Haverá conflito no mundo religioso (parte 3.1)

Sinais do Cumprimento de Uma Maravilhosa Promessa

“Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros;”
Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1:7-8)
Lembre-se, já vimos que “esta declaração não significa dizer que nunca, em nenhum momento da história, os cristãos não pudessem ter o menor conhecimento dos sinais anunciadores do fim dos tempos. Esta resposta de Jesus foi dirigida antes de tudo aos apóstolos. Jesus tinha razões para não lhes revelar nada concernente ao tempo do estabelecimento de todas essas coisas: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora;” (João 16:12).

Jesus sabia do que estava falando. Daniel quando recebeu as informações dos tempos futuros chegou a adoecer: Eu, Daniel, enfraqueci e estive enfermo alguns dias; então, me levantei e tratei dos negócios do rei. Espantava-me com a visão, e não havia quem a entendesse”. (Daniel 8:27)

Deus é atemporal, mas Ele sabe que lida com homens e Ele tem alinhado Suas profecias à história dos homens. “À medida que a humanidade caminha em direção ao termo de sua história, a Providência pode estimar necessário desvendar o que pensa ser oportuno neste terreno.” (A L’Écoute de La Bible (Éditions SDT) p. 337-338)

Na Bíblia “três grandes livros, Isaías, Jeremias e Ezequiel abrem a parte essencialmente profética, seguidos dos que chamamos de profetas menores. Não porque sejam de menor importância, mas por causa do tamanho mais limitado de seus escritos. Todos esses livros contêm os lembretes das advertências divinas. Sempre relativas a tempos dificeis, eles explicam o presente ao mesmo tempo que lançam a esperança de dias melhores, quando Deus irá restaurar todas as coisas.” (Jean-Claude Verrecchia, La Bible mode d’emploi, Éditions Vie et Santé, p.32)

Entre os profetas do Antigo Testamento havia Daniel e no livro bíblico que tem o seu nome encontram-se ensinamentos que se complementam com o livro de Apocalipse, escrito por João um dos discípulos de Jesus. O livro de Daniel é marcado pelo doloroso período do exílio.

A Daniel também foram dadas visões sobre o tempo do fim, mas foi dito que não seriam para seu tempo: A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira; tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes.” (Daniel 8:26)

Na Bíblia está registrado que Daniel achou graça diante de Deus e o anjo Gabriel foi enviado para explicar a Daniel a visão que ele recebera concernente ao tempo do fim: “[…] falava ainda na oração, quando o homem Gabriel, que eu tinha observado na minha visão ao princípio, veio rapidamente, voando, e me tocou à hora do sacrifício da tarde. Ele queria instruir-me, falou comigo e disse: Daniel, agora, saí para fazer-te entender o sentido. No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a coisa e entende a visão.” (Daniel 9:21-23)

Jesus em Mateus 24: 32-33 disse: Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas.”

2 Pedro 1:19 diz: Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração,”

Precisamos sim discernir os sinais que se apresentam diante de nós. Precisamos discernir os sinais característicos da época do tempo do fim, a fim de estarmos preparados para reconhecer a verdade e nos posicionarmos com relação a ela.

Os Valdenses, Martinho Lutero, Melâncton, Olavo, Lourenço, Tyndale, João Wycliffe, Huss, Jerônimo, Zuínglio, Lefèvre, Guilherme Farel, Luis de Berquin, João Calvino, Meno Simons deixaram seus nomes registrados nas páginas da História. Foram todos homens valorosos em seu tempo e cumpriram, de forma primorosa, seus papéis como mensageiros da verdade. Assim como Isaac Newton e William Miller, grandes estudiosos das profecias.

“Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade;”

Isto é uma verdade e William Miller e muitos outros deveriam ter atentado para este detalhe. Não houve erro em seus estudos a não ser o fato de que não cabia ao homem o determinar do dia e da hora.

Convido você, querido leitor, a assistir esses vídeos. Gostaria que vocês atentassem para o fato de que a verdade é progressiva do ponto de vista humano e é da vontade de Deus que a conheçamos.
  
O dia em que o mundo não acabou – Parte 1

          
                                          O dia em que o mundo não acabou – Parte 2 


                                      O dia em que o mundo não acabou – Parte 3 

Interessante, o homem faz as afirmações e Deus é quem é julgado! Miller não errou em sua análise apenas se equivocou com relação a fixação de datas. Sua busca era sincera tanto é que não desistiu. Infelizmente, muitos outros cristãos ao invés de refletirem o erro muitos se revoltaram em sua frustração e se decepcionaram com Deus! Reconheço, porém, que não deva ter sido uma experiência fácil.
Deus, entretanto, não foi pego de surpresa. George Knight em seu livro “A Visão apocalíptica e a Neutralização do Adventismo”, p. 35 diz: “Em Apocalipse 10:8-10 está escrito que o cumprimento da profecia não seria apenas doce ao paladar, mas que também seria amargo ao estômago. Parece bastante lógico concluir que, se o sabor doce na boca refletia a alegria de receber as novas do segundo advento, então o amargo deveria estar ligado a algum tipo de desapontamento. A partir dessa perspectiva, o capítulo indica que Deus sabia sobre o desapontamento antes mesmo de ele acontecer.”
A voz que ouvi, vinda do céu, estava de novo falando comigo e dizendo: Vai e toma o livro que se acha aberto na mão do anjo em pé sobre o mar e sobre a terra. Fui, pois, ao anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. Ele, então, me falou: Toma-o e devora-o; certamente, ele será amargo ao teu estômago, mas, na tua boca, doce como mel. Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo.”
Não foi isto que os discípulos e muitos cristãos experimentaram em suas próprias vidas, quando tiveram que testemunhar com a própria vida a mensagem das Boas Novas? As Boas Novas são Jesus. Aceitá-LO requer renúncia. E a renúncia implica em submeter o eu. Isto não é fácil, pois Jesus mesmo disse “Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á.” (Marcos 8:35)
A volta de Jesus será antecedida por um forte conflito gerado pelo confronto da verdade com a mentira.
Em Mateus 24: 9-10 está escrito: “Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros;”
Jesus enfrentou não somente uma geração incrédula, enfrentou também uma forte liderança religiosa. O ‘mundo religioso’ também persegue e mata. Historicamente, Igreja e Estado sempre se uniram no quesito perseguir. Foi assim no período da igreja primitiva. Foi assim na Idade Média e será assim por ocasião do fim.
Muitos irão “trair e odiar uns aos outros”. Você não é traído pelo inimigo você sempre esperará o pior do inimigo. A traição ocorre quando é de alguém que se confiava.
A igreja ao longo da história sofreu momentos dolorosos de perseguição interna. Foi assim nos tempos dos discípulos, foi assim com o movimento da Reforma Protestante. Será assim em tempos que antecederão a volta de Jesus. Por que tenho esta certeza? Porque verdade e mentira não podem ocupar o mesmo espaço. Quando a verdade chega conceitos errôneos estabelecidos são perturbados. Jesus disse: “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.” (Mateus 10:34) Espada é o símbolo da divisão. Muitos que leem estas palavras escritas na Bíblia interpretam como se Jesus estivesse aqui ressaltando que Ele veio para trazer a discórdia entre os homens. Mas, não! Sua verdade expõe o erro e a mentira e isto sempre traz consequências. A primeira delas é que quem abraça verdade, abandona a mentira e isto gera conflitos nos relacionamentos e questiona poderes estabelecidos sobre a mentira e o engano.
Mais uma vez Jesus age objetivando ampliar o horizonte dos seus discípulos. Jesus lhes alerta que pregar o evangelho não produz apenas a harmonia como resultado. Eles precisavam se preparar para atrair conflitos.
Em 1 João 3:12-13 lemos: “Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas. Irmãos, não vos maravilheis se o mundo vos odeia.”
Não deveria haver, mas infelizmente ainda há muita intriga e divergências no ambiente cristão. O joio ainda está com o trigo.
Eu creio nas promessas do advento de Jesus. Aceitei Seu convite para perseverar na esperança do Seu retorno e O aguardo com alegria e muita fé. Aceitei os argumentos daquele grupo de pessoas que continuaram acreditando a despeito de toda frustração espiritual. Muitos têm criticado o movimento cristão adventista porque nasceu num período de “desapontamento” espiritual. A estes eu diria que concordo com Knight quando diz que este dia foi na verdade o dia da Grande Expectativa. O movimento cristão adventista nasceu dessa expectativa e não de uma frustração.
Gostaria, no entanto, de ressaltar que não guardo qualquer exclusivismo denominacional. Creio que além dos adventistas houve muitos outros cristãos que continuaram com sua fé a despeito de toda a decepção por seus enganos de interpretação das profecias.
Creio que a Igreja Adventista tem cumprido um papel legítimo e importante na propagação dessa verdade. Como cristã adventista, creio firmemente no advento do Senhor. Não estou com isto dizendo que os outros cristãos não crêem. Esta esperança não é uma exclusividade dos cristãos adventistas, mas também dos cristãos batistas, assembleianos e muitos outros. Somos todos irmãos nesta fé e nesta esperança.
Entretanto, não gostaria de focar a mensagem direcionando para uma denominação religiosa. Há uma verdade que Deus quer que o homem saiba e é neste foco que devemos nos manter.
Penso que no contexto do tempo de Deus, que compreende o espaço de tempo que resta para Sua intervenção final deste mundo, está o nosso tempo. E o nosso tempo é este em que vivemos. Deus não fará exigências para nós com relação ao tempo futuro, mas com relação ao hoje.
Preciso ressaltar que apesar de toda a tragédia que possamos viver no hoje a esperança desta promessa deve renovar nossa alegria e certeza. O Cristianismo não é um acessório que uso quando me convém. Cristianismo são princípios que norteiam um viver. Foi isso que Jesus quis que compreendêssemos quando disse que Seu Reino não é deste mundo, mas também que o Reino de Deus já estava na Terra.
Como é isto? Não é deste mundo e, no entanto, está na Terra? Deus esteve pessoalmente na terra através de Jesus. Jesus entre nós significa Deus conosco. As embaixadas representam a presença de seus países. Em Jesus, Deus estabelecia o Seu Reino na Terra. Podemos ser felizes já agora, apesar deste mundo em crise. E sabe por quê? Porque em Jesus encontramos as respostas essenciais do existir.
Amo essas palavras de Joh Paulien: “Muitos de nós sonhamos com uma igreja que assuma o papel ordenado por Deus para o tempo do fim, e prepare o mundo para o retorno de Jesus. Mas o único tipo de igreja que fará uma diferença decisiva no mundo de hoje é aquela em que as pessoas e a fé são genuínas. Não é fácil esta tarefa, mas hoje é um dia apropriado como qualquer outro para começar. Hoje pode ser o início de uma fé cristã mais autêntica na sua vida. […] É íngreme a estrada, mas você vai gostar do panorama.” (Deus no Mundo Real, p. 167-168)
Por isso, quando os acontecimentos deste sinal: “sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. […] muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros;” começarem a surgir não deixe que seu coração se turbe, creia em Deus, creia em Jesus. Em Sua morada haverá um lugar para você e será um lugar de paz eterna. Ele virá para lhe buscar para estar com Ele por toda a eternidade.
Não traia e nem rejeite a verdade que tem se apresentado diante de seus olhos.
Perguntamos: “Qual será a razão de tanta perseguição?
Continuaremos…

Ruth Alencar
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Uma resposta para Haverá conflito no mundo religioso (parte 3.1)

  1. Pedro diz:

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    "Podemos ser felizes já agora, apesar deste mundo em crise. E sabe por quê? Porque em Jesus encontramos as respostas essenciais do existir."

    Mensagem light e legal, muito boa para começar o dia!

    Obrigado.

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