Um de nossos leitores fez esta pergunta: “Por que Deus não destruiu os rebeldes ao invés de simplesmente expulsá-los?
Antes da leitura do texto escute este vídeo.
Sua mente deve estar fervilhando. Seu coração deve estar palpitando. Concordo com isto ou não concordo? Saiba que sua resposta será determinante na sua vida. Fará grande diferença um sim ou um não, pois terá consequências futuras. Isto se chama exercício do livre arbítrio. Você é livre na sua escolha porque naturalmente há em você o dom do livre arbítrio e você, somente você, será responsável pela decisão tomada.
Verdade seja dita que liberdade de escolha não é o mesmo que livre arbítrio. Livre arbítrio o homem terá sempre, mesmo em condições de ausência da liberdade porque é um dom nato dado pelo Criador às Suas criaturas. A liberdade de escolha se diferencia porque às vezes as circunstâncias a roubam de nós e somos forçados a tomas decisões, sem grandes opções.
Podemos citar como exemplo os habitantes de países com sistemas políticos repressivos. Normalmente em tais sistemas políticos as pessoas não têm liberdade de expressão nem liberdade religiosa, exatamente porque lhes foi negada a liberdade política e civil. Isto lhes tolhe quanto à liberdade, mas elas serão sempre detentoras do seu livre arbítrio. Como exemplo podemos citar os mártires. A despeito de toda ausência de liberdade e sob condições extremas de sofrimento eles se sentiram livres para decidirem.
Este é o principio que rege a decisão de Deus. Ele não destruiu os rebeldes simplesmente porque Deus, o Criador, ama respeitar o livre arbítrio de Suas criaturas. A principal acusação de Lúcifer era de que Deus era injusto ao exigir de todos a obediência às Suas leis. Essa acusação parecia ter algum sentido, segundo seus argumentos. Como saber a resposta? Ele precisava de um tempo para provar a validade de suas ideias.
Mostrar ao Universo os dois argumentos, o do Criador e o da criatura, por isso neste primeiro momento, o Criador “apenas” o expulsou do Céu, juntamente com aqueles que aceitaram suas idéias, e continuou com o Seu plano de expansão da criação.
Se Deus o tivesse destruído, as criaturas teriam obedecido ao Criador por temor de serem destruídas também e não por amor. Daí em diante, pairaria para sempre a dúvida de que talvez Lúcifer tivesse tido razão.
Eu creio que, como cristãos, somos os argumentos vivos do Deus Criador. Por isso, como cristãos, quanta responsabilidade temos em meio a essa controvérsia espiritual! Como seres humanos quanta responsabilidade diante de tão grande verdade!
Se os púlpitos não fossem desperdiçados com temas sem grande ou nenhuma importância muitos equívocos e enganos não estariam hoje no meio cristão, ou na mente das pessoas incrédulas. Esta é uma mensagem não somente de vida, mas também de morte, morte eterna.
Eu fiz esta pergunta certa vez: “Conhece você as possibilidades e limites do seu livre arbítrio?” E um de nossos leitores nos respondeu: “No momento em que nos dermos conta de que o resultado do exercício da livre escolha está diretamente relacionado ao conhecimento que temos de Deus, certamente mudará o nosso entendimento, a respeito do que é o bem e o que é o mal.”
O que diz a Bíblia ser a verdadeira sabedoria?
“Filho meu, se aceitares as minhas palavras e esconderes contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido e para inclinares o coração ao entendimento, e, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus.” (Provérbios 2:1-5)
Que grande significado têm essas palavras! Aqui não estamos falando de intelectualidade, mas de sabedoria. A sabedoria implica na faculdade de julgar e de se comportar. Implica também em lucidez e conhecimento.
Quem pode dar a verdadeira sabedoria?
“Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento.” (Provérbios 2:6)
Quem pode obtê-la?
“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.” (Tiago 1:5)
O que podemos compreender é que ao homem é exigida uma postura de ação:
1 – aceitar a palavra de Deus
2 -“esconder” (guardar) consigo os mandamentos (a vontade de Deus) = crer e agir em conseqüência.
3 – estar atento à sabedoria = desejar obtê-la
4- inclinar o coração ao entendimento = ser humilde para aprender e decidido a submeter-se
5- clamar por inteligência e por entendimento alçares a voz = ir à fonte.
6- buscares a sabedoria = esforçar-se por adquiri-la. Estudar.
“… então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus.”
Isto é exercício do livre arbítrio: Examinar e Decidir. Há uma diferença significativa entre ignorância e negligência. A ignorância é alvo do processo do perdão de Deus, a negligência não.
Ruth Alencar
Todos os textos sobre o tema O Grande Conflito já publicados pelo Nossas Letras estão condensados neste álbum em nossa página do facebook. Você pode acessá-los a partir de suas imagens neste link aqui. Basta clicar na imagem e o novo tema surge.
Ou ainda, se preferir, pode acessar diretamente da página Índice Geral no item: 8 – O Bem e o Mal
" Este é o principio que rege a decisão de Deus. Ele não destruiu os rebeldes simplesmente porque Deus, o Criador, ama respeitar o livre arbítrio de Suas criaturas… A principal acusação de Lúcifer era de que Deus era injusto ao exigir de todos a obediência às Suas leis. …Como saber a resposta? Ele precisava de um tempo para provar a validade de suas idéias.Mostrar ao Universo os dois argumentos, o do Criador e o da criatura, por isso neste primeiro momento, o Criador “apenas” o expulsou do Céu…Se Deus o tivesse destruído, as criaturas teriam obedecido ao Criador por temor de serem destruídas também e não por amor. Daí em diante, pairaria para sempre a dúvida de que talvez Lúcifer tivesse tido razão".
ACREDITO QUE, QUALQUER EXPLICAÇÃO QUE O HOMEM DÊ SOBRE O "PORQUÊ DE DEUS NÃO TER DESTRUÍDO LÚCIFER", SEJA FRUTO DE NOSSA VISÃO ACERCA DE DEUS. NÓS NÃO TEMOS CONDIÇÕES DE DESVENDAR POR COMPLETO, A SUA MENTE…
Verdade… quem pode conhecer com exatidão a mente de Deus? Esta com certeza não é minha intenção.
Mas, como filhos, podemos, referendados pelo conhecimento que temos do que nos é ensinado na Sua Palavra sobre Seu caráter e Suas promessas, elaborar um processo de respostas e explicações.
A Bíblia contém as expressões múltiplas de nossa desordem diante do mal.
Veja o que nos é dito em Gênesis 4:7: “Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.”
Este verso é apenas um dentre os muitos na Bíblia que evocam a nossa responsabilidade diante de nossas escolhas, portanto, do uso do nosso livre arbítrio. Este é sempre evocado quando do homem é exigida responsabilidade diante de Deus.
A Bíblia é clara quanto à questão de quem introduziu o pecado no Universo:
1 João 3:8 : “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.”
João 8:44: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”
O termo “diabo” vem do grego ‘diabolos’ que significa ‘o que desuni”. O diabo é então por definição o divisor, aquele que procura desunir as criaturas entre si e separá-las do Criador.
Este ser angelical foi criado pecador?
Ezequiel 28:15: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti.”
Isaías 14:14-14: ” Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.
Ok, aqui é feita uma menção ao rei da antiga cidade de Tyro (Ezequiel 28:12). Entretanto, como crêem muitos teólogos, não é difícil ver, atrás da silueta sombria do monarca pagão, este que Jesus chama o príncipe deste mundo.
Temos, então, os elementos necessários para nosso argumento:
– Deus e Sua verdade (odeia o pecado) x diabo e sua mentira
-Livre arbítrio do ser humano diante do mal e também responsável pelo mal.
-O Mal será exterminado, significa que há um propósito divino de intervenção com relação ao mal e o diabo.
-O desejo divino constante e afirmado na Bíblia de que Deus tem dado um tempo (da graça) para que o maior número de pessoas possam usufruir da Sua promessa de restauração do Universo.
Enfim, o apóstolo Paulo compreendia a dimensão do que se passa na Terra como algo observado pelos anjos:
1 Coríntios 4.9 “Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens.’
W.C.G.Proctor diz com relação a este verso que o apóstolo “faz uma referência às disputas dos gladiadores na arena. Ele figura o mundo e até os anjos como espectadores.” (B.A., B.D.,Pároco de Harold Cross, Dublin; Conferencista Assistente no Divinity School, Trinity College)
De uma coisa tenho certeza… este mundo e seus habitantes são objetos do olhar dos céus. Creio firmemente que somos, como filhos fiéis, o argumento vivo de Deus quanto ao Seu caráter.
Se deus criou tudo, inclusive o amor, não seria nonsense – para não dizer egoista – que ele "escolhesse" o que amar ou odiar?
Exemplifiquemos.
Criou o livre arbítrio – e escolheu amá-lo.
Criou o demônio – e escolheu odiá-lo.
Criou o homem – e resolveu amá-lo.
Criou o pecado – e resolveu odiá-lo.
Criou shaitan, ou satã, lúcifer, baal, e resolveu que, mesmo estes sendo criaturas nobres em sua essência, estejam agora queimando no inferno e, pior ainda, aguardando por uma leva imensa de humanos, aquelas criaturas criadas e amadas pelo onipotente.
Anônimo,
vc pergunta: "Se deus criou tudo, inclusive o amor, não seria nonsense – para não dizer egoista – que ele "escolhesse" o que amar ou odiar?"
De onde vc tirou isto?
Na Bíblia está registrado que o Senhor não tem prazer na morte do ímpio. Quando Jesus morreu naquela cruz foi um ato de amor e intercessão por toda a humanidade. Homens maus como Hittler, por exemplo, foram inclusos neste ato de amor de Deus.
Está escrito tb que Ele não faz acepção de pessoas. Que Seus pensamentos são sempre bons a nosso respeito.
Sua afirmação-pergunta sobre uma escolha divina do que amar e odiar não encontra fundamentos na Bíblia.
A Bíblia é o livro que pode realmente falar de Deus. Livros comuns escritos por homens comuns perdem a sua autoridade diante dela.
Um verso clássico sobre o amor de Deus vc pode ler em João 3:16:
"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que NEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
Aqui não fala de alguns por quem Ele morreu, mas do mundo. Isto é, todas as pessoas. Nem ao diabo, que escolheu ser Seu inimigo, Ele odia.
Vc realmente precisa conhecer Deus…
Anônimo, Deus, longe de ser o Ser autoritário que muitos afirmam, ao deliberar Sua intenção de criar, o fez respeitando todo o complexo processo de liberdade que Ele amava e tanto desejou dar às Suas criaturas.
O ato da criação do homem, como ser racional, implicou o dom do livre arbítrio. Então, a escolha inversa do Bem, fazia parte do mundo perfeito que Ele desejou e criou.
Permitir a possibilidade que o mal aconteça não é o mesmo que criá-lo. Deus permitiu ao homem Lhe dizer não, daí todo o sofrimento que vivenciamos e tão registrado na história desse planeta.
Vc disse:
"Criou o livre arbítrio – e escolheu amá-lo."
Sim, Deus estabeleceu o princípio do livre arbítreio para o ser humano. E em Seu próprio livre arbítrio escolheu amar profundamente o homem. Escolheu a misericórdia e a graça. Escolheu o perdão. E até mesmo a tolerância. Porém, não pode ser contra Si mesmo (o Bem e a verdade na essência mais pura), por isso Sua tolerância é incompatível com a conivência com o Mal.
Deus não pode permitir o mal para sempre, por isso intervem, para o bem da própria humanidade. E nestas intervenções há o julgamento dos seres humanos. Não se preocupe ninguém é imputado como culpado sendo inocente.Nem será jamais imputado como inocente sendo culpado.
Livre arbítrio é um princípio importante para o estabelecimento da justiça. Não se trata de amá-lo ou odiá-lo.
Deus não é a causa do sofrimento humano, mas o homem com suas escolhas… Está em nós a responsabilidade.
Minha filha tinha 5 anos quando vivemos esta experiência. Estávamos na cozinha e eu lhe explicava os perigos de acidente na cozinha para ela.
Num determinado momento, pus o arroz no fogo e lhe disse para não tocar lá, pois doeria muito e seria perigoso.
Tirei ela da cozinha, coloquei no meu quarto assistindo tv enquanto fui tomar um banho.
Eu entrei no banheiro com o forte pensamento de que ela iria me desobedecer pq eu a conhecia e sabia o quanto ela era curiosa.
Resolvi lhe dá a oportunidade de exercer a sua liberdade de decisão.
Não demorou muito, foi apenas o tempo de ligar o chuveiro e escutei um grito.
Corri e lá estava ela assoprando sua mãozinha. Ela me desobedecera apesar de toda a instrução que lhe derá quanto a queimaduras.
Resultado, aprendeu na dor, quando poderia ter aprendido na confiança dos meus conselhos.
Penso que é mais ou menos assim. Deus nos orienta e somos nós que fazemos a escolha. Podemos evitar a dor e o sofrimento…
Eu poderia ter impedido o sofrimento de minha filha, se eu a tivesse levado para o banheiro e a tivesse privado da liberdade de escolha. Seria isto justo com ela?
Como ela poderia amadurecer sem essa liberdade?
Vc disse:
"Criou o demônio – e escolheu odiá-lo."
Esta é outra inverdade. Deus não criou o demônio. Deus criou um anjo como os milhares e milhares de outros anjos. Lúcifer, como era conhecido antes de sua desobediência, exerceu o seu livre arbítrio e optou por ser adversário de Deus. Optou por confrontá-LO, competir com Ele.
Deus permitiu que Lúcifer desenvolvesse seus argumentos e são os seus argumentos que conduziram a queda de muitos outros anjos que seguiram seus pensamentos. Mas, uma porção muito maior preferiu ficar ao lado de Deus.
Deus não decidiu odiá-lo, ao contrário, ao dar a Lucifer a oportunidade de viver seu próprio pensamento sem destruí-lo de imediato, deu-lhe a chance de um arrependimento futuro. Mas, isto não aconteceu.
Todo o sofrimento da humanidade deve-se a Lúcifer, seus anjos rebeldes e às más escolhas do ser humano.
No entanto, o Mal que há neles não dará a última palavra. Deus intervirá definitivamente, mas posso lhe afirmar pelo que na Bíblia está escrito, que não haverá um tormento eterno que ladeará a felicidade eterna. O mal está com seus dias contados. Ele não terá a última palavra.
Vc disse:
"Criou o homem – e resolveu amá-lo."
Isto me parece lógico, afinal, seria anormal como Criador, aborrecer a Sua própria criação. Sendo Ele, amor, somente o amor poderia ser nutrido pelo ser humano. Amou tanto o ser humano que deu a Ele, no ato da criação, características próprias do Seu caráter. Por isso, diferentemente dos animais fomos feitos à Sua imagem moral, intelectual e espiritual.
Vc disse:
"Criou o pecado – e resolveu odiá-lo"
Grande equivoco há aqui. Deus não criou o pecado. Foi Lúcifer que resolveu seguir o caminho contrário aos princípios do Bem. Foi o ser humano que escolheu seguir o caminho contrário aos princípios do Bem.
Agora, Deus realmente não pode amar o pecado, pois o pecado é a transgressão do certo, da verdade, do Bem. Então, é lógico que Ele Se aborreça com o pecado.
Vc disse:
"Criou shaitan, ou satã, lúcifer, baal, e resolveu que, mesmo estes sendo criaturas nobres em sua essência, estejam agora queimando no inferno e, pior ainda, aguardando por uma leva imensa de humanos, aquelas criaturas criadas e amadas pelo onipotente"
Outro equivoco seu. O Diabo e os outros anjos rebeldes ainda não estão queimando em lugar algum. Mas, é bem verdade que queimarão, mas não eternamente como vc disse. Eles estão livres e soltos provocando sua guerra contra tudo o que é de Deus.
Mas, segundo a Bíblia, quando Jesus voltar Ele vai intervir, pois vencidos eles já foram. Este tempo de liberdade que Deus tem dado a eles não é mais para arrependimento deles, afinal, eles já fizeram suas escolhas.
Este tempo de liberdade é para nós seres humanos. Um dia no futuro e tempo que Deus decidir Ele vai realmente por fim no Mal. E isto implicará num grande julgamento. Tanto o Diabo como os outros anjos rebeldes e os seres humanos rebeldes, por assim haver escolhido, serão finalmente destruidos para nunca mais o mal se levantar novamente.
Só tenho uma coisa a mais a lhe dizer. Não será uma destruição eterna. Será o tempo que precisarão para ser destruído. Na Nova Terra, que será aqui, depois de restaurada, a felicidade não existirá ao mesmo tempo que a dor. A misericórdia de Deus não permite tal estado de coisa. Haverá um fim para os que são maus e este fim não tem a menor característica com um tempo eterno.
Deus não excluirá ninguém da Nova Terra, os homens é que farão suas escolhas.
*odeia.