Que passos devo dar para ir a Cristo?
Como posso saber que estou salvo?
Como posso manter um relacionamento pessoal com um Deus que não posso ver nem ouvir?
Era um velho de cabelos grisalhos, lindas rugas e mãos trementes, e já passara dos setenta. Encontrei-o apenas uma vez, mas jamais o esqueci. Foi num acampamento de verão, à moda antiga, na tenda principal, logo após o sermão da manhã. O pastor que presidia a plataforma pediu aos pastores presentes que cada um deles dirigisse um grupo do auditório numa rápida reunião após o culto, a fim de tecerem comentários e fazerem perguntas sobre o tema apresentado. Esse senhor ficou no meu grupo. Ele pôs-se em pé, com lágrimas nos olhos, e disse: “Por muito tempo Deus tem procurado alcançar-me, e afinal o conseguiu.” E sentou-se.
Não me recordo do que outros disseram naquele dia, mas ainda me lembro das palavras desse homem. Quão maravilhoso, e quão trágico. Maravilhoso porque finalmente Deus ganhara a batalha naquele coração – mas trágico porque o homem esperara tanto tempo.
Ana Whitall Smith conta-nos a experiência de um senhor que aceitou a Cristo, e ela ressalta o que aconteceu quando ele afinal chegou a compreender qual a sua parte e qual a parte de Deus. Bem, os cristãos têm com frequência debatido essa questão, salientando a parte de Deus e a do homem ao vir a Cristo e continuar a vida cristã. Perguntaram, pois, imediatamente àquele ancião: “Qual é exatamente a sua parte, e qual a de Deus?”
E ele respondeu: “Minha parte é correr, e a de Deus é apanhar-me!”
Em S. João 6:44, Jesus diz: “Ninguém pode vir a Mim se o Pai que Me enviou não o trouxer.” A salvação constitui iniciativa de Deus, e não do homem. Jeremias 31:3 diz: “Com amor eterno Eu te amei, por isso com benignidade te atrai.” E a benignidade de Deus se estende a cada pessoa. Não são alguns destinados para serem salvos, e outros designados para as chamas do inferno. Todos são atraídos por Deus. Somente aqueles que persistentemente rejeitam a esse amorável poder de atração não irão a Ele para serem salvos.
Todavia, ao sermos atraídos para Cristo, cumpre-nos dar alguns passos. Quais são? Em primeiro lugar, vem o desejo de algo melhor. Segundo, vem o reconhecimento do que é o melhor. Em terceiro, a convicção de que somos pecadores. Quarto, chegamos a compreender que somos incapazes de fazer qualquer coisa quanto à nossa condição. E, finalmente, cedemos – ou desistimos, como se diz nos círculos cristãos, nos rendemos. Desistimos de julgar-nos capazes de salvar-nos a nós mesmos, e então vamos a Cristo justamente como somos.
Consideremos mais detalhadamente esses cinco passos, ao procurarmos compreender o processo pelo qual passa cada pessoa que vai a Cristo.
O Desejo de Algo Melhor
No capitulo 4 de S. João é relatada a história de uma mulher que foi ter com Jesus. Note os primeiros passos que ela deu.
Comece com os versos 5 e 6: “Chegou [Jesus], pois, a uma cidade samaritana chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José. Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-Se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta” (ou meio-dia).
Aqui você se depara com um enigma. Jesus é o Criador. E Deus. Foi Ele quem criou os sóis, as estrelas, os sistemas solares. Tudo foi criado por Ele (S. João 1:3). Todavia Ele aceitara o fardo da humanidade e ali estava evidentemente mais cansado do que Seus discípulos, que foram a Sicar comprar alimento. Fatigado demais para prosseguir, sentou-Se à beira do poço enquanto aguardava o retorno deles. Você é capaz de contemplá-Lo ali?
A história prossegue no verso 7 de S. João 4. “Nisto veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-Me de beber.”
Vemos aqui o Mestre agindo, atraindo uma alma para Ele. Não a abarrota com Sua religião, mas lhe pede um favor. Confiança gera confiança.
Obviamente, essa mulher tinha desejo de algo melhor. Viera tirar água. Evidentemente ela era uma prostituta de um lugarejo próximo, pois viera numa hora em que nenhuma das outras mulheres da cidade vinham. Viera também a um poço que ficava fora da cidade. Ela sentia-se cansada dos olhares e das línguas maldizentes. Viera sozinha ao poço, para fugir à condenação dos outros.
Sabemos que ela estava buscando algo melhor que ainda não encontrara. Fora casada, mas o primeiro marido não foi o que ela almejava; assim ela procurou algo melhor num segundo marido. E ainda não satisfeita, procurou algo melhor num terceiro, num quarto e num quinto. Finalmente, desiludida com o casamento, decidiu seguir o caminho que muitos seguem hoje, justamente prosseguir na vida, vivendo com alguém sem assumir um compromisso que não podia cumprir. Vemo-la, pois, aproximando-se do poço, buscando ainda alguma coisa melhor.
Nunca Satisfeito
Um amigo meu contou-me a respeito de um homem que começara a fumar. Fumava a marca X porque os anúncios diziam que esses cigarros satisfazem. Ele, porém, não estava satisfeito. Começou fumando um maço por dia, mas não sendo suficiente, passou a fumar dois maços. Não se satisfazendo ainda, passou a fumar três. Nunca satisfeito.
Neste mundo todos estão buscando algo melhor. Meninos e meninas procuram uma bicicleta melhor ou uma bola melhor. Os jovens buscam maior aceitação, melhores amigos, mais divertimento. Os adultos buscam sucesso, prazer ou posses materiais. No entanto, mesmo as coisas que expressam desejos legítimos podem representar o íntimo clamor de alguém cujo vácuo produzido por Deus em sua vida só pode ser preenchido pelo próprio Deus.
Há alpinistas que escalam montanhas simplesmente porque elas estão lá. Eles continuam em busca de maiores alturas, maiores riscos. A ambição nos esportes, nos negócios, nos prazeres legítimos, pode traduzir o clamor do coração por algo melhor, o irreconhecido anseio por Deus.
Mas, separado de Deus, jamais será satisfeito esse desejo de algo melhor. A pessoa que busca felicidade no mundo descobre que o prazer dos divertimentos mundanos, afinal, não perdura; por isso, ela tem que estar sempre à procura de algo novo.
Como Jesus disse à mulher de Samaria (S. João 4:13): “Quem beber desta água tornará a ter sede”, todos os nossos esforços no sentido de encontrar algo melhor separados de Deus, serão em vão porque, reconheçamos ou não, nosso desejo é para Ele.
Em cada trecho do caminho para Cristo, há desvios que nos impedem de chegar a Ele. Procuramos satisfazer nosso anseio de algo melhor, buscando algo diferente. Você pode constatar isto na história da mulher de Samaria. Ela procurou satisfazer o seu anseio nas múltiplas relações humanas. Mas apesar de suas múltiplas e diferentes tentativas, o seu desejo não foi satisfeito.
Jesus disse: “Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede, para sempre.” A maioria de nós, para chegar a Deus, toma o longo caminho pleno de dificuldades e sofrimento, dos corações dilacerados. E quando falha tudo que pensávamos que queríamos, e chegamos afinal a esgotar nossos próprios recursos, então erguemos o olhar e exclamamos: ”Está bem, Senhor. Finalmente acho que o que necessito é de Ti.”
Existe, porém, um caminho mais curto. Jesus ofereceu-o à mulher junto ao poço, e encontra-se em S. João 12:32: “E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim mesmo.” Quando Jesus é erguido, somos atraídos a Ele. A mulher samaritana não compreendia que Aquele em cuja presença ela se achava podia satisfazer-lhe todos os anseios. Jesus então deu o segundo passo, o conhecimento do que é o melhor.
Conhecimento do Plano da Salvação
Considere S. João 4:10: “Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: Dá-me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva. “
A salvação é um dom de Deus. Provavelmente esta seja uma das maiores porções do conhecimento do plano da salvação que já pudemos receber. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito.”Cap. 3:16. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna.” Romanos 6:23. Não podemos adquiri-lo, não podemos comprá-lo, e jamais merecê-lo. A salvação é um dom. Nada tem a ver com nosso merecimento.
Considere os meios que usamos para conseguir o que queremos. A mulher samaritana podia ter sido uma mulher da vida acostumada a vender o corpo para ganhar o seu sustento e alcançar algo melhor. Também seus clientes desejavam algo melhor e estavam dispostos a pagar o preço de um amor sintético a fim de satisfazer os seus desejos.
Muitos hoje usam métodos semelhantes a fim de comprar amor e aceitação. Muitos hoje procuram comprar o amor de Deus, e ser aceitos por Ele, tornando-se assim fornicários no sentido espiritual. Mas Jesus vem e diz que o prazer maior, a mais duradoura felicidade, adquire-se de graça. Hoje Ele nos fala como falou à mulher junto ao poço: “Se conheceras o dom de Deus…”Se você apenas conhecesse.
O desvio para este passo consiste em substituir um conhecimento acerca de religião para um conhecimento pessoal das coisas espirituais e do plano da salvação. Quando Jesus levou a samaritana a conhecer o dom gratuito da salvação, e a saber que Ele lhe conhecia o coração, ela procurou mudar de assunto. Começou uma discussão a respeito de qual seria o melhor lugar para adorar a Deus. Jerusalém ou Samaria? Ela queria esquivar-se às perguntas de Jesus. Ele, porém, foi paciente com ela, como o é conosco. Pense em tantas vezes que temos mudado o rumo e uma conversa quando nos sentimos demasiadamente pressionados. Mas o Espírito Santo não nos abandona, e Jesus ali está, à sombra, esperando que paremos de correr. A água da vida ainda está sendo oferecida gratuitamente hoje.
Às vezes nosso conhecimento de Deus é limitado, como o era o da mulher samaritana. No verso 25 de S. João 4, ela diz: Sabemos que o Messias vem. Há pessoas hoje que crescem sabendo isso. É difícil encontrar-nos em algum lugar em nossa sociedade atual, sem ouvirmos a respeito da segunda vinda de Cristo. No entanto, é possível ouvir acerca da Segunda Vinda e ver os sinais de sua proximidade, e mesmo crer que ela ocorrerá um dia, e ainda não estar bebendo do poço da água da vida que Cristo oferece.
Contudo, podemos sentir-nos gratos pelo conhecimento que temos de Deus. Pequeno conhecimento dEle é melhor que nenhum. Graças a Deus pelo que, como meninos e meninas, temos aprendido a respeito de Seu amor. Seja qual for nosso conhecimento de Deus, o Espírito Santo pode usá-lo para levar-nos a um relacionamento mais íntimo com o Senhor Jesus.
Convicção
O terceiro passo para irmos a Cristo é a convicção de que somos pecadores. Chegamos a compreender que, tenhamos ou não feito coisas erradas, nós somos pecadores. Porventura há alguém que jamais cometeu algum erro? Se há, tal pessoa ainda é pecadora porque ninguém tem de pecar para ser pecador. Basta que haja nascido para ser pecador. Como vimos no PRIMEIRO DIA, nascemos pecadores, e Jesus afirmou que para vermos o reino de Deus temos de nascer de novo. Portanto, deve ter havido algo errado com o nosso primeiro nascimento.
Muitos hesitam em dar esse terceiro passo, dizendo: ”Sou tão bom como os outros; tão bom como alguns que eu conheço e dizem ser cristãos.” Caem na armadilha de comparar-se uns com os outros. Há muitos desvios aqui. Alguém pode pensar que não somos realmente pecadores e que, basicamente, somos boas pessoas. Denominações inteiras hoje se baseiam na premissa de que as pessoas no fundo são boas, e tudo o que é necessário fazer é desenvolver o bem que se acha nelas.
A Bíblia, porém, afirma em Rom. 3:10-12, que “não há nenhum justo, nem um sequer”. Um dos passos para irmos a Cristo é estar dispostos a admitir isso, pois somente os pecadores necessitam de um Salvador.
Nada há que opere numa pessoa a convicção real de que é pecadora, como o olhar para Jesus e a cruz. Certa vez vi um homem muito, muito alto, com a compleição de jogador de futebol e usava uma camiseta típica. Quando pela primeira vez o vi a distância, não parecia tão alto, talvez de minha altura. Mas, ao aproximar-me dele, senti-me um anão.
Quando você espiritualmente vê Jesus a distância, e não se aproxima dEle, pode parecer que Ele não seja tão alto – talvez seja como você. Mas ao aproximar-se mais e mais dEle, você verá que Ele assoma como uma montanha cujo pico nevado imerge no azul do céu, e você se sente como um brejo na base da montanha. Foi isso que aconteceu com o apóstolo Paulo. Ele se julgava muito bom até que teve um vislumbre de Jesus. Você pode ler isto em Filipenses 3. Tendo visto a Jesus e dEle se aproximado, então tudo que antes ele considerava bom, agora contava como refugo. É, pois, olhando para Jesus que chegamos a compreender nossa condição de pecadores.
Sentir-se Desvalido
O quarto passo é o mais difícil porque algo no coração humano impede-nos de reconhecer que somos desvalidos. Ocasionalmente tenho pedido a meus alunos, ao estudarmos esses passos para ir a Cristo, que anonimamente respondessem a um questionário indicando em que passos se encontravam então. Em sua maioria colocavam-se justamente aqui – reconheciam-se pecadores, mas ainda não haviam admitido ser impotentes para fazer algo por si mesmos.
O desvio tomado por muitos neste ponto é pensar que se tentarem com mais força e por mais tempo, poderão tornar-se melhores. Mas em S. João 15:5 Jesus diz: “Sem Mim nada podeis fazer.” E Jeremias lança a pergunta: “Pode acaso o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal.” Jer. 13:23.
Após uma reunião em certa cidade, a respeito de nossa invalidez, conversei com um médico, e ele me disse o seguinte: “Ninguém vai aceitar sua mensagem! No colégio, fui o primeiro da classe. Na faculdade de medicina alcancei o terceiro lugar. Tenho uma bela família. Tenho uma casa na cidade e outra no campo. Tenho um iate no cais e dois carros último tipo na garagem. Não me venha dizer que sou um desvalido.”
Ele esquecera quem conservava o seu coração pulsando. Isso, porém, não é o principal. Há muita gente que, como esse médico, pode alcançar muito sucesso no mundo, separada de Deus, enquanto Este lhes mantém o coração batendo. Mas o ponto principal é que somos impotentes para, separados de Deus, produzir genuína bondade ou justiça. Isto não acontece até que a pessoa chegue a compreender que nada pode fazer para salvar-se espiritualmente, nem para livrar-se dos atuais pecados, erros e falhas, e até que esteja pronto a dar o passo seguinte para ir a Cristo. Ninguém jamais irá a Jesus até que tenha admitido seu fracasso e concluído que é incapaz de salvar-se a si mesmo.
Entrega
A palavra entrega significa ”dar-se por vencido”. Para isso, abandonamos o quê? A nós mesmos! Desistimos da ideia de que podemos fazer alguma coisa para melhorar nossa condição – podemos apenas ir a Cristo tais quais somos. E Cristo almeja que vamos a Ele justamente como somos. De fato, este é o único meio pelo qual podemos ir a Ele. Através de nossos próprios esforços, jamais nos tornaremos pessoas melhores. Devemos ir ter com Ele Justamente como somos.
O desvio que muita gente toma aqui é procurar abandonar coisas em vez do eu. Procuramos deixar o fumo, a bebida alcoólica, o jogo. Pensamos que a vida cristã se baseia em quantas coisas alguém pode abandonar. Se a entrega significa desistir da idéia de que nada podemos fazer separados de Cristo, então para os fortes o abandono de coisas pode tornar-se um desvio para o abandono do próprio eu.
Conta-se a história de um homem que tinha um carro cuja buzina não funcionava. Levou-o então à oficina para o devido reparo. Chovia, e quando ele se aproximou da entrada da oficina, viu que a porta estava fechada, com o seguinte anúncio: “Para ser atendido, buzine.” Muitas vezes nos encontramos em semelhante dilema ao procurar entregar-nos a Cristo. Importante verdade acerca da entrega total é que não se trata de algo que nós podemos fazer! Isto pode representar uma brecha importante para a pessoa que está procurando em vão entregar-se. Esse termo significa “dar-se por vencido”. E se, para irmos a Cristo, é necessário que esgotemos nossos próprios recursos, então essa incapacidade teria de incluir, também, a de nos rendermos a Ele! Se me fosse possível render-me por mim mesmo, eu não teria de abandonar meu próprio eu – haveria ainda algo que eu poderia fazer.
Mas a entrega não é algo que fazemos, embora o façamos! Que quer dizer isso? Que somente Deus pode levar-nos a render-nos a Ele. Não podemos fazê-lo mesmo no devido tempo. Ninguém pode esvaziar-se do próprio eu. Somente Cristo pode realizar essa obra. Cabe-nos apenas consentir, e ao prosseguirmos nesse estudo, veremos melhor como podemos consentir.
Se você deseja suicidar-se, há muitas maneiras de fazê-lo. Pode apanhar uma arma e dispará-la na cabeça. Pode lançar-se de um edifício ou de uma ponte. Pode tomar uma dose exorbitante de uma droga letal. Há, porém, um meio pelo qual você nunca poderá matar-se. Você não pode crucificar a si mesmo. Não é possível. Se você tem de ser crucificado, outra pessoa deverá fazê-lo para você.
Nas Escrituras a cruz é usada como símbolo de rendição, morte para o eu. Jesus referiu-Se a nossa cruz, convidando-nos a tomá-la e segui-Lo (S. Mat. 16:24). Ele usa a cruz, a crucifixão, como símbolo para ensinar-nos que não podemos entregar-nos por nós mesmos; devemos permitir que Deus realize a obra por nós. E Ele está desejoso e é capaz de levar-nos a uma entrega total se tão somente permitirmos que o faça.
A Iniciativa é de Deus
O anseio por algo melhor vem de Deus. É o Seu poder de atração que desperta nossa desejo de alcançar algo mais do que já temos. É obra do Espírito Santo convencer-nos de que somos pecadores: Ele ”convencerá o mundo do pecado” (S. João 16:8). É Sua obra fazer-nos reconhecer nossa invalidez, pois Jesus disse: “Sem Mim nada podeis fazer.”S. João 15:5. É Sua obra levar-nos a fazer uma entrega total, embora sejamos nós que nos entregamos.
Dos cinco passos, há apenas um no qual participamos deliberadamente: adquirir conhecimento do plano da salvação. Embora aqui também a iniciativa seja de Cristo, podemos responder-Lhe escolhendo buscá-Lo e procurando conhecê-Lo. É assim que você consente – colocando-se em condições nas quais Ele possa operar. Seja na igreja, em reuniões públicas, ou em particular diante da Palavra de Deus aberta, ou talvez ao ler esse livro, se você fizer uma única tentativa de responder à atração de Jesus e de Seu Espírito, a fim de obter melhor conhecimento do plano da salvação, Ele fará o resto.
Jesus ainda está pronto hoje a aceitar a qualquer pessoa que vá ter com Ele. ”Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei.”S. Mat. 11:28. Não importa onde você esteja, quem você seja ou o que tenha sido no passado, Jesus lhe oferece Sua paz. Se você jamais foi a Ele, poderá ir agora mesmo.
Passos em Direção a Cristo
Talvez você tenha verificado em que degrau que conduz a Cristo você se encontra. Sente um desejo por algo melhor? Compreende que Deus é amor e que Jesus morreu por você? Sente que você é pecador? Sente que nada pode fazer quanto a isso? E chegou a convencer-se de que jamais poderá fazê-lo? Então vá a Jesus, justamente como está, porque esses são os passos que levam a Ele. Deus o está atraindo para Ele, e você pode responder positivamente cada dia até Jesus voltar.
Conversão – o Novo Nascimento
Tendo dado esses passos rumo a Cristo, inclusive total entrega a Ele, a pessoa nasce de novo, ou é convertida. Que é conversão? Deve ser um passo muito importante, pois Jesus disse que ninguém verá o reino de Deus a menos que nasça de novo (S. João 3:5). Outra forma de expressar isso é que se você não nascer de novo, não poderá sequer compreender a graça divina em sua plenitude, ou o que significam a cruz e a salvação. Antes de alguém considerar importante seu relacionamento com Deus, para conhecê-Lo, é essencial o novo nascimento. Visto que o conhecimento de Deus é a base completa da vida cristã, se alguém ainda não nasceu de novo vai ter muita dificuldade em tentar vivê-la.
A conversão é uma obra sobrenatural do Espírito Santo no coração humano, conforme S. João 3. É produzida uma mudança de atitude para com Deus. Em vez de fugir dEle, você agora se volta para Ele. Cria-se nova capacidade de conhecer a Deus, como nunca se obteve antes. E então, pela primeira vez, dá-se valor ao estudo da Bíblia e à oração. Creio que ninguém começa um significativo relacionamento com Deus até que esteja convertido; e aquele que busca uma relação significativa com Ele antes da conversão, encontrará duas alternativas: ou será genuinamente convertido, ou se sentirá frustrado e desistirá de uma vez. Uma das duas. E o que faz a diferença é o senso de necessidade. Somente aquele que compreende sua profunda necessidade estará disposto a ir a Cristo, repudiando a si mesmo e a seus próprios esforços para obter a salvação.
A conversão é o começo de uma vida nova. É mudança de direção. Não é completa e imediata mudança de comportamento. O novo nascimento produz uma mudança no estilo de vida. Contudo, parece-se com o nascimento físico em que ambos constituem o início do crescimento. Não nascemos cristãos espiritualmente maduros, assim como não nascemos fisicamente amadurecidos. Existe um processo. Leva tempo para desenvolver na vida os frutos do Espírito – amor, alegria, paz, longanimidade, assim por diante – como se acham enumerados em Gálatas 5. É, porém, o começo. Ao continuarmos buscando a Deus, crescerá nossa confiança nEle e, pela contemplação, seremos transformados à Sua imagem.
“Como Posso Saber Se Nasci de Novo?”
Esta é uma pergunta frequente: ”Como posso saber se nasci de novo?” Apresentamos a seguir sete pontos que poderão ajudar-nos a respondê-la.
1. Para a pessoa nascida de novo Jesus Se torna o centro e foco de sua vida. “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.” I S. João 5:12. Que significa ter o Filho? Bem, que significa ter um amigo, ou esposo, ou esposa? Quer dizer simplesmente que é mantido um relacionamento com ele ou ela. Os cristãos da igreja primitiva que experimentaram uma relação pessoal com o Filho de Deus não podiam calar-se a esse respeito. Gostavam muitíssimo de pensar em Jesus, e de falar sobre Ele. E finalmente o povo disse: “Vamos chamá-los cristãos, porque o único assunto deles é Cristo.”
2. A pessoa nascida de novo tem profundo interesse no estudo da Bíblia. Em I S. Pedro 2:2 o apóstolo descreve isto como desejando ardentemente o genuíno leite espiritual. O estudo da Bíblia é muito importante para o cristão convertido.
3. Aquele que nasceu de novo considerará muito importante sua vida de oração. Poderá sentir que não está orando na maneira devida e eficaz, mas persistirá orando até descobrir que conversar com Deus é parte vital do relacionamento que leva a conhecê-Lo (Veja S. João 17:3).
4. O cristão nascido de novo busca uma diária experiência com Cristo. S. Lucas 9:23: “Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-Me.”
5. A pessoa nascida de novo admitirá que é pecador. Não sai por aí gloriando-se de que não peca mais. Paulo, um dos maiores cristãos que já passaram por este mundo, disse: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” I Tim. 1:15. Quer isto dizer que ele vivia pecando? Não, porque muitas vezes ele se refere a si mesmo como mais do que vencedor por meio de Cristo (Rom. 8:37). Mas ele se referia ao fato de que, separados de Deus, somos pecadores por natureza, e que somente pela graça de Cristo podemos ter a vitória. Sou grato pela possibilidade de ser um pecador salvo. E, porém, importante compreender que continuaremos a ser pecadores por natureza até Jesus voltar (I S. João 1:8).
6. Um dos primeiros sintomas do novo nascimento é a paz interior. Romanos 5:1: “Justificados, pois, mediante a fé, tenhamos paz com Deus”. É possível enfrentar toda sorte de lutas, provas e tumultos exteriores, e ainda ter paz interior. Você ainda não descobriu isto? Essa paz íntima constitui um dos primeiros frutos do Espírito – amor, alegria, paz.
7. Finalmente, a pessoa nascida de novo terá o desejo de contar a alguém que maravilhoso amigo encontrou em Jesus. Ao endemoninhado a quem havia curado, Jesus ordenou: ‘‘Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez.” S. Mar. 5:19. Existe o desejo de levar a outros as boas novas, embora seja possível ao cristão convertido recusar-se a partilhar com os semelhantes o amor de Cristo (e isto resulta em perder o desejo de partilhar). Sobre isso falaremos mais no Terceiro Dia.
A Certeza da Salvação
Qual é a base da salvação? Volvamos a Efésios 2:8 e 9: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.”
Eu gostaria de lembrar aqui que em nenhuma parte das Escrituras é-nos dito que a salvação vem unicamente pela graça. É sempre pela graça, mediante a fé. Se isto não fosse verdade, então todos no mundo seriam salvos, mas sabemos que isto jamais ocorrerá. Jesus disse: “Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.” S. Mat. 7:13 e 14. Por conseguinte, embora a graça de Deus seja suficiente para todos, não o é para alguém até que a aceite. E a aceitamos pela fé.
Ao usar a palavra fé, você está introduzindo um componente de relacionamento. Embora seja a graça um dom de Deus, ela deve ser recebida por nós. E ninguém pode ser salvo a menos que aceite o dom provido por Deus. Fé requer relacionamento, confiança mútua. É possível aceitar alguém hoje, e rejeitá-lo amanhã. E possível casar-se hoje e, dez anos mais tarde, romper o casamento. Igualmente, é possível aceitar a graça de Deus e mais tarde rejeitá-la. A fim de nos mantermos seguros da salvação, devemos aceitar a graça divina numa base contínua (S. Mat. 24:13).
Isto nos conduz a um dos principais textos que nos dizem como podemos ter certeza da vida eterna. S. João 17:3: “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” A salvação implica algo mais do que aceitar a Deus uma vez. É continuar aceitando-O hoje, amanhã, na próxima semana, e todos os dias até que Ele volte. Portanto, a vida eterna, inclusive nossa esperança de alcançá-la, baseia-se totalmente na graça divina, e esta deve ser aceita em base contínua. E é nisto que consiste conhecer a Deus.
Assim, havendo dado os passos para ir a Cristo, esgotado nossos próprios recursos e aceitado a Cristo como nosso Salvador pessoal, nascemos de novo. Se continuo no mesmo relacionamento iniciado quando aceitei a Cristo, meu destino eterno está seguro. Mas se não conheço a Deus como meu Salvador pessoal, dia após dia, e se não aceito Sua graça diariamente, então o meu relacionamento com Ele corre perigo, justamente como o entrosamento com um amigo, ou esposo ou esposa, se quebra quando não há mais comunicação.
Você gostaria de ter hoje certeza da salvação? É oferecida a todos os que vão a Cristo e continuam indo a Ele. A única pergunta que você deve fazer a si mesmo é esta: Conheço a Deus? Dedico tempo cada dia para comunicar-me com Ele mediante Sua palavra e a oração? Estou em boas relações com Deus? A todos quantos prosseguem buscando essa comunhão pela fé com Ele é assegurada a vida eterna.
A Receita Espiritual
Eu costumava pensar que para ser cristão bastava esforçar-me para levar uma vida decente, e se tomasse algum tempo extra para ler a Bíblia e orar um pouco, agradaria a Deus! Só muito tempo depois descobri que a comunhão com Deus é a base total da vida cristã. Isto é tudo. Não há opção. Não se trata de algo que eu possa escolher tomar, ou tirar. E enquanto não compreender e aceitar esta premissa, não farei tudo que puder, pela graça divina, para conseguir uma significativa comunicação com Deus.
Não é possível conhecer a Deus e relacionar-se com Ele sem que você dedique tempo para estarem juntos. É muito simples. Meu pai costumava contar a história de um homem que treinou seu cavalo para não comer. Era muito mais econômico. Mas justamente quando ficou treinado, o cavalo morreu. Este foi, naturalmente, um resultado lógico. Pode ser que, como o camelo vive de sua reserva, eu consiga viver por algum tempo, mas se não me alimentar fisicamente, mais cedo ou mais tarde acabarei num montículo à beira do caminho, e tudo chegará ao fim. Assim a pessoa que experimentou o gozo de ir a Cristo e tornou-se cristão, pode prosseguir por algum tempo sem tomar tempo para nutrir a alma, mas um dia acabará num deplorável montículo na calçada.
Ao estudar a vida de Jesus, você descobre que Ele frequentemente estava em comunhão com o Pai. As primeiras horas da manhã ou da noite, Ele as passava em oração a fim de receber poder para realizar Sua obra. Se Lhe era necessário fazer isto, quanto mais devemos nós passar mais tempo com Deus.
Quando Deus criou este mundo, mesmo antes da entrada do pecado, Ele separou um dia dos sete para especial comunhão com Seu povo. Há uma rica bênção espiritual para aqueles que, pondo de lado suas atividades seculares usam esse tempo para achegar-se mais a seu Amigo e Criador.
Em S. João 6, Jesus apresenta-nos a analogia entre a vida espiritual e a vida física. Assim como é insuficiente comer apenas uma vez por semana, não importa quão nutritivo possa ser o alimento, também não podemos esperar ter saúde espiritual alimentando-nos espiritualmente só uma vez por semana.
Desejo dar-lhe uma receita espiritual uma receita para uma radiante vida espiritual. É a seguinte: “Dedique tempo, a sós, no começo de cada dia, para buscar a Jesus mediante o estudo da Bíblia e a oração.” Vamos recapitular e considerar mais detidamente cada um destes pontos.
Dedique Tempo
Aprendemos que a salvação vem pela graça mediante a fé. Que é fé? Fé é confiança em Deus. Fé é confiança em outra pessoa. Por um momento pense em como você aprendeu a confiar em alguém neste mundo. Para confiar em alguém, você precisa de duas coisas: Primeiro, você precisa de alguém digno de confiança. Segundo, você precisa relacionar-se com essa pessoa. Daí você confiará nela espontaneamente. Por outro lado, se você conhece alguém indigno de confiança, você desconfiará dele imediatamente!
Mas a premissa do evangelho é que Deus é totalmente confiável. Portanto, tudo o que você tem de fazer para aprender a confiar nEle é buscá-Lo e conhecê-Lo. Como, porém, você conseguirá conhecê-Lo?
Bem, como chegamos a conhecer alguém? Temos de comunicar-nos com ele. E para comunicar-nos com ele, temos de tomar tempo. É tomando tempo para comunicar-nos com Deus que adquirimos confiança nEle. Assim, para “combater o bom combate da fé” (I Tim. 6:12), devemos envidar esforços para conhecermos pessoalmente o único que é digno de nossa confiança. É impossível desenvolver o relacionamento com alguém sem dispor de tempo para a comunicação mútua.
Tempo. Desejo afirmar a você que é neste ponto que deve centralizar-se todo deliberado esforço na vida cristã. Todo. Não dedico parte de meu tempo e esforço procurando ser bom, e parte dele ao relacionamento com Deus. Ponho todo meu determinado esforço em conseguir tempo para estar com Deus, e então, mediante uma experiência de fé e dependência dEle, Ele completa a obra da salvação em mim.
Quanto tempo? Bem, ler diariamente um trecho bíblico, com a mão na maçaneta da porta, não será suficiente. Da analogia que Jesus fez entre o alimento físico e o espiritual, aprendemos que devemos gastar pelo menos tanto tempo para alimentar nossa vida espiritual quanto o gastamos para alimentar nossa vida física. E que essa hora ou meia hora de meditação com Deus seja o tempo mais importante de nosso dia.
“Oh, não tenho tempo”, você diz. Se não tenho tempo para Deus, então não tenho tempo para viver. Acredita nisto? Você sabe que se tem provado ao público em geral que, para a televisão, o tempo não é problema. Cumpre-se de modo atual, o velho adágio que diz que você sempre tem tempo para o que você considera realmente importante. Portanto, tome tempo para conhecer a Deus.
Tome Tempo, a Sós
Talvez você já tenha escutado a história do homem que vivia constantemente preocupado. Os amigos começaram a temer que, devido a tanta preocupação, ele baixasse logo à sepultura. Começaram a ficar preocupados acerca da preocupação daquele homem!
Mas um dia um amigo o encontrou na rua e percebeu-lhe uma expressão totalmente diferente no semblante. Estava calmo, em paz. Então lhe perguntou:
– Que aconteceu? Você parece diferente!
– Afinal encontrei uma solução para minha ansiedade – respondeu o homem.
– Que maravilha! Qual é?
– Pago alguém para que se preocupe por mim.
– Jamais ouvi tal coisa. Quanto você paga? Disse o amigo.
– Quatrocentos dólares por mês.
– Quatrocentos dólares! – exclamou o amigo.
– Impossível! Como você pode pagar-lhe isso?
– Não sei – respondeu o homem.
– Isto é a primeira coisa com que ele tem de preocupar-se.
Parece ridículo supor que você pudesse alugar alguém para ficar preocupado em seu lugar. Seria ridículo imaginar que você pudesse pagar alguém para comer por você. Todavia no reino espiritual tem-se frequentemente aceitado a prática de pessoas dependerem de outrem para estudar, orar e buscar a Deus por elas.
A Bíblia nos ensina que cada um deve buscar a Deus por si. Vejamos antes de tudo S. João 1:43-45: ”No dia imediato, resolveu Jesus partir para a Galiléia, e encontrou a Filipe, a quem disse: Segue-Me. Ora Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro. Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas, Jesus, o Nazareno, filho de José.”
Ora, justamente ali Filipe estava demonstrando um pouquinho de imaturidade ou falta de percepção, não é mesmo? Ele devia ter dito: “Jesus do Céu, o Filho de Deus.” “Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê.” Verso 46. Eis a frase: “Vem e vê”. Qualquer erro que Filipe cometera antes, isto o compensou.
Você jamais falhará se você for e vir por você mesmo. Natanael foi e viu por si mesmo, e tornou-se leal seguidor do Senhor Jesus.
Neste mesmo capítulo, já estudamos a história da mulher samaritana que teve um encontro com Jesus junto a um poço.
Frequentemente as pessoas se impressionam com coisas sensacionais, espetaculares. Por isso muitos creram devido ao testemunho da mulher. E quanto ao que sabemos a seu respeito, ela não era provavelmente pessoa digna de crédito. Alguns, porém, acreditaram por uma razão superior.
Atente para o resto da história: “Vindo, pois, os samaritanos ter com Jesus, pediam-Lhe que permanecesse com eles; e ficou ali dois dias. Muitos outros creram nEle, por causa de Sua palavra, e diziam à mulher: Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.”Versos 40-42.
Acha-se registrado em Atos 17:11 que as pessoas de Beréia eram mais nobres do que as de Tessalônica porque estudavam as Escrituras para descobrir por si mesmas “se as coisas eram de fato assim”. E em II Tim. 2:15, Paulo recomenda a Timóteo: “Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” Devemos levar muito a sério nosso relacionamento com Deus.
Tempo a sós. Devemos estudar a Palavra por nós mesmos e orar a sós. Somente então o culto familiar e o culto público adquirirão significado. Separada da vida devocional particular de cada indivíduo, a adoração pública tornar-se-á mera formalidade ou rotina. É quando mantemos um relacionamento mútuo com Deus, que chegamos a conhecê-Lo por nós mesmos.
No Começo…
No Salmo 5:1-3, lemos: “Dá ouvidos, Senhor, às minhas palavras e acode ao meu gemido. Escuta, Rei meu e Deus meu, a minha voz que clama, pois a Ti é que imploro. De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã Te apresento a minha oração e fico esperando.”
Outro texto clássico sobre este assunto encontra-se em Isa. 50:4: “O Senhor me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos.”
Muitas passagens em Isaías, incluindo este verso, referem-se a Jesus. Muitas vezes é registrado o exemplo de Jesus orando, como em S. Mar. 1:35: ”Tendo-Se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto, e ali orava.” Daniel orava três vezes por dia: de manhã, ao meio-dia e à noite (Dan. 6:10). Somos convidados a seguir os exemplos registrados para nosso benefício (Ver II Tim. 3:16).
Se quero comunicar-me com Deus, ser sensível à Sua direção, depender de Seu poder e não do meu próprio, e se isto é uma questão diária, então não é demasiado tarde pedir Sua direção para o dia justamente antes de me deitar à noite? Se a religião é algo para cada dia, é bastante óbvio que necessitamos de poder. Coisa ridícula você preencher um cheque se você não tem dinheiro no banco. Em Hebreus 4 lemos que Jesus é fiel Sumo Sacerdote, “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança” (verso 15). E continua: “Cheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” Verso 16. Note a seqüência. Durante nosso tempo com Deus de manhã recebemos dEle poder para que durante o dia tenhamos provisão suficiente para suprir nossas necessidades.
Aqueles que têm tido dificuldade quanto à sua vida devocional e que se têm apoiado nos últimos momentos antes de ir para a cama, poderão descobrir que um dos maiores auxílios lhes será deixar esses momentos para a primeira coisa a fazer de manhã. Se tomamos nossa cruz diariamente, é mais sensato fazê-lo no início do dia.
… De Cada Dia
Uma das importantes razões para fazer do encontro com Deus a primeira coisa de cada manhã é estabelecer o propósito de firmeza. O testemunho geral que tenho muitas vezes ouvido é que quando o tempo a sós com Deus é deixado para o último momento antes de deitar-se, torna-se espasmódico, às vezes sim, às vezes não.
O objetivo da comunhão diária com Deus é a comunicação. É desnecessária a pergunta: “Que acontece se falho um dia?” Esta não é a questão. O importante é o padrão estabelecido. Se mantiver uma comunicação regular, você terá um relacionamento. Isto é verdade com outras pessoas, a o é também com Deus. Se sua comunicação é apenas esporádica, o relacionamento será prejudicado. É possível que apenas por um dia você se distancie de Jesus, e poderá levar tempo para recobrar a paz que você perdeu. Dá-se isso porque Deus gosta de brincar de esconde-esconde, ou talvez para punir você por sua negligência de um dia? Não. Quando, porém, negligenciamos nossa comunhão pessoal com Deus, há um inimigo que tira o maior proveito; não é mesmo?
O diabo usará qualquer manobra possível para separar-nos de Jesus e manter-nos a distância dEle. Veremos mais alguns dos seus métodos no Terceiro Dia. Quando descuidamos de nossa comunhão pessoal com Deus, Satanás faz todo o possível para que a separação continue. Nossa única salvaguarda consiste em dar a Deus a prioridade cada dia, aconteça o que acontecer. E ao buscá-Lo cada dia, nossa amizade e companheirismo com Ele se aprofundarão.
Não somos salvos por nossa vida devocional. Somos salvos pela nossa aceitação do sacrifício que Cristo fez por nós na cruz, e por continuarmos aceitando-O diariamente. Visto, porém, que muitos cristãos permitem que se extinga seu relacionamento com Cristo, sua segurança também desaparece. Frequentemente Jesus é pouco conhecido mesmo entre Seus professos seguidores. Não admira, portanto, que lhes seja difícil confiar nEle para a salvação. Quando, porém, cada dia dedicamos algum tempo para meditar sobre o Seu amor, fica muito mais fácil conservar esse amor vivo em nossa mente e crer na Sua amorosa aceitação.
Buscar a Jesus
João, o amado, andou com Jesus durante três anos. Sabia o que significava comer com Ele, viajar com Ele, tocá-Lo, ajudá-Lo em Suas necessidades diárias. E por três anos João discutia com os outros discípulos acerca de qual deles seria o maior. Por três anos ele era ainda filho do trovão.
Aqueles que pensavam que pela conversão e por andar com Jesus, alguém pode ser transformado da noite para o dia (e se isto não acontece, não houve experiência genuína), fariam melhor em olhar novamente para João, Pedro e os outros discípulos. Mesmo no cenáculo, na noite anterior à crucifixão, eles ainda contendiam acerca de qual deles seria o maior. Sabiam que estavam errados, mas continuavam a discutir, mesmo sentindo-se envergonhados. Mas Jesus os tratou com bondade e paciência, e mesmo depois de ter voltado para o Céu, João e os outros continuaram a andar com Ele.
Anos mais tarde João escreveu em sua epístola geral: “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam com respeito ao Verbo da vida… o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo.” I S. João 1:1-3. João disse, anos depois que Jesus retornara ao Céu: ”Temos comunhão com Jesus Cristo.”
Você também pode ter comunhão com Cristo. Este é o propósito da vida devocional. E o andar, falar e comungar com Ele visam à comunhão. Em toda a nossa experiência devocional o convite, o desafio, é ler com o objetivo de nos comunicarmos, de termos comunhão com Jesus. “Queremos ver a Jesus.” S. João 12:21. Ora, se aceitamos isso como verdade, vai produzir alguma influência no que lemos.
Não faz muito tempo, eu estava lendo o livro de Juízes. Gosto de ler um pouco do Velho Testamento, junto com o Novo. Na primeira parte de Juízes li acerca das muitas batalhas e vitórias e conquistas dos povos de Canaã. Na segunda parte, li sobre os meticulosos limites estabelecidos. A descrição dos territórios de cada tribo, como as fronteiras da tribo de Benjamim iam de uma parte a outra, incluindo isto e aquilo. Depois de ler alguns capítulos achei difícil ver Jesus ali.
Há tempo e propósito para o estudo de cada livro da Bíblia, mas se o objetivo principal da vida devocional é buscar a Jesus, a que dedicarei mais tempo? Ao estudo da última parte do livro de Juízes, ou do Sermão do Monte? É possível que os Dez Mandamentos se tornem uma arma letal nas mãos de alguém que não sabe sentar-se com Maria aos pés de Jesus e aprender de Seu amor e bondade. A lei e o evangelho devem andar juntos. É buscando Jesus onde Ele é mais claramente revelado que gozamos comunhão com Ele e crescemos mais e mais à Sua semelhança. O propósito da vida devocional é aprender a conhecê-Lo e a nEle confiar mais plenamente.
Mediante o Estudo da Bíblia
Como estudar a Bíblia a fim de alcançar uma expressiva vida devocional? Salientemos o fato de que você olha primeiramente para Jesus. A vida eterna não resulta de simples pesquisa das Escrituras. Leia S. João 5:39 e 40. Os líderes religiosos pesquisavam muito as Escrituras. Mas assim mesmo rejeitaram a Jesus e recusaram-se ir a Ele. Indo a Jesus temos vida; as Escrituras são primariamente um meio de chegarmos a Ele.
Havia um fariseu, chamado Nicodemos, que foi ter com Jesus à noite. Em essência, eis o que ele disse ao Mestre: “O Senhor é um grande Mestre, e eu não sou tão mau. Pertenço ao Sinédrio. Vamos ter um debate.”
Jesus disse: “Você precisa nascer de novo.”Isto se encontra no terceiro capítulo de S. João. Visto que não estava ainda convertido, Nicodemos não podia compreender as coisas do reino de Deus. Em I Cor. 2:14 lemos: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente.”
A compreensão das Escrituras depende não tanto do esforço intelectual empregado na pesquisa, mas do fervente anseio por justiça. O homem carnal está em inimizade contra Deus. Se ainda não nascemos de novo, invariavelmente usamos a Palavra de Deus unicamente para informação. É quando nascemos de novo que somos pela primeira vez capacitados a experimentar a comunhão com Cristo mediante as Escrituras. E o objetivo principal do estudo da Bíblia não é informação, mas sim comunicação.
A Bíblia não é fundamentalmente um compêndio de História. Ao lê-la, coloque-se no quadro. Se você está lendo sobre a mulher junto ao poço, você é essa mulher. Você é um daqueles que estão buscando satisfazer os anseios do coração com as coisas do mundo. Você é um dos que estão procurando algo melhor. E você é um daqueles que afinal se encontram face a face com o próprio Cristo. Se você lê a respeito da ovelha perdida, você é a ovelha perdida. Você é um daqueles que o Pastor veio buscar. Você é um dos que Ele carrega aos ombros para a segurança do aprisco. Ao ler sobre o ladrão na cruz, você é o ladrão na cruz. Você é aquele que diz: “Jesus, lembra-Te de mim.” S. Luc. 23:42. E a você é dada a resposta: “Estarás comigo no paraíso.” Verso 43.
Às vezes as pessoas indagam: “Que devo fazer quando minha mente começa a divagar?” Bem, permita-me fazer-lhe uma pergunta: Quando você estava no colégio e tinha que estudar a matéria maçante, o que você fazia quando sua mente vagueava? Atirava o compêndio na cesta de lixo e abandonava o colégio? ou você persistia relendo o texto até compreendê-lo bem?
Se as lições no colégio têm que ver com apenas nossos setenta anos, e as Escrituras lidam com a eternidade, você não deveria pelo menos dar à Bíblia o mesmo valor dado aos livros escolares?
O propósito principal do estudo da Bíblia é entrar em comunhão e companheirismo com Jesus. Quando, ao abrir a Sua Palavra você suplica a Sua presença, e coloca-se no quadro para compreender o que Ele diz a você cada dia, então você chega a conhecê-Lo melhor e tem mais confiança nEle.
… e Oração
O que torna a igreja cristã diferente de um clube, ou associação, ou organização secular, é a oração. É a oração que estabelece a diferença entre o Cristianismo e as outras religiões do mundo. Sem oração, nada mais temos senão um Livro de informação e um credo pelo qual viver. Mas o fato de que podemos realmente falar com Deus, comunicar-nos com Jesus Cristo, faz da oração a prioridade máxima na vida cristã.
Voltemos a S. Lucas 18:10-14 a fim de fazer melhor colocação deste assunto e sua importância.
Um dos primeiros pré-requisitos para uma significativa vida de oração é a humildade. Somente a pessoa que deu os passos em direção a Cristo, que foi convencida de que é pecadora e impotente para salvar-se a si mesma, torna-se humilde e submissa a Cristo. Seria possível a uma pessoa jamais compreender o mais profundo significado da oração porque nunca foi a Cristo? E bem possível.
Uma vez, porém, que entendamos que a base completa da vida cristã é a comunhão com Cristo, e vamos a Ele para sermos salvos, somos capacitados a orar como convém. Foi quando admitiu sua condição pecaminosa e foi ter com Deus suplicando misericórdia, que o publicano foi justificado.
Uma das ideias comuns sobre oração é que seu principal objetivo é conseguir respostas. Eu gostaria de afirmar que, se seu propósito em orar é obter resposta, não levará muito até que você pare de orar. Ter a vida eterna significa estar envolvido em conhecer a Deus. Este é o objetivo maior da oração. E principalmente para comunhão, comunicação – e não para obter respostas.
Quanto tempo durariam suas relações humanas se seu único propósito em falar com outros fosse obter respostas, e conseguir deles alguma coisa? Ora, conversamos com nossos amigos justamente para manter a amizade. O mesmo deve acontecer quanto à oração. Jesus disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” S. Mat. 6:33. Isto se refere às necessidades da vida. Deus conhece nossas carências. A finalidade precípua da oração não é pormenorizar nossas necessidades para Deus. E desenvolver e manter amizade com Ele.
Esse assunto, sobre a oração, é inexaurível. Livros inteiros têm sido escritos a respeito, e têm apenas tocado a superfície. Mas há outro ponto que eu gostaria de mencionar brevemente agora, isto é, não devemos ter pressa quando oramos. Muitos, mesmo em períodos devocionais, deixam de receber a bênção da verdadeira comunhão com Deus. São demais apressados. Com passos rápidos penetram no círculo da amorável presença de Jesus, demorando-se talvez alguns momentos no recinto sagrado, mas não esperam os conselhos divinos. Não têm tempo para demorar-se com o divino Mestre. E voltam ao trabalho carregando suas cargas. Esses jamais alcançarão maior êxito a menos que aprendam o segredo da fortaleza. Devem tomar tempo para pensar, orar, esperar em Deus por uma renovação de suas forças físicas, mentais e espirituais. Não ficar apenas um momento na presença divina, mas manter contato pessoal com Deus – eis nossa necessidade.
Orar sem pressa é um dos maiores segredos de ter comunhão pessoal com Cristo.
A Vida Devocional
Desejo concluir recapitulando brevemente a típica vida devocional esboçada nesta receita espiritual.
No início do seu dia, na hora propícia de acordo com suas ocupações, procure algum lugar em que possa estar só. Antes de tudo, faça uma breve oração suplicando a guia do Espírito Santo, a fim de ser dirigido em sua comunhão com Deus. Então estude algo sobre a vida de Cristo, focalizando Jesus, e coloque-se no cenário com Ele. Então você se verá novamente dando os passos em direção dEle para aquele dia, convencido de que é pecador, impotente para salvar a você mesmo, e se submeterá ao controle divino.
Depois de meditar no trecho do dia, faça uma oração mais longa, falando com Deus a respeito do que você leu. Isto reaviva sua hora diária de oração, e impede que se torne mera rotina, apenas a repetição de certas frases decoradas.
Após ter falado com Deus a respeito do que você leu, acrescente os pedidos que você sentir necessários, tanto por você mesmo quanto por outros. Ao terminar sua oração, faça uma pausa e espere. Continue em atitude de prece e aguarde para ver se Deus quer comunicar-lhe algo também.
Creio que Deus nos fala através da nossa mente. Às vezes você terá consciência disso, outras vezes não. Mas se você permanecer de joelhos e permitir que Deus impressione sua mente, você descobrirá que às vezes Ele tem mensagens especiais para você, percepções de verdades espirituais, ou convicções quanto aos planos divinos para você nesse dia.
E se Não Der Resultado?
Frequentemente tenho ouvido dizer: “Tentei praticar essa vida devocional, mas não funciona.” E tenho respondido: “Por quanto tempo você experimentou?” “Por três dias.”
Ora, não esperamos que nossas relações humanas se desenvolvam tão rápido! Como podemos esperar que nosso relacionamento com Deus amadureça em tão curto tempo? A única conclusão a que você pode chegar é que se você se propuser firmemente de agora em diante a passar cada dia um tempinho a sós com Deus, e se continuar fazendo isso até Jesus voltar, então você chegará a conhecê-Lo, e esse conhecimento significa vida eterna.
Você deseja conhecer a Deus? Tome tempo, a sós, no início de cada dia, para buscar Jesus mediante o estudo da Sua Palavra e a oração. E você terá comunhão íntima com o melhor Amigo de Sua vida.
“Que passos devo dar para ir a Cristo?
Como posso saber que estou salvo?
Como posso manter um relacionamento pessoal com um Deus que não posso ver nem ouvir?“
Maravilhoso!!!!
Aceitar a Cristo é compreender qual a minha parte e qual a parte de Deus. "Minha parte é correr, e a de Deus é apanhar-me!" Quem pode dizer que é diferente disto?
O Evangelho nunca nos abandona, ao contrário, vai sempre a nossa procura.
Um verdadeira benção essa fatia de pão…
“S. João 6:44, Jesus diz: "Ninguém pode vir a Mim se o Pai que Me enviou não o trouxer." A salvação constitui iniciativa de Deus, e não do homem. Jeremias 31:3 diz: "Com amor eterno Eu te amei, por isso com benignidade te atrai." E a benignidade de Deus se estende a cada pessoa. Não são alguns destinados para serem salvos, e outros designados para as chamas do inferno. Todos são atraídos por Deus. Somente aqueles que persistentemente rejeitam a esse amorável poder de atração não irão a Ele para serem salvos.”
Todavia, ao sermos atraídos para Cristo, cumpre-nos dar alguns passos. (…)
Em primeiro lugar, vem o desejo de algo melhor.
Segundo, vem o reconhecimento do que é o melhor.
Em terceiro, a convicção de que somos pecadores.
Quarto, chegamos a compreender que somos incapazes de fazer qualquer coisa quanto à nossa condição.
E, finalmente, cedemos – ou desistimos, como se diz nos círculos cristãos, nos rendemos. Desistimos de julgar-nos capazes de salvar-nos a nós mesmos, e então vamos a Cristo justamente como somos”.
O que posso dizer mais para vcs é que tenho chegado a conclusão de que o viver é Cristo e o que me resta é viver em consequência desse aprendizado…
Deixo como pensamento para mim mesma para as horas que se seguirão deste dia, a seguinte citação do autor:
"Eu costumava pensar que para ser cristão bastava esforçar-me para levar uma vida decente, e se tomasse algum tempo extra para ler a Bíblia e orar um pouco, agradaria a Deus! Só muito tempo depois descobri que a comunhão com Deus é a base total da vida cristã. Isto é tudo. Não há opção. Não se trata de algo que eu possa escolher tomar, ou tirar. E enquanto não compreender e aceitar esta premissa, não farei tudo que puder, pela graça divina, para conseguir uma significativa comunicação com Deus.
Não é possível conhecer a Deus e relacionar-se com Ele sem que você dedique tempo para estarem juntos. É muito simples."
12 de novembro de 2010 08:52
Atenção deslocamos os comentários da página isolada de comentários porque liberamos esta para que os comentários pudessem ser postados diretamente na página da leitura.
Pedro disse…
.
.
Rutn
Uma questão de ponto de vista!
Entendo como sendo um excesso de zelo a preocupação de vocês.
Para todo autor de obra literária, só é maior que o desejo de que ela seja lida, analisada e criticada, a esperança de que as críticas positivas sejam superiores às contrárias.
Por outro lado, nenhum autor “estará acompanhando às possíveis observações dos leitores”, à sua obra. A menos que ela não transcenda os limites do fundo do seu quintal, o que certamente não é o caso, aqui.
Não se preocupem, não há nesse proceder nenhuma falta de ética e nem de respeito. Ele, se tomar conhecimento da iniciativa de vocês em divulgar a sua obra, só terá motivos para agradecer-lhes.
.
.
12 de novembro de 2010 19:20
Pedro disse…
.
.
Rapidinhas sobre o primeiro dia:
– “(…) Por conseguinte, não é necessário proceder-se a um ritual para ou pelo bebê para que ele seja salvo, visto que ele não é responsável pelo seu nascimento neste mundo de pecado. Ninguém é responsabilizado por isso até que tenha a oportunidade de compreender inteligentemente o problema, ver sua própria condição e o que pode ser feito para corrigi-la. Então aí começa a sua responsabilidade.”
Nos meus modestos comentários sempre enfatizo que CONHECER A DEUS É TUDO.
O conhecimento do Divino é o passaporte para o entendimento libertador. Insisto que todo erro é fruto da falta de conhecimento, é ignorância.
Segundo pude entender, o meu entendimento é plenamente confirmado pelo texto acima!
– “Como Deus É Revelado
Uma das maneiras de relacionar-nos com Deus é procurá-Lo revelado na Natureza.
É muito importante a revelação que a Natureza nos dá de Deus.”
A fé não é cega, é uma convicção fundamentada na análise do que se ouve, ler, ver e sente.
Entendo que a minha fé é o resultado do que sinto diante das convicções a que chego analisando o que ouço, o que leio e principalmente o que vejo.
Gostei, valeu!
.
.
12 de novembro de 2010 19:24
Pedro disse…
.
.
Segundo dia
– “Às vezes nosso conhecimento de Deus é limitado, como o era o da mulher samaritana.”
– “Contudo, podemos sentir-nos gratos pelo conhecimento que temos de Deus. Pequeno conhecimento dEle é melhor que nenhum. Graças a Deus pelo que, como meninos e meninas, temos aprendido a respeito de Seu amor. Seja qual for nosso conhecimento de Deus, o Espírito Santo pode usá-lo para levar-nos a um relacionamento mais íntimo com o Senhor Jesus.”
A chave de tudo é conhecer a Deus. E quanto mais, melhor!
– “Mas o ponto principal é que somos impotentes para, separados de Deus, produzir genuína bondade ou justiça.”
Ninguém consegue se separar de Deus, essa não é uma prerrogativa do homem. A não ser que Davi estivesse errado, e que Deus não seja onipresente!
Desejo – Conhecimento – Convicção – Sentir-se desvalido – Entrega.
Observe-se, convicção vem depois de conhecimento. Ninguém pode se converter àquilo que não conhece. Dizer que alguém precisa se converter para então conhecer a Deus, é uma inversão de valores.
.
.
12 de novembro de 2010 19:30
Pedro disse…
.
.
– “Outra forma de expressar isso é que se você não nascer de novo, não poderá sequer compreender a graça divina em sua plenitude, ou o que significam a cruz e a salvação”
– “Antes de alguém considerar importante seu relacionamento com Deus, para conhecê-Lo, é essencial o novo nascimento.”
Conversão, novo nascimento, transformação são efeitos. Todo efeito é precedido de uma causa. Nesse caso, o conhecimento.
– “Visto que o conhecimento de Deus é a base completa da vida cristã, se alguém ainda não nasceu de novo vai ter muita dificuldade em tentar vivê-la.”
Aqui, a ordem dos fatores altera o resultado. A ordem direta é: primeiro: conhecimento, depois: conversão e finalmente: o Caminho, a Verdade e a Vida.
– “Mas ele se referia ao fato de que, separados de Deus, somos pecadores por natureza”
Ninguém jamais conseguirá a proeza de ficar um instante sequer separado de Deus.
– João 17:3: "E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. "
CONHECER A DEUS É TUDO!
– “Freqüentemente Jesus é pouco conhecido mesmo entre Seus professos seguidores. Não admira, portanto, que lhes seja difícil confiar nEle para a salvação. (…) É quando nascemos de novo que somos pela primeira vez capacitados a experimentar a comunhão com Cristo mediante as Escrituras (…)”
Conheceu, nasce de novo e confia.
(…) então você chegará a conhecê-Lo, e esse conhecimento significa vida eterna.”
Fechando com chave de ouro!
.
.
Muito bom! Em sua apologia ao conhecimento de Deus, o autor mostra, e incentiva, diversas formas de como alcança-Lo. Embora faça ressalvas a algumas das suas formas de expressão, considero esse trabalho uma excelente fonte de evangelização.
Fraternalmente
.
.
12 de novembro de 2010 19:34
Vejo,Pedro, que estamos alcançando nossos objetivos.
"Pudim" é um alimento bom demais! O Pão então!!!
Mas, nada se compara ao sabor do compartilhar!
13 de novembro de 2010 14:08