Este texto é a continuação de “Como Conversar com Deus – O Pai Nosso”. Veja o texto de introdução.
“Jesus disse para iniciarmos a oração assim: “Pai nosso, que estás nos céus.” E se ela ficasse só nestas seis palavras, já estaria completa.
“Jesus disse para iniciarmos a oração assim: “Pai nosso, que estás nos céus.” E se ela ficasse só nestas seis palavras, já estaria completa.
Jesus acrescentou as outras como uma ampliação do pensamento. Se realmente aprendemos a dizer esta primeira sentença bem, não será necessário ir mais além.
A palavra “Pai” é uma definição de Deus. Para nós, é uma definição imperfeita, porque nós somos pais imperfeitos. Um certo pastor que trabalhava com meninos de uma favela disse que nunca podia se referir a Deus como pai. A palavra pai, para aqueles garotos, trazia à memória a figura de um homem constantemente embriagado, que batia na mulher.
Quando pensamos nesta palavra, associamos a ela todas as imperfeições de nosso pai.
Por isso, Jesus não podia usar a palavra “Pai”. Ele tinha mesmo que adicionar a expressão: “que estás no céus”. Ela não aparece aqui para indicar a localização de Deus, ou nos informar onde é que Deus reside.
Por alguma razão, nós já formamos a idéia de que o céu está bem longe de nós. Muitos de nossos hinos mais apreciados falam daquele “distante lar”, e pensamos também que Deus esta lá no lar distante. Se observarmos os ensinos de Cristo, veremos que tais conceitos são muito errôneos.
Deus esta tão próximo de nós como o ar que respiramos. Na realidade, este adendo “que estás nos céus” é uma descrição de Deus. O céu é sinônimo de perfeição. Jesus poderia ter dito: “Nosso Pai perfeito”, e teria sido a mesma coisa. E quando pensamos no termo “pai”, logo pensamos também em autoridade, e não em indulgência. Pelo próprio ato de reconhecermos que Deus é pai, nós nos colocamos na posição de filhos. E o pai tem o direito de autoridade sobre os filhos.
E é assim que submetemos nossa vontade à dele. Nossos atos são controlados não pelo nosso querer, mas pelo dele. Nós todos reconhecemos que Deus estabeleceu uma ordem moral. O homem não cria leis; ele simplesmente descobre os mandamentos de Deus. Quando obedecemos estes mandamentos, como dantes, nós vemos que “sua vontade é nossa paz”.
Por outro lado, deixar de reconhecer a soberania de Deus significa fracassar em todas as áreas da vida. Uma das igrejas valdenses tinha um selo cujo emblema era uma bigorna e vários martelos quebrados, circundados pelas palavras: “Malhai, mãos hostis! Vossos martelos se despedaçam; a bigorna de Deus permanece.” Enquanto não se puder dizer: “Pai”, é melhor não continuar a oração.
O vocábulo pai significa mais que regedor, legislador ou juiz; ele implica também num domínio exercido pelo amor, pois coloca a misericórdia bem no centro do julgamento. Como o amor gera o amor, nossa relação para com a atitude de Deus é a de uma verdadeira filiação, e não um sentimento de temor. Paulo explicou isto de maneira admirável:
“Porque não recebestes o espírito de escravidão para viverdes outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.” (Rm. 8:15).
Mas “Pai celestial” não significa apenas autoridade e amor; significa também santidade. Certa vez, Isaías entrou no templo e ouviu os serafins cantando: “Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos.” Quando ele sentiu o impacto da imaculada pureza de Deus ficou consciente de sua própria imperfeição a ponto de clamar: “Ai de mim! estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros.” (Is. 6:5).
Por que e que fechamos os olhos para orar? Talvez seja para afastarmos de nossa mente o mundo exterior a fim de darmos toda a nossa atenção a Deus. Todavia a verdadeira oração abre nossos olhos.
Um grande hindu disse: “Por que vocês estão tão ansiosos para ver Deus com os olhos fechados? Vejam-no com os olhos abertos — em forma de pobres, famintos, analfabetos e aflitos.” Quando dizemos “Pai”, estamos reconhecendo nossa filiação a ele, mas também reconhecendo nossa ligação com os irmãos.
Um jovem veio ver-me recentemente. Ele passara dois anos na cadeia.
Parece que muitas vezes nós só enxergamos as vantagens da sociedade depois que somos afastados dela. Aquele jovem me disse: “Eu não ambiciono muita coisa. só quero ser aceito, ser parte do grupo.”
Ser parte do grupo é o que nós todos queremos. Dizer “Pai Nosso” significa remover todas as barreiras, colocando cada um de nós na posição de filho de Deus.
Esta primeira sentença do Pai Nosso sintetiza toda a vida crista. A palavra “Pai” expressa nossa fé. Ela não apenas demonstra que cremos em um Deus, mas também dá uma descrição dele. A expressão “nos céus” engloba todas as nossas esperanças. O vocábulo “céus” significa perfeição, e fala daquela qualidade de vida que todos os cristãos sinceros estão se esforçando para obter. Cristo disse: “Sede vós perfeitos como perfeito e o vosso Pai celeste.” (Mt. 5:48).
O homem nunca está satisfeito consigo mesmo. Está sempre lutando para subir ou avançar. Ele só aceita seus fracassos passados e atuais, porque espera melhorar no futuro.
Um amigo do escultor Willian Story estava observando seu trabalho, e perguntou-lhe: “De qual das suas obras você gosta mais?” O artista replicou: Eu gosto mais da próxima estátua que vou esculpir”.
A palavra “nosso” implica num amor que abrange todos. Sem essa idéia a oração é vazia. A religião não pode isolar o homem do seu semelhante, porque, se não pudermos dizer “irmão”, não poderemos dizer “Pai”.
Fé, esperança, amor — todas estas três virtudes estão incluídas nesta palavra.
Como nossa vida seria diferente se, ao orar, levássemos em conta todo o significado de “Pai Nosso, que estais nos céus”! Isto nos levaria a orar de joelhos, no nosso Getsêmani, completamente rendidos a vontade do Senhor. Nós sacrificaríamos a vida para servir o próximo e nos esforçaríamos para salvá-lo. Acima de tudo, isto traria Deus para dentro de nós.
Ai então, não importando o que pudesse acontecer, confiadamente, nós oraríamos como Jesus: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc. 23:46). Assim teríamos a certeza de que podíamos deixar nossa vida nas mãos de Deus, sabendo que nossas aparentes derrotas redundariam em glorioso triunfo, e que, dos túmulos da vida, brotariam ressurreições, e nós cantaríamos como o apóstolo:
“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?… Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co. 15:55-57).
É rara a semana em que eu não tenho que dirigir um culto fúnebre no cemitério de Atlanta. Há dez anos atrás, foi o meu próprio pai que deixei ali, e hoje, quando vou lá, antes de sair, paro por uns instantes junto à sua sepultura, e penso nele. Sempre saio reconfortado.
Lembro-me de como ele foi bom para mim, e como ele deu tudo que tinha aos filhos, em coisas materiais. E não eram apenas roupas, alimentos e outras necessidades básicas, mas também bolas, tacos de beisebol, e outros brinquedos de que as crianças gostam. Ele ficava feliz em nos tornar felizes. Lembro-me de como ele orava por nós, um por um. Sua voz está gravada em minha mente, e as palavras são as seguintes: “Senhor, abençoa Charles. Que ele seja um bom homem quando crescer”. “Abençoa Stanley”, dizia ele. “Abençoa o John, Grace, Blanche, Sarah, Frances….” E para cada um de nós havia um pedido especial.
De pé, junto ao seu túmulo, eu me lembrava de sua grande honestidade, de seus altos padrões morais, de sua humildade. Ele era bem pouco ambicioso; nunca queria muito para si mesmo. As casas pastorais em que moramos, geralmente eram próximas à igreja, e sempre havia gente batendo à nossa porta. Lembro-me de que ele nunca negava o auxílio solicitado.
Algumas vezes chego a me esquecer do tempo, quando fico ali pensando nele.
Assim, até certo ponto, eu compreendo bem porque Jesus nos instruiu para começarmos a oração dizendo: “pai nosso”. O Senhor Jesus, várias vezes, subiu a um monte para orar sozinho, e em muitas ocasiões, ele orou a noite a noite toda. Certa feita, ele ficou quarenta dias esquecido do tempo, esquecendo até de se alimentar. Ali, na quietude do lugar, ele pensava em seu Pai.
E ele nos diz que devemos orar do seguinte modo: “Pai nosso, que estás nos céus”! Não estamos pedindo nada a Deus, estamos, isto sim, abrindo o coração para um derramar da graça de Deus em nós.
Norman Vincent Peale conta que, em seu primeiro passeio ao Grande Canyon do Rio Colorado, ele falou com um senhor idoso que passara bastante tempo ali. Perguntou-lhe qual das excursões oferecidas lhe proporcionaria a melhor visão do “canyon”. O velho respondeu que, se ele realmente quisesse ver o canyon, não deveria fazer nenhuma daquelas excursões. Em vez disso, ele deveria ir para lá de madrugada, sentar-se à borda do barranco, e apreciar a paisagem; ver a manhã transformar-se em dia e o dia em tarde; contemplar as cores brilhantes transmudando-se no decorrer do dia. Depois, jantar rapidamente e voltar lá para ver o grande abismo ser envolvido pelo roxo do entardecer. Disse ainda que a pessoa que fica rodando pelo canyon acaba ficando exausta, e, na verdade, não vê a beleza e a grandeza do lugar.
Foi isto que o profeta disse a respeito de Deus: “Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” (Is. 40:31). Que significa “esperar no Senhor”? Significa pensar no Senhor, embora pensar não seja bem o termo. Talvez meditar expresse melhor esta idéia ou, talvez, ficar em contemplação. Como diz o salmista: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.” (Sl 46:10).
Disse o pensador cristão: “enquanto o homem não encontra Deus, ele começa sem começo, e trabalha sem finalidade.” Assim, ninguém está preparado para orar enquanto não estiver totalmente tomado por pensamentos a respeito de Deus. Há anos, já, eu tenho visto muitas pessoas se ajoelharem no altar, ao final dos cultos.
Várias delas me contaram das maravilhosas bênçãos que receberam em resposta a estas orações.
A razão por que estas orações são tão preciosas para elas, é que são feitas ao final do culto. Durante cerca de uma hora, elas ficam no templo, pensando na pessoa de Deus. Os hinos, a leitura da Bíblia, o sermão, as outras pessoas ao nosso redor cultuando a Deus — tudo isto contribui para nos aproximar de Deus. Assim, quando nos ajoelhamos para orar, nossa mente está condicionada na direção certa, todo o nosso pensamento está relacionado com Deus. Por isso, a oração é espontânea e verdadeira. Nossas palavras expressam exatamente nosso pensamento.
“Pai nosso, que estás nos céus”, quando estas palavras tomam corpo e realidade para nós, nós nos tornamos calmos e confiantes.” (Charles Allen)
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Boa leitura a todos!
Ruth
Desculpa a minha insistência. Não se trata de uma contestação às suas mensagens. É a mais honesta expressão do meu entendimento. Espero não estar sendo inconveniente, não estar abusando da democracia amorável desse espaço. Na hora que a paciência de vocês acabar é só dar um “basta” e me recolho à minha insignificância.
Entendo que se a Bíblia é para ser estudada, e que se o Espírito Santo capacita a cada um conforme o Seu querer, estou expressando tão somente o que Ele me revela, pois, toda a minha convicção está absolutamente fundamentada nos escritos bíblicos, segundo à minha compreensão.
Eu creio que a misericórdia de Deus é infinita; acredito que todos erram por ignorância; creio que Deus perdoa o tempo da ignorância; creio na plena abrangência do sacrifício de Jesus; e que, portanto, todos estarão com Ele no reino as Sua glória eterna.
Resumindo, a diferença entre os nossos entendimentos está, basicamente, no fato de que eu acredito que todos serão salvos.
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(…)”E o pai tem o direito de autoridade sobre os filhos.
E é assim que submetemos nossa vontade à dele. Nossos atos são controlados não pelo nosso querer, mas pelo dele.”(…)
O Pai nos dá liberdade amorável, não absoluta, quando usamos a liberdade, ignorantemente, Ele pode exercer o Seu “direito de autoridade sobre os filhos.” E então, os “Nossos atos são controlados não pelo nosso querer, mas pelo dele.”(…) Mateus 6: 10 – “seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; 13 – porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.
DEle é o poder, para que seja feita a Sua vontade em todo o Seu reino, para honra e glória do Seu nome.
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Os nossos enganos são decorrentes da falta de conhecimento que temos de Deus, e a nossa ignorância não pode prevalecer sobre a Sua vontade misericordiosa.
Onde estaria o amor e a justiça de um pai que concedesse liberdade plena ao seu filho, porém com conhecimento limitado, se não o assistisse nos seus tropeços ao longo da sua caminhada existencial?
E mais, que não interferisse para salvá-lo do tombo fatal no precipício?!
Mesmo o amor só gera amor onde há conhecimento!
É possível se estabelecer um relacionamento amorável com um cachorro, com um leão e, até mesmo, com uma cobra, porém não temos notícia de tal relação com um escorpião ou com um marimbondo.
Mas, apesar da limitação de conhecimento desses animais, eles também são obra do Divino e são mantidos pelo Seu amor misericordioso.
A misericórdia divina é infinita.
A minha convicção de que a misericórdia divina é, realmente, infinita está fundamentada no entendimento de que: Deus é amor e a Sua justiça é amorável; a essência do propósito divino é que todos sejam felizes de eternidade a eternidade; a Sua vontade é suprema, pois, Ele é onipotente.
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Pedro,
Vc diz: "Desculpa a minha insistência. Não se trata de uma contestação às suas mensagens. É a mais honesta expressão do meu entendimento. Espero não estar sendo inconveniente, não estar abusando da democracia amorável desse espaço."
Então, eu vou ser bem autoritária: use e abuse. Conteste, critique, opine, divirja… participe.
Diga o que vc pensa, eu… nós, somos todos aprendizes da vontade divina. Gosto de compartilhar conhecimentos sobre Deus. Expor minha opinião e querer subjulgar ou limitar a dos outros não faz parte do processo da partilha.
Sei que vc não está contestando… gosto de ler seus questionamentos.
Vc disse:
"Resumindo, a diferença entre os nossos entendimentos está, basicamente, no fato de que eu acredito que todos serão salvos."
Penso, Pedro, que esta é a suprema vontade de Deus. Ele quer que todos se salvem. A questão não está em Deus, mas nos homens. Deus não exclui ninguém do Seu Reino, as pessoas é que se excluem.
Infelizmente, a Bíblia diz que nem todos serão salvos. Posso citar por exemplo, o livro do Apocalipse. Lá está escrito que haverá duas classes de pessoas. Uma delas será os que se perderão.
Creio firmemente que o desejo do senhor é a salvação para todos, afinal, Seu sacrificio foi por toda a humanidade. Ao homem cabe usar sabiamente o seu livre arbítrio.
Tenho um amigo que é ex-adventista. Ele abandonou por completo a fé, religião, Deus. Ele diz para mim que Deus é uma grande ilusão e que Jesus não representa nada para ele. Vc acha que Deus pode forçar esse rapaz a participar do Seu Reino? Claro que não. E sabe por que?
Porque se sua entrada fosse lá permitida, esse meu amigo seria infeliz, porque o que Deus preparou parece não lhe seduzir. Ele gosta das ilusões desse mundo.
Creio que esta é a questão.
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Isaias 11:
1 – PORQUE brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.
2 – E repousará sobre ele o espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor.
(…) 9 – Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.
Como se pode perceber no verso 9, o nível de conhecimento que a terra terá do Senhor (se encherá) será a força que exterminará todo engano, todo erro.
É só uma questão da escolha dos versos que usamos para dar consistência ao entendimento que temos.
O problema está em aceitarmos a literalidade textual ou a essência do propósito da mensagem.
Antecipando-me ao que você irá nos apresentar no 6º Dia, veja essa versão de Mateus 6: 13 – E não nos induzas à tentação;…
O que conhecemos de Deus nos permite acreditar que Ele nos induz à tentação?
Claro que não se trata de um erro bíblico, é apenas mais uma das incontáveis figuras de linguagem utilizadas pelos autores!
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É, esse será bem o tema não do 6º, mas do 7º dia.
No entanto, permita-me lhe perguntar qual é essa versão que vc usou como exemplo. Gosto da versão original:
"NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO". Seu sentido é bem, mas bem diferente desse que vc apresentou:
"E não nos induzas à tentação;…"
Tenho compreendido que toda tentação começa no pensamento humano, nossas decisões dramatizam ou não esses pensamentos.
Lembra de Mateus 5:21-48. Jesus deixa muito claro que o pecado nasce na mente humana. Daí a importãncia de subjulgarmos o centro da nossa vontade à vontade de Deus. Lembra do SEJA FEITA A TUA VONTADE?
A grande verdade é que Deus não compactua com o mal. Ele não nos induzirá jamais à tentação. Sabe por que? Porque Ele conhece nossa estrutura, sabe que somos pó.
A história de Jó é um claro exemplo do mal induzido por um outro "senhor". Nós sabemos muito bem quem se ocupa de levar o homem ao erro.
Sim, a Terra se encherá do conhecimento de Deus, porque o Senhor prometeu uma nova "chuva" do Seu Santo Espírito sobre nós logo antes do Seu próximo retorno. Esse tempo completará o tempo da graça que Deus tão misericordiamente nos concederá. Ele tem muitas ovelhinhas espalhadas por vários rebanhos. Seu rebanho será único. Por isso, Ele está escrito em Sua Palavra quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas.
Quem ouvir e crer será salvo, mas ao homem será sempre dado a liberdade de rejeição. Deus não permitirá no Seu Reino ninguém forçado. O anjo Lucifer foi expulso de lá exatamente por isso. Ele não quis submeter-Se à vontade de Deus.
Muitos se excluirão, infelizmente.
Está escrito que o Senhor só tem bons pensamentos acerca de nós. Ele jamais nos induziria, nos induziu ou nos induzirá ao mal.
Eu não creio na inerrância da Bíblia. Mas, esses "erros" são apenas fatuais, não há erro na essência da mensagem. Eu sei que toda leitura implica num importante passo: saber ler passa pelo saber interpretar. A literalidade precisa ser percebida sim, vc tem razão. Mas, neste caso que vc citou vejo mais um problema de versão.
Veja 1 Cor. 10: 13:
"Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar."
Sal. 141: 4
"Não permitas que meu coração se incline para o mal, para a prática da perversidade na companhia de homens que são malfeitores; e não coma eu das suas iguarias."
Não podemos cair no erro de que essa passagem bíblica faz uma referência a um pedido a Deus para que nos tire toda tentação. Deus não nos prometeu que nos protegerá da tentação, mas sim não nos deixará cair.
João 17: 15:
"Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal."
Creio que na verdade o que ocorre é que com muita freqüência nos colocamos voluntariamente no caminho da tentação.
Por isso, penso que há uma diferença enorme nessa versão que vc apresentou e a de João Ferreira de Almeida Revisada e atualizada.
Continuo achando que pedir que Deus não nos meta em tentação equivale a renunciar a nossos próprios caminhos e nos submeter aos caminhos que Deus escolha.
O "Faça-se a Tua vontade" vem antes do "Não nos deixe cair em tentação".
As Escrituras deixam bem claro que Deus permite as provas e de diversos modos prova aos homens, mas nunca, nunca os prova a pecar.
Já li tb que este verbo "Livra-nos do mal" tem sua origem num verbo grego que pode significar também "resgatar".
E esse mal compreendo como livra-nos do mal como princípio. O que é o mal como princípio?
É o mal que se contrapõe ao bem. A velha batalha do Bem e do Mal, lembra?