II- O Debate continua: É o homem imortal?

Este texto é uma sequencia que se fez necessária a partir dos questionamentos do nosso querido leitor Pedro.
Parte I – É o homem imortal? 

Lembrando que o assunto também gerou um outro texto:

Você disse Pedro: “Sei que às vezes sou excessivamente contundente, porém o faço confiante na amizade fraternal que nos liga. Sei que os nossos objetivos são comuns: queremos partilhar o que temos de melhor, segundo o nosso entendimento.”
Mas, não se preocupe, Pedro, nossa proposta é exatamente essa. Que esse blog seja num espaço livre para a reflexão. Sinta-se realmente em casa. Seus comentários e perguntas não nos constrangem. Ao contrário, nos convidam a refletir.
Eu afirmei: “A imortalidade prometida pelo Criador à humanidade estava realmente sob a condição da obediência e, portanto, foi perdida pela transgressão.”
E você pergunta:
1 – “E a que estava condicionada a obediência? Qual a condição “sine qua non” para que se obedeça?
Compreendo que a obediência estava condicionada à confiança e a condição sine qua non para que esta obediência se efetivasse era o reconhecimento de que Deus era digno de confiança. O temor-pavor não cabe aqui, mas o temor-amor sim.
2- “Entendo que por mais que eu seja fiel a João, por maior que seja o meu amor por ele, por mais que eu queira obedecê-lo, é impossível que eu o consiga fazer, se não conheço plenamente o João. É indispensável que eu conheça a João e as coisas que lhe dizem respeito, a fim de que possa fazer tudo de acordo com o seu gosto, com o seu querer. E, João não pode censurar-me por lhe desagradar naquilo que eu não conheço.”
O conhecer alguém pressupõe convivência, diálogo, relacionamento. E isto se aplica também a Deus. Obedecê-LO ou não é basicamente a consequência da natureza desse relacionamento.
Posso desobedecê-LO por pura negligência, apesar de estar consciente de Sua existência. Posso desobedecê-LO por pura insubordinação, devido a minha arrogância. Ou simplesmente porque não desejo que Ele seja real. Nego intelectualmente Sua existência, porque não quero compromisso moral com um Ser que se proclama a verdade absoluta e eu prefiro relativizar. É mais confortável.
Um ateu não se comporta com justiça quando afirma que um Deus que ele acredita não existir é injusto, vingativo e sangrento. Isto é contraditório em duplo sentido. Primeiro, porque se ele não crê na existência desse Ser, ele não pode atribuir características ao inexistente. Segundo, porque ele não tem a prática do relacionamento. Como pode, pois atribuir-lhe senso de justiça ou injustiça?
Neste ponto, concordo com você quando diz que “é impossível que eu o consiga fazer [obedecê-Lo], se não conheço plenamente o João.”
Em todos os sentidos, conhecer Deus é tudo. Afinal, é disto que resultará minhas ações de justiça. O meu processo de vida. Um processo que resultará na minha morte ou na minha vida eterna. Não há terceira via. É crer ou não crer.
A solução para esta questão existencial passa pelo conhecimento de Deus sim. O cristão não está se comportando honestamente quando vive um exercício prático de fé divergente do conhecimento que ele tem de Deus.
Com relação ao pecar por ignorância, a Bíblia diz como Deus tratava com esse pecado:
Levítico 4:2-35; 5:15-18, Números 15:24-29 e Ezequiel 45:20, nos falam desse tipo de pecado como um pecado que recebia perdão por parte de Deus, mas que exigia o seu preço como qualquer outro pecado. As ofertas pelas culpas próprias ou alheias eram obrigatórias como expiações. Isto me diz que a ignorância não tira a característica do pecado. Embora involuntariamente, cometia-se um pecado.
Chamo a atenção para Números 15: 29: “Para o natural dos filhos de Israel e para o estrangeiro que no meio deles habita, tereis a mesma lei para aquele que isso fizer por ignorância.”
Perceba que a lei que julga o pecado por ignorância é universal. Deus considera assim os pecados humanos. O pensamento divino mudou no Novo testamento? Não. Veja:
Atos dos Apóstolos
3:17 “E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também as vossas autoridades; (…)Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados”
17:30 “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam;
Efésios 4:17-19 “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza.”
1 Timóteo 1:12-13 “Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério, a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade.”
Hebreus 9:6-7 “Ora, depois de tudo isto assim preparado, continuamente entram no primeiro tabernáculo os sacerdotes, para realizar os serviços sagrados; mas, no segundo, o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não sem sangue, que oferece por si e pelos pecados de ignorância do povo,” 
1 Pedro
1: 13-16 “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.”
2:15 “Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos;”
Este verso fecha com chave de ouro o entendimento que mesmo os pecados por ignorância são pecados diante Daquele que é perfeito. Mas, por misericórdia Ele intervém e nos dá o Seu perdão.
O mérito está totalmente na bondade de Deus e não “na possível desculpa” da nossa falta de conhecimento.
E aqui cabe mais uma pergunta. Está o problema na falta de conhecimento ou na negligência do conhecimento que se tem?
Penso sinceramente que há um pressuposto indispensável no conhecer Deus. Separar Deus dos homens é fundamental. Não podemos julgar a justiça divina baseados no nosso conceito humano de justiça. A Bíblia declara que:
“Ele [Abraão] creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça.” (Gênesis 15.6)
“Na vereda da justiça, está a vida, e no caminho da sua carreira não há morte.” (Provérbios 12:28)
“O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra.” (Provérbios 21:21)
“Exercitar justiça e juízo é mais aceitável ao SENHOR do que sacrifício.” (Provérbios 21:3)
“Será por nós justiça, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos perante o SENHOR, nosso Deus, como nos tem ordenado.” (Deuteronômio 6.25)
“Quando, pois, o SENHOR, teu Deus, os tiver lançado de diante de ti, não digas no teu coração: Por causa da minha justiça é que o SENHOR me trouxe a esta terra para a possuir, porque, pela maldade destas gerações, é que o SENHOR as lança de diante de ti. Não é por causa da tua justiça, nem pela retitude do teu coração que entras a possuir a sua terra, mas pela maldade destas nações o SENHOR, teu Deus, as lança de diante de ti; e para confirmar a palavra que o SENHOR, teu Deus, jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó. Sabe, pois, que não é por causa da tua justiça que o SENHOR, teu Deus, te dá esta boa terra para possuí-la, pois tu és povo de dura cerviz.” (Deuteronômio 9:4-6)
“Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto.” (Deuteronômio 32:4)
“Perverteria Deus o direito ou perverteria o Todo-Poderoso a justiça?” (Jó 8.3)
“Pelo que vós, homens sensatos, escutai-me: longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do Todo-Poderoso o cometer injustiça.” (Jó 34:10)
“Achas que é justo dizeres: Maior é a minha justiça do que a de Deus?” (Jó 35:2)
“De longe trarei o meu conhecimento e ao meu Criador atribuirei a justiça.” (Jó 35:2)
“Ao Todo-Poderoso, não o podemos alcançar; ele é grande em poder, porém não perverte o juízo e a plenitude da justiça.” (Jó 37:22)
Alguém poderia dizer com certeza quanto tempo se passara entre a criação do homem e sua queda? Acho que ninguém poderá fazê-lo. Mas, há uma verdade que a Bíblia nos ensina:
“…ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.” (Gênesis 3:8)
O que isto nos ensina? Deus Se relacionava pessoalmente com o primeiro casal. Creio que seria impossível que Ele não lhes tenha falado sobre Seu inimigo.
Nossos primeiros pais conheciam somente a paz. Porém, eles duvidaram do amor de seu Criador ao dar ouvidos às acusações de Seu inimigo. Foi assim que a rebelião manchou nosso mundo. Não podiam mais permanecer no Jardim, pois este havia sido dado como um presente especial de Deus. O Jardim era um pequeno “pedaço do Céu” na Terra, pois a Bíblia diz que Deus passeava nele ao cair da tarde.
Não é, portanto, simplesmente uma questão de ignorância. Para esta Deus aprontou uma solução eficaz: a Sua misericórdia e consequente perdão. É uma questão também de arrogância humana. Há uma forte tendência humana de achar que o mundo perfeito é um mundo sem Deus, sem religião, sem regras espirituais.
Outra coisa, não foi Deus quem rompeu a comunhão. Foi o casal. Eles se esconderam. Deus é quem foi à procura deles. Sempre foi assim. É assim em nossos dias. Por isso, não creio que todos os caminhos levem a Deus, mas creio que Deus passeia por todos os caminhos em busca daqueles que desejam ser Seus.
Loron Wade em seu livro “Os Dez Mandamentos” diz o seguinte:
“Dar a Deus o Seu lugar como soberano significa que não tentaremos sujeitá-Lo às nossas ideias preconcebidas de como Ele é ou de como deve fazer as coisas. E descartaremos a ideia de que podemos crer nEle só até onde pudermos compreendê-Lo. Se fôssemos fazer isso, então o ponto de partida da fé seria o ateísmo, e avançaríamos na direção da fé somente por esforços racionais. Além disso, Deus seria limitado pela nossa capacidade intelectual. Então, o que estaríamos adorando não mais seria Deus, mas algo finito, porque conheceríamos o Seu comprimento, largura e altura, Seu princípio e Seu fim.” (…)
“O conhecimento de Deus não começa com a razão humana, mas com a revelação. Isto é, Deus precisa primeiro revelar-Se. Não podemos descobri-Lo por meio de nossos próprios esforços. E essa revelação de Deus teve a expressão máxima em Jesus Cristo.” (pág. 18)
A solução para o conhecer Deus parece que faz uma exigência: a descida do pedestal. Como disse o pastor Venden: “O discernimento da necessidade é que nos faz buscar a Deus.”

Então, a “solução” para as questões de Deus em nossas vidas é termos consciência do que Ele realmente significa em nossa vida. Percebê-Lo como Soberano apesar de não podermos compreendê-Lo com a nossa intelectualidade e aceitar que não é somente a nossa racionalidade que trará respostas às nossas questões, mas a Sua bondade (graça) em querer revelar-Se.
Não acredito que o SENHOR queira de mim um papel de advogada Sua. Não! Compreendo que o que Ele espera de mim é que eu seja Sua testemunha. Viva os Seus ensinamentos para que eu possa ser uma expressão também do Seu imensurável amor. E através do meu viver outros venham a desejar conhecê-LO.
Qual o caminho da verdade então? A Bíblia também dá a resposta:
“Oferecei sacrifícios de justiça e confiai no SENHOR.” (Salmos 4.5)
Pois, “Ele ama a justiça e o direito; a terra está cheia da bondade do SENHOR.” (Salmos 33:5)
… porque ele vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, com eqüidade.” (Salmos 98:9)
“Bem-aventurados os que guardam a retidão e o que pratica a justiça em todo tempo.” (Salmos 106:3)
Faço coro com você:
“Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos;” (Ezequiel 33:11)
Jesus está clamando: – Busquem a Mim, procurem conhecer-Me e Eu vos libertarei da ignorância que vos escraviza.
Não há conversão sem que antes haja conhecimento. É indispensável que reconheçamos as nossas limitações gerais, e que conheçamos a Deus. É impossível conhecer a Deus e não amá-LO, e não segui-LO!”
P.S: Pedro, os seus comentários sobre o Inimigo de Deus serão abordados no tema Deus e o Mal. Não se preocupe eles estarão presente na discussão.
Ruth Alencar 

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18 respostas para II- O Debate continua: É o homem imortal?

  1. Pedro diz:

    Dileta irmãzinha Ruth

    A minha fé se fundamenta nas minhas convicções, e as minhas convicções se fundamentam na análise do que ouço, do que leio e principalmente no que vejo.

    – Creio que Deus é o eterno EU SOU, que tudo provém d’Ele e que Ele é absolutamente imutável.
    – Creio que a Sua misericórdia é infinita, e que graças a ela existimos, subsistimos e teremos vida eterna.
    – Creio que seremos eternos aprendizes, que a nossa falta de conhecimento, do Divino, é a causa de todo engano, creio que Deus perdoa o tempo da ignorância.

    Entendo que devemos dividir com os nossos irmãos o “pudim de morango caramelado” que o Senhor puser em nossa mesa.
    Admito que nem sempre o que entendemos ser um ”pudim” realmente o seja.
    Também, é possível que muitos digam que não gostam de “pudim”, simplesmente porque nunca provaram um.
    .
    .

    Analisando os seus escritos, cada dia mais me convenço de que eles são a expressão do mais puro sentimento do seu coração. Não há como por em dúvida a sua boa fé e consagração. O seu propósito evangelístico é incontestável. A sua paciência e humildade saltam aos olhos.
    Você é uma comilona, e distribuidora, de “pudim” Divino.

    Não tenho nenhum motivo para procurar fazer média com você, pois não é do meu feitio tal procedimento. Analiso o que vejo e falo o que sinto.

    .
    .

    Outro dia pedi encarecidamente que você analisasse de modo especial um texto de uma das suas preciosas meditações. Hoje, movido pela amizade e confiança fraternal que nos aproxima, volto a fazer-lhe a mesma solicitação em relação à mensagem acima.

    Uma linda meditação, citações valiosas, comentários emocionantes, interpretações… bem, gostaria que você as analisasse com o carinho que lhe é peculiar.

    Que Deus ilumine a mim e a você, com o Seu conhecimento.

    Fraternalmente, em Cristo Jesus.

    Pedro.

  2. Pedro diz:

    Repetindo

    .
    .
    Dileta irmãzinha Ruth

    A minha fé se fundamenta nas minhas convicções, e as minhas convicções se fundamentam na análise do que ouço, do que leio e principalmente no que vejo.

    – Creio que Deus é o eterno EU SOU, que tudo provém d’Ele e que Ele é absolutamente imutável.
    – Creio que a Sua misericórdia é infinita, e que graças a ela existimos, subsistimos e teremos vida eterna.
    – Creio que seremos eternos aprendizes, que a nossa falta de conhecimento, do Divino, é a causa de todo engano, creio que Deus perdoa o tempo da ignorância.

    Entendo que devemos dividir com os nossos irmãos o “pudim de morango caramelado” que o Senhor puser em nossa mesa.
    Admito que nem sempre o que entendemos ser um ”pudim” realmente o seja.
    Também, é possível que muitos digam que não gostam de “pudim”, simplesmente porque nunca provaram um.
    .
    .

    Analisando os seus escritos, cada dia mais me convenço de que eles são a expressão do mais puro sentimento do seu coração. Não há como por em dúvida a sua boa fé e consagração. O seu propósito evangelístico é incontestável. A sua paciência e humildade saltam aos olhos.
    Você é uma comilona, e distribuidora, de “pudim” Divino.
    Não tenho nenhum motivo para procurar fazer média com você, pois não é do meu feitio tal procedimento. Analiso o que vejo e falo o que sinto.

    .
    .

    Outro dia pedi encarecidamente que você analisasse de modo especial um texto de uma das suas preciosas meditações. Hoje, movido pela amizade e confiança fraternal que nos aproxima, volto a fazer-lhe a mesma solicitação em relação à mensagem acima.
    Uma linda meditação, citações valiosas, comentários emocionantes, interpretações… bem, gostaria que você as analisasse com o carinho que lhe é peculiar.

    Que Deus ilumine a mim e a você, com o Seu conhecimento.

    Fraternalmente, em Cristo Jesus.

    Pedro.

  3. Pedro,

    o conhecimento é progressivo…serei sempre uma aprendiz.

    É dito que é dando que se recebe. Eu compartilho as Palavras do meu Senhor porque elas são o que de melhor há em meu viver.

    O que me move é o prazer que tenho de falar do do meu Senhor e Amigo. Meu propósito é compartilhar, mas principalmente provocar reflexões pessoais.

    Fico feliz por suas participações e que o Senhor nos guie na verdade.

    um grande abraço

    PS. se não tenho conseguido captar a idéia do que vc tanto quer me chamar a atenção, dê-me uma luz.

  4. Anônimo diz:

    Esse questionamento da imortalidade do homem é decorrente da certeza,dúvida ou incredulidade?

  5. hehehehehehe…

    responde ai Pedro.

  6. Anônimo diz:

    Estou aguardando o Pedro responder…

  7. Anônimo, eu já enviei um e-mail para ele… agora é só aguardar.

  8. Pedro diz:

    .
    .

    Ruth

    Eu creio na existência do Eterno Eu Sou como fonte reveladora de todas as coisas. Creio na Sua perfeição, na onisciência, na onipresença e na onipotência.

    Imortalidade, pecado, perdão, mal, como tantas outras coisas, são questões que tento entender. Sou um aprendiz inconformado, vivo em busca de conhecimento que me permita mais e mais, a cada dia, conhecer o Deus em que eu creio, mas que conheço tão pouco.

    Como o processo de aprendizagem é extremamente dinâmico, as convicções de hoje podem ser as dúvidas de amanhã. Você já deve ter percebido que raramente faço afirmações categóricas, normalmente, destaco que “esse é o meu entendimento”, “ essa é a minha compreensão”, “são conjecturas”…

    Isto não deve ser entendido como inconstância, e sim como o dinamismo do aprendizado.

    Entendo que tudo é relativo, exceto Deus!

    “certeza,dúvida ou incredulidade?”

    Incredulidade não. Certeza absoluta, também não, porque o conhecimento é relativo. Onde não há certeza absoluta, existe dúvida.

    Fraternalmente.

    Pedro

  9. Pedro

    Não vou me estender muito porque quero dar oportunidade para que o” anônimo” ou “anônima” (risos) possa participar do diálogo, afinal é isto que estamos buscando neste blog, um diálogo com reflexão sobre o universo da fé.

    Você disse: “Como o processo de aprendizagem é extremamente dinâmico, as convicções de hoje podem ser as dúvidas de amanhã.”

    Compreendo o que você quer dizer quando afirma que “as convicções de hoje podem ser as dúvidas de amanhã”. Porém, gostaria de ressaltar alguns critérios ou princípios que devem ser observados com atenção em relação a essa relatividade nas convicções.

    Não o farei aqui. Elaborarei um texto sobre isto cujo título será: “O Evangelho segundo Paulo (parte 2): Mas eu sei em Quem eu creio.

    Aguarde…

  10. Anônimo(a)

    Deixo com você a liberdade de um espaço para seus comentários e o(a) convido a participar de forma efetiva neste espaço de debates. Estamos abertos para a reflexão. Seja bem-vindo(a).

  11. Anônimo diz:

    Pedro…

    “certeza,dúvida ou incredulidade?” –

    Incredulidade não. Certeza absoluta, também não, porque o conhecimento é relativo. Onde não há certeza absoluta, existe dúvida.
    **********

    O único conhecimento que é relativo, é o secular, porque é mutável! Se a nossa certeza é Jesus, então não há espaço para relatividade, porque ninguém teve a coragem de dizer de si mesmo, o que Ele disse: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" – João 14~6;"Conhecereis a Verdade e ela vos libertará"- João 8:32".

    Conhecimento secular não é o conhecimento da Verdade! A Verdade diz: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham eternamente"- João 10:10".

    Ora, se Ele veio a essse mundo para que tenhamos vida eterna está explícito que não a temos em nós mesmos!

    Isso é uma questão de fé e "a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus-Romanos 10:17".

    Que todos possam descansar na verdade absoluta que é Jesus!

  12. Pedro diz:

    .
    .

    Caríssimo Anônimo

    Obrigado pelos seus comentários.
    Permita-me acrescentar alguns esclarecimentos que, acredito, certamente irão mostrar que os nossos entendimentos não são antagônicos, apenas mostrados de formas diferentes.
    .
    .

    “Conhecimento secular não é o conhecimento da Verdade!
    O único conhecimento que é relativo, é o secular, porque é mutável!”

    Aqui, a tônica dos meus comentários gira em torno do que chamo de “Conhecimento do Divino”. Enfatizo que não se trata do conhecimento acadêmico, é o que sabemos sobre Deus.

    Vivemos num mundo secular, em permanente busca de conhecimentos. Como acontece com uma planta regada cuidadosamente, os nossos conhecimentos gerais crescem a cada dia, o que justifica a minha afirmação de que eles são relativos e dinâmicos.
    Isto engloba o conhecimento do que é secular e do que é divino.
    Observe-se, não é o Divino que é relativo, é o conhecimento que eu tenho d’Ele!

    Eu creio que Deus é o Eterno Eu Sou, porém, sei muito pouco a seu respeito. Vivo uma batalha incessante na busca de maiores conhecimentos sobre a Verdade, Verdade que é o Caminho e a Vida. Como resultado dessa busca, pela graça do Santo Espírito, a cada dia eu conheço um pouco mais dessa Verdade.

    Particularmente, não veja demérito nenhum nas mudanças de entendimento que me ocorrem em conseqüência do crescente conhecimento, tanto do que é secular, quanto do que é divino.

    Repito, creio que Deus é absolutamente imutável, porém o conhecimento que tenho sobre Ele é relativo e dinâmico.

    .
    .

    “Isso é uma questão de fé e ‘a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus’ – Romanos 10:17".

    Entendo que a minha fé é o resultado das convicções a que chego analisando o que ouço, o que leio e principalmente o que vejo.

    – Tenho ouvido, inclusive na igreja, coisas boas e coisas carentes de melhoria.
    – Tenho lido muita coisa boa e, também, muita coisa ruim.
    – Vejo a todo instante algumas coisas ruins, todas procedentes dos homens, e um infinito de coisas boas reveladas por Deus.

    Acredito que está no que vejo a razão maior da minha fé!

    Fraternalmente.

  13. Anônimo diz:

    Pedro…

    "Entrei de gaiato no navio" onde estava vc e Ruth, mas creio que sempre "cabe mais um", não é mesmo!?… Bandeira branca!

    Muito bem exposto seus argumentos. Os itens 1, 2 e 3 me despertaram a atenção, portanto ofereço-te como sobremesa, os meus complementos (a,b,c), extraído das Escrituras…

    1.Observe-se, não é o Divino que é relativo, é o conhecimento que eu tenho d’Ele!…porém, sei muito pouco a seu respeito. Vivo uma batalha incessante na busca de maiores conhecimentos sobre a Verdade… Como resultado dessa busca, pela graça do Santo Espírito, a cada dia eu conheço um pouco mais dessa Verdade… porém o conhecimento que tenho sobre Ele é relativo e dinâmico.

    a)- Porquanto o que de Deus “se pode conhecer” neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. (Romanos 1:19)”. – Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora "vemos por espelho em enigma", mas então veremos face a face; agora "conheço em parte", mas então conhecerei como também sou conhecido. (1coríntios 13:11,12).

    – Como podemos ver, o conhecimento que todo homem tem a cerca de Deus, é "limitado", mas o suficiente para a salvação ou condenação! A diferença consiste em desejar conhece-Lo cada vez mais!…

    2.Tenho ouvido, inclusive na igreja, coisas boas e coisas carentes de melhoria.- Tenho lido muita coisa boa e, também, muita coisa ruim…

    b. – Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, "examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim".(Atos 17:11)- Examinai tudo. "Retende o bom". (Tessalonicenses 5:21).

    – Infelizmente ouvimos de tudo, na igreja e lemos muita “abobrinha”, mas quando temos o conhecimento do Eterno, o Espírito Santo nos concede o discernimento…

    3.Acredito que está no que vejo a razão maior da minha fé!
    – Que Deus te conceda a cada dia, o conhecimento da Verdade, porque “a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. (Provérbios 4:18)”.

    A paz de Cristo!

  14. Anônimo diz:

    Oi Pedro…

    "Entrei de gaiato no navio", mas creio que cabe mais um, não é mesmo! Bandeira branca!

    Muito bem exposto seus argumentos! Os itens 1, 2 e 3 me despertaram a atenção, por isso te ofereço como sobremesa, os meus argumentos (a,b,c), embasados nas Escrituras…

    1.Observe-se, não é o Divino que é relativo, é o conhecimento que eu tenho d’Ele!…porém, sei muito pouco a seu respeito. Vivo uma batalha incessante na busca de maiores conhecimentos sobre a Verdade… Como resultado dessa busca, pela graça do Santo Espírito, a cada dia eu conheço um pouco mais dessa Verdade… porém o conhecimento que tenho sobre Ele é relativo e dinâmico.

    a)- Porquanto o que de Deus “se pode conhecer” neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. (Romanos 1:19). – Quando eu era menino, falava como menino, discorria como menino, mas logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque "agora vemos por espelho em enigma", mas então veremos face a face; "agora conheço em parte", mas então conhecerei como também sou conhecido. 1coríntios 13:11,12).

    – Como podemos ver, o conhecimento que todo homem tem a cerca de Deus, é "limitado", mas o suficiente para a salvação ou condenação! A diferença consiste em desejar conhece-Lo cada vez mais!…

    2.Tenho ouvido, inclusive na igreja, coisas boas e coisas carentes de melhoria.- Tenho lido muita coisa boa e, também, muita coisa ruim…

    b.- Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, "examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim".(Atos 17:11). -Examinai tudo. Retende o bem. (Tessalonicenses 5:21).

    – Infelizmente ouvimos de tudo, na igreja e lemos muita “abobrinha”, mas quando temos o conhecimento do Eterno, o Espírito Santo nos concede o discernimento…

    3.Acredito que está no que vejo a razão maior da minha fé!

    – Que Deus te conceda a cada dia, o conhecimento da Verdade, porque “a vereda dos justos é como a luz da aurora, que "vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito". (Provérbios 4:18)”.

    Desejo a vc “… a paz de Deus, que excede todo o entendimento… (Filipensses 4:7).

  15. Anônimo

    gostei muito do seu comentário. Sinta-se a vontade.

  16. Pedro diz:

    .
    .

    Dileto Anônimo

    Ruth deve estar muito feliz com os seus comentários, bem ao seu estilo, floridos da Palavra de Deus. Quanto a mim, se gosto dos escritos dela como não gostar dos seus?!

    Peço permissão à irmãzinha para fazer minhas as suas palavras de boas vindas.

    Fraternalmente.

    .

    .
    .

  17. Anônimo diz:

    Pedro,

    Todas as nossas convicções devem estar de acordo com a Escritura. Como argumentar se não puder comprovar? Essa é a maravilha do "conhecimento"…

    A paz de Cristo!

  18. Anônimo diz:

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