deus sob a imagem de uma serpente.
Está escrito em Êxodo 20:17 : “Não cobiçarás”
Em Gênesis 3:6 diz: “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”
Todos sabemos o resultado. Eles “cobiçaram” do fruto, tocaram no fruto, tocaram na fronteira, rebelaram-se contra a autoridade do Deus Criador. Deus deu ao homem toda liberdade, menos esta de querer ser Deus.
A obediência moral é muito mais do que um conceito, é o exercício prático do conhecimento alcançado. Um conhecimento que transita no terreno da humildade do aprender e do se submeter. Um conhecimento que passa obrigatoriamente pela estrada do reconhecimento da soberania de Deus em sua própria vida e se exercita através da renúncia do egoísmo e da arrogância e o que é mais importante, não se rebela.
Em Êxodo 10:13 diz: “Não matarás.”
E em Gênesis 4:10 : “Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim.”
A maneira como Deus questionou a Caim revela Seu descontentamento com o assassinar. Portanto, o princípio do “Não matarás” já existia no Éden.
Ninguém deve matar, roubar, levantar falso testemunho contra o próximo, não é lícito o adultério, a cobiça, a falta de amor ao próximo. Esse código moral não é, portanto, prerrogativa para um povo, mas para toda a humanidade. O episódio do Monte Sinai foi a renovação dessa aliança entre o Criador e Sua criatura.
A Bíblia é rica em narrativas dos pactos entre Deus e os homens. Foi com os 10 Mandamentos que Deus renovou Seu pacto não somente com o povo hebreu, mas com todos os que O aceitam como Senhor de suas vidas. Ele é um Deus de pactos. Noé, Abraão, Jacó, José, Moisés, Daniel, Davi, Elias, Eliseu, Gideão e muitos outros heróis da fé que o digam!
O sábado já era observado antes da lei que foi dada no Monte Sinai. O “Lembra-te” foi invocado porque Deus em Sua Onisciência sabia que o homem tenderia a esquecer de seu Criador. Afinal, tem um arqui-inimigo que tudo faz para afastar-nos de nosso Deus.
Uma razão porque muitos confundem o tema do sábado na Bíblia é que não entendem que ela fala de dois “tipos” diferentes de sábados:
Em Levíticos 23: Deus fala com zelo sobre o sábado semanal, de forma separada e antes mesmo de anunciar as festas cerimoniais. O Senhor disse: “é sábado do Senhor em todas as vossas moradas.” Deus pede para que cada família celebre com Ele essa festa. Só um Deus pessoal teria esta vontade.
A partir do verso 5 de Levítico 23 são listadas as festas anuais destinadas a serem celebradas em Israel. Como eram festas móveis anuais podiam cair em qualquer dia da semana e sua aplicação era passageira, pois apontava ao trabalho futuro do Messias como Libertador do povo de Deus (cf. Colossenses 2:16; Oséias 2:11; Levítico 23)
23:4-8 – A Páscoa, que era comemorada no 14º dia do 1º mês (NISAN, equivalente a março-abril do nosso calendário).
23:9-14 – As Primícias, que eram comemoradas no período da colheita.
23:15-25 – O Pentecostes, comemorado no 1º dia do 7º mês (TISRI, equivalente a setembro-outubro no Brasil).
23:26-32 – Dia da Expiação, comemorado no 10º dia do 7º mês. Era o encerramento do ano religioso, com a purificação do santuário.
23:33-36 – Festa dos Tabernáculos, comemorada do 15º ao 22º dias do 7º mês. Era toda uma semana de festas.
Estas festas eram os feriados nacionais. Eram chamados “shabbats” (repouso) porque durante estes dias eles não realizavam qualquer trabalho, pois eram considerados dias de “santa convocação”. Eram momentos de convocação do povo à santidade e reflexão, pois eram festas que tinham uma aplicação espiritual muito forte para o povo. Referências: Levíticos 23:21, 24, 25, 28, 32, 34-36, 39.
Estes “shabbats” anuais foram abolidos com todo o ritual judeu, pois tiveram seu cumprimento na vida, morte e ressurreição de Cristo. O que não ocorreu com o sábado semanal.
Muitos afirmam que os cristãos estão hoje desobrigados da observância do sábado semanal e afirmam encontrar apoio no Novo Testamento. Mas Jesus, realmente, ensinou que o sábado não mais deveria ser guardado? Aboliu o Senhor este mandamento, colocando o domingo em seu lugar?
Deus não se cansa, por isso não precisaria descansar. Mas, o homem sim. Como nosso Criador, ele sabe que nosso corpo físico e nossa mente são limitados, se cansariam. Foi por amor a nós que determinou este descanso semanal.
Os grandes princípios da Lei de Deus expressam o amor, a vontade e os propósitos de Deus acerca da conduta e das relações humanas, e são obrigatórios a todas as pessoas, em todas as épocas. Esses preceitos constituem a base do concerto de Deus com Seu povo e a norma do julgamento de Deus. (Mateus 5:17; Deuteronômio 28:1-14; Salmo 19:7-13; I João 5:3; Mateus 22:36-40; Efésios 2:8).
O Sábado é, portanto, o símbolo do memorial da Criação. Sua observância é um princípio de mordomia. Muitos dizem que quem obedece ao Senhor guardando o Sábado, é escravo do dia. Pelo contrário, pela liberdade que Cristo nos deu, antes escravo todos os dias, hoje temos o privilégio de termos à semelhança do Criador, um dia de descanso. Este é o paradoxo da religião: livres da culpa e ‘escravos’ do amor a Deus. Isto é característica da liberdade cristã, a verdadeira liberdade, conquistada por Cristo na Cruz do Calvário. De qualquer forma é melhor assim do que “escravos” do pecado e livres do amor.
Infelizmente, também há o radicalismo nos nossos dias, como nos dias de Jesus. Este radicalismo afasta outras pessoas da observância do mandamento. A razão para a observância do sábado não pode ser separada de sua origem religiosa, e isto, o domingo não tem. Só o sábado foi santificado por Deus. A guarda do sábado deve ser feita como um ato de liberdade, com alegria e motivada pelo amor a Deus, não como um fardo. Nosso compromisso não é com uma denominação religiosa, mas com o Senhor Jesus Cristo.
O amor. O amor é a condição imprescindível e deve resultar na obediência. Sim, felizes e em paz pela graça da salvação e felizes e em paz pela obediência à Palavra de Deus: “Se alguém me ama guardará a minha palavra… e viveremos para ele e faremos nele morada.” Sem amor não pode haver obediência.
Ruth Alencar
Textos que fazem parte deste estudo:
. Série: O Amor Cravado na Cruz é a Essência da Lei de Deus
. A importância da contextualização de um texto para a sua compreensão (parte 3): Refletindo sobre Romanos 14:4-5 e Colossenses 2:16-17
"…Alem do mais, eventos importantíssimos, neotestamentários, foram cumpridos no domingo! O batismo no ESPÍRITO SANTO, A RESSURREIÇÃO, A CEIA… ENFIM… é difícil explicar isso, não é?”
Quero destacar apenas que:
Assim como na semana da criação “Deus, no 6º dia, concluiu a criação e no SÁBADO descansou”, também na semana da Páscoa judaica, última semana de Cristo na terra, Ele concluiu a sua missão, no 6º dia e no SÁBADO descansou. A ressurreição é portanto o cumprimento da maior profecia a respeito do poder sobre a morte: “derrubai este templo e em 3 dias eu edificarei”. Jesus não estava dizendo que seria alterado o dia de descanso, mas que Ele ressuscitaria.
Observa-se que:
HÁ UMA LEI PARA O JULGAMENTO – E iraram-se as nações e veio a tua ira e o tempo dos mortos, para que sejam julgados e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, aos santos, aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra. E abriu-se no céu o templo de Deus, e a ARCA DA SUA ALIANÇA foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva. APOCALIPSE 11:18 – 19.
HÁ UMA RELAÇÃO ÍNTIMA ENTRE OS MANDAMENTOS DE DEUS E JESUS CRISTO – E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de deus e têm o testemunho de Jesus Cristo. APOCALIPSE 12:17.
Está tudo tão claro na Bíblia…
"E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de deus e têm o testemunho de Jesus Cristo. APOCALIPSE 12:17."
Há tempos que estamos presenciando esse evento, podemos ver e sentir.
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Ruth
No meu entender, Cristo cumpriu a Lei, vivendo-a, sofrendo na própria pele a sua aplicação, e não a revogando.
Um exemplo prático para facilitar:
O sexto mandamento diz: Não matarás. Cristo não matou, cumpriu a Lei. E mais, cumpriu a pena imposta por ela para os crimes de morte praticados pelo homem. Mas, isso não pode ser entendido como um aniquilamento da Lei, e sim como a sua confirmação.
Trazendo isso para os nossos dias: Se Cristo fosse motorista, certamente cumpriria as leis de trânsito. Onde houvesse ou placa estabelecendo trinta quilômetros, como velocidade máxima permitida, Ele, com certeza, não passaria a trinta e hum. Cumpriria, rigorosamente, o que estivesse determinado. Então, o fato de que se Ele faça submisso à lei, revoga ou ratifica a sua validade? Elementar: RATIFICA.
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O êxodo foi um grande laboratório experimental onde Deus, durante quarenta anos, deu as informações necessárias para que, depois da entrada em Canaã, tudo fosse posto em prática.
O Pentateuco é a base para todos os procedimentos, a partir da chegada à Terra Prometida. Não consigo ver um só choque entre o que foi ensinado até Deuteronômio e o que se seguiu a começar por Josué. A aplicação prática do que Deus recomendou pode sofrer modificações circunstanciais, porém, sem nenhum comprometimento na essência do seu propósito.
Há, por ventura, alguma nova lei divina posta a partir do livro de Josué? Tudo não está absolutamente de acordo com a essência do que foi ditado nos cinco primeiro livros?
Exceto o efetivo sacrifício salfivíco de Cristo, pondo fim às cerimônias que envolviam o antítipo, e o advento do I D E, universalizando a pregação do Evangelho, não consigo enxergar outras mudanças. E, a rigor, essas mudanças só vêm ratificar a essência do propósito de Deus em relação à Sua criação: que todos sejam felizes eternamente.
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"A obediência moral é muito mais do que um conceito, é o exercício prático do conhecimento alcançado.
Minha dileta amiga e irmã Ruth, quem dera que a extensão desse “achado” fosse entendida! Você foi de uma felicidade invejável ao escrever essa máxima, pena que ela não seja compreendida.
Conhecimento, conhecimento do Divino, eis a chave capaz de vencer as mazelas impostas pela ignorância que escraviza o mundo!
Parabéns pelo “achado”!
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Retificação da parte final do meu primeiro post:
Então, o fato de que Ele se faça submisso à lei, revoga ou ratifica a sua validade? Elementar: RATIFICA.
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Ruth
Sou uma criança se metendo em conversa de gente grande, mas… rsrsrsrs
– Quando Jesus “passou pelas searas, e os seus discípulos iam arrancando espigas,” por ventura, eles tinham autorização dos seus proprietários para colhê-las?
– Nos episódios envolvendo as espigas e o pão da proposição, Deus não dispunha de outros meios para resolver as questões? (Lu 6: 1 a 5)
Jesus estava realmente tão distante de um lugar aonde pudesse encontrar alimentos para os seus discípulos e/ou não poderia repetir o milagre da multiplicação dos pães?
E, Davi só tinha ao seu alcance os pães da proposição, no Templo?
Não há, por ventura, nas entrelinhas desses episódios uma mensagem maior a ser entendida?
Deus não é um ser limitado. As Suas ações não estão sujeitas ao entendimento humano. Aonde vemos um “equívoco” divino, aí está uma lição a ser aprendida.
Nada foi criado, nem doado, em termos absolutos. Todas as dádivas divinas são parciais e, portanto, Deus pode intervir em qualquer coisa, a qualquer tempo, de qualquer forma, sem que esteja sendo ditador nem arbitrário.
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“Quero ouvir vc.”
Deus é o Criador de todas as coisas. Constituiu o homem como Seu parceiro para administrar algumas delas, inclusive sua própria vida, porém com atribuições limitadas. O Seu poder e a Sua vontade são soberanos, e Ele os exerce quando e como quiser.
Deus não disponibilizou nada para o homem, em termos absolutos, logo as Suas interferências não podem ser consideradas como atos de desrespeito, agressão, ou ditatoriais. Ele simplesmente exerce, segundo o Seu beneplácito, o direito que Lhe é cabido.
Deus tem poder para fazer o que Ele quiser? Tem.
Ele pode e faz o que for da Sua vontade. Disto ninguém tem dúvidas.
O “x” da questão é:
– Por que Ele vai fazer?! (A está pergunta até se pode tentar responder).
– Quando Ele vai fazer?! Eis o “x” da questão!
No episódio de Realengo, o problema com Wellington era conhecido por Deus desde quando ele ainda nem existia. Tudo poderia ter sido evitado a qualquer tempo, antes que acontecesse, mas, Deus só interferiu, definitivamente, no momento em que ele chegou à escada que o levaria ao terceiro pavimento da escola. Foi neste instante que o sargento deflagrou o tiro que o atingiu.
Arriscar dizer por que Deus interferiu, até é possível, mas saber por que Ele não agiu antes é um problema que jamais vamos solucionar!
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Deus não precisou de autorização para colher as espigas, pois, tudo é Seu. Não adotou outra providência, ao invés dessa, porque não quis.
Daví tinha, sim, outras opções para se alimentar, mas, aquela foi a escolhida para expressar a mensagem divina.
Deus quer o melhor para cada um de nós. As Suas intervenções têm sempre o propósito de ajudar, e expressam sempre amor e justiça misericordiosa.
Daí, o meu entendimento: tudo que expressa amor e justiça é correto.
O nosso problema reside na falta de conhecimento que nos habilite a discernir o que é amor e o que é justiça.
Mas, se considerarmos que o homem não foi feito por causa do sábado, e que, também, nem as espigas e nem o pão da proposição o foram, concluiremos que o mais importante é o homem. Então, temos diante de nós a explicação lógica para justificar tais acontecimentos: tudo que se fizer para o bem do homem, segundo a vontade de Deus, é correto.
Quer um exemplo maior?
A MORTE DE JESUS.
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No último sábado passada, minha filha estava com meu netinho na igreja quando, durante o sermão, ele começou a chorar se queixando de dor de ouvidos.
O que você faria nesse caso?
Ela se levantou foi à farmácia mais próxima, comprou um medicamento, colocou no ouvido doído e voltou pra igreja.
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Exato, Pedro.
Exato…
11 de abril de 2011 21:13
Faria mais ou menos o mesmo. Talvez só acrescentasse ir a uma consulta médica antes.
17 de abril de 2011 08:33
ceheomsk,
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"Sou uma criança se metendo em conversa de gente grande, mas… rsrsrsrs"
Somos duas crianças, então! rsrsrsrsrs
Pedro,em Deuteronômio 23:24-25 diz: "Quando entrares na vinha do teu próximo, poderás comer uvas conforme o teu desejo, até te fartares, porém não as porás no teu alforje. Quando entrares na seara do teu próximo, poderás colher espigas com a mão, porém não meterás a foice na seara do teu próximo."
Então, podemos compreender que enquanto atravessavam as searas, os discípulos faziam o que era perfeitamente lícito nos outros dias da semana. A questão é que os fariseus consideraram não o ato de colher as espigas, mas o fato de o fazer no sábado. Julgaram-no ceifar. Coisa vedada a fazer no sábado.
Falaremos um pouco nos próximos textos sobre a imutabilidade de Deus e a mutabilidade humana em relação à Sua Lei.
Claro que Jesus poderia ter resolvido tudo com um milagre. Isto não seria nenhum problema para Ele. E aqui concordo com vc havia uma lição a ensinar:
Muitos afirmam que por Sua influência mudou o sábado para outro dia da semana. Mas, Jesus mesmo (Mateus 5:17)disse: "Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir."
O fato é que Jesus queria que compreendessem que o sábado não foi estabelecido apenas para repouso e passividade, mas para obras de amor e misericórdia.
Por isso vemos em João 5:16-17: "Por isso os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado.Mas Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também."
Claro que a isso podemos acrescentar a certeza de que Jesus sendo um com o Pai, não iria agir injustamente em relação à Sua Palavra.
Jesus fez o possível para agir dentro do livre arbítrio dos lideres judeus. Pois sabia que em seus corações estavam tramando matá-LO. Jesus queria chamar-lhes a atenção: O que era mais conveniente no sábado, a cura ou saciar a fome dos homens ou a maquinação deles?
Jesus estava entristecido com a dureza do coração deles e desejou que eles refletissem sobre sua hostilidade em relação a Ele.
Quero ouvir vc, pode continuar comentando…
"E, Davi só tinha ao seu alcance os pães da proposição, no Templo?"
Pelo que 1 Samuel 21: 1-24:22 nos conta Davi estava em fuga, pois Saul estava em sua perseguição. Então, creio que Davi não tinha opções. Hipoteticamente ele tinha sim outras opções, mas arriscar-se por ai atrás de comida era colocar-se a vista de seu perseguidor.
Sim, ele agiu segundo suas próprias decisões. Davi mentiu para o sacerdote, dizendo que estava a serviço de Saul e sabemos as consequências desastrosas disso: Saul mandou assassinar todos os sacerdotes e suas famílias. A pergunta então, é seria realmente necessário mentir? Deus não o ajudaria junto ao sacerdote sem a mentira?
Vejo muito o reflexo dos seres humanos nesta atitude de Davi. Têm a confirmação da unção de Deus sobre si, mas agem como se estivesse só, desamparado…
por acaso não há muitos assim… Que conhecem o caminho , mas sentem -se perdidos?
Penso que Davi não foi em busca dos pães da preposição, ele queria comida: "Agora, pois, que tens à mão? Dá-me cinco pães, ou o que se achar." 1 Samuel 21:3
Ao que o sacerdote respondeu: Não tenho pão comum à mão; há, porém, pão sagrado, se ao menos os mancebos se têm abstido das mulheres.
E respondeu Davi ao sacerdote, e lhe disse: Sim, em boa fé, as mulheres se nos vedaram há três dias; quando eu saí, os vasos dos mancebos também eram santos, embora fosse para uma viagem comum; quanto mais ainda hoje não serão santos os seus vasos?"
Veja que Davi pede o que o sacerdote tem de mais acessível (à mão). Isto denota pressa em pegar a comida e partir. Ele queria comida para ele e os mancebos que estavam com ele.
Waldecy Antonio Simões [email protected]
Não sou adventista, mas com respeito às acusações dos fariseus quanto a Jesus ter violado os sábados, não podemos nos esquecer de que em João, 8:44, em sua plena autoridade divina, JESUS OS CHAMA DE FILHOS DO DIABO. Portanto, não eram os santos vivos que acusavam a Jesus, mas os filhos de Satanás malditos.
E justamente quanto a tal acusação, JESUS RESPONDEU A ELES QUE APENAS APARENTAVA QUE ELE VIOLAVA OS SÁBADOS.
“Se o homem recebe a circuncisão no sábado, para que a lei de Moisés não seja quebrantada, indignais-vos contra mim, porque no sábado curei de todo um homem? Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”. Jesus, em João 7:23 a 24
Não nos esqueçamos de que além do Sermão do Monte no qual Jesus bradou que os Céus e a Terra poderão ser destruídos antes que das leis se consiga retirar um só til (um caractere) o mandamento do sábado tem 433 caracteres.
Sobretudo, Jesus legitima incontestavelmente que o sábado foi feito para o homem:.
“O sábado foi estabelecido por causa do homem…” . A Verdade de Jesus, no Evangelho, em Marcos 2:28.
Compartilhamos este estudo com vc http://www.nossasletrasealgomais.com/2015/02/o-sabado-no-evangelho-eterno.html?m=1